Apitos esperam com ansiedade
Antes
tarde do que nunca, diz um antigo adágio popular. Foi assim que procedeu a
Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), quando pressentiu que o
processo da profissionalização do árbitro de futebol no Brasil, que está a
caminho da Casa Civil do Palácio do Planalto para ser sancionado pela
presidente Dilma Rousseff, contém no seu interior, apenas o reconhecimento da
atividade do homem de preto como profissional. É bom destacar, que o projeto pode
sofrer algum veto da presidente. E aí, a expectativa criada pela direção da
entidade que representa os árbitros de futebol junto a confraria do apito no
território nacional, poderá ser frustrante.
Projeto é lacunoso
Explico:
o que foi aprovado e encaminhado pelo Senado Federal ao Planalto, para ser
aprovado pela presidente, é o reconhecimento da atividade do árbitro de futebol
como profissional. Nada mais. Falta definir quem irá registar o árbitro, quem será o responsável pelo
recolhimento dos encargos sociais estabelecidos na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), e quem vai ser o responsável pela sua escalação, etc....
Anaf pede socorro
No
seu site, a Anaf tergiversa sobre a profissionalização e convida os diferentes
segmentos do futebol brasileiro, a contribuir com opiniões para a melhora da
qualidade das tomadas de decisões do árbitro de futebol, e, por conseguinte,
faz um apelo sobre a divisão do montante financeiro, que faturam a CBF, os clubes
e a televisão.
Profissionalização,
nunca
Clubes,
federações estaduais de futebol, a TV e a CBF, não querem nem ouvir falar do
assunto profissionalização. Aliás, pesquisa realizada por este colunista junto
as entidades aqui mencionadas, apontou que 93.1% não acreditam que se
profissionalizar a arbitragem, os equívocos dos apitos ou dos assistentes irão
diminuir.
Solução
impossível
Diante
da pesquisa e talvez de possíveis vetos do conteúdo da profissionalização dos
homens de preto, pela presidente Dilma Rousseff, resta a Anaf, dialogar e
buscar um caminho alternativo para solucionar o problema junto a CBF,
federações estaduais, a TV, clubes e, se houver inteligência de Marco Antonio
Martins e seus congêneres, buscar apoio na mass media.
Um “branco” na FPF
No
apagar das luzes do ano que passou, registrei aqui neste espaço que as
ausências dos excelentes Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes, na
temporada de 2013 na Federação Paranaense de Futebol (FPF), iria criar um hiato
no quadro de árbitros da (FPF), não só em âmbito local, como também no cenário
nacional sem precedentes.
Omissão
desafortunada
O
primeiro, optou política e o segundo, desprezado pelo futebol da terra das
araucárias, mudou-se para a Federação Catarinense de Futebol e nos próximos
dias, viaja aos Emirados Árabes, onde
convocado pela Fifa, irá apitar jogos do Mundial Sub-17. Acoplado ao exposto,
destaque-se o fracasso no projeto de formação de novos árbitros na Federação
Paranaense de Futebol, o que deixou o nosso quadro de arbitragem sem opções e
propiciou a CA/CBF, escalar nossos apitos quando escala, nas competições de
segunda linha do futebol brasileiro. Se
existir alguma dúvida sobre as escalas da arbitragem do Paraná na CBF, sugiro
que o leitor acesse o link (http://www.cbf.com.br/Arbitragem/Escala).
Eleição no Rio
Grande do Sul
No
próximo final de semana, acontece a eleição no Sindicato dos Árbitros de
Futebol do Rio Grande do Sul (Safergs), considerado um dos mais organizados e com forte influência em todo o
País, na comunidade do apito. A situação apresentou o nome de Carlos Castro,
funcionário do Safergs há doze anos e com uma trajetória de excelência nas
diferentes funções que desempenha. A oposição,
lançou o assistente Paulo Ricardo Conceição. Segundo Ciro Camargo, que deixará o cargo após dois mandatos
consecutivos, o associado do sindicato terá a opção de escolher um projeto que todos conhecem ou um novo
modelo que ainda precisa ser esclarecido.
Fifa chama
brasileiros
Foto: Apito do Bicudo
Ricardo
Marques Ribeiro, Wilton Pereira Sampaio e posteriormente Anderson Daronco,
assim que terminar a Copa do Mundo no Brasil, serão convocados pela Fifa, para
um curso de excelência na sede da entidade em Zurique, com vistas a Copa de
2018, na Rússia. O objetivo da entidade que controla o futebol no planeta, visa
evitar alguns transtornos que ocorreram durante a preparação com a arbitragem
não só para a Copa das Confederações, mas, também para o Mundial do ano que
vem.
Fifa põe na “forca”
Árbitros
e assistentes com histórico de reprovações nos testes físicos em seus Países de
origem, teóricos, no idioma oficial da entidade (inglês) - e com idade acima
dos 40 anos, embora a Fifa não afirme explicitamente, não serão mais
pré-selecionados para os cursos de alto nível, que a entidade irá realizar com
vistas ao Mundial na terra de Joseph Stálin.
PS: quais são
os motivos que impedem a criação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol?
Segundo a legislação em vigor na República Federativa do Brasil, uma federação
é infinitamente superior e tem maior relevância do que um sindicato, perante o
ministério do Trabalho e Emprego. Por que insistir com a Anaf, que não tem
nenhuma representatividade no ministério do Trabalho e Emprego e o que almeja,
Marco Antonio Martins e demais diretores da
indigitada associação?