domingo, 29 de setembro de 2013

Notícias do apito



Apitos esperam com ansiedade
Antes tarde do que nunca, diz um antigo adágio popular. Foi assim que procedeu a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), quando pressentiu que o processo da profissionalização do árbitro de futebol no Brasil, que está a caminho da Casa Civil do Palácio do Planalto para ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, contém no seu interior, apenas o reconhecimento da atividade do homem de preto como profissional. É bom destacar, que o projeto pode sofrer algum veto da presidente. E aí, a expectativa criada pela direção da entidade que representa os árbitros de futebol junto a confraria do apito no território nacional, poderá ser frustrante.
 Projeto é lacunoso
Explico: o que foi aprovado e encaminhado pelo Senado Federal ao Planalto, para ser aprovado pela presidente, é o reconhecimento da atividade do árbitro de futebol como profissional. Nada mais. Falta definir quem irá registar o  árbitro, quem será o responsável pelo recolhimento dos encargos sociais estabelecidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), e quem vai ser o responsável pela sua escalação, etc....
Anaf pede socorro
No seu site, a Anaf tergiversa sobre a profissionalização e convida os diferentes segmentos do futebol brasileiro, a contribuir com opiniões para a melhora da qualidade das tomadas de decisões do árbitro de futebol, e, por conseguinte, faz um apelo sobre a divisão do montante financeiro, que faturam a CBF, os clubes e a televisão.
Profissionalização, nunca
Clubes, federações estaduais de futebol, a TV e a CBF, não querem nem ouvir falar do assunto profissionalização. Aliás, pesquisa realizada por este colunista junto as entidades aqui mencionadas, apontou que 93.1% não acreditam que se profissionalizar a arbitragem, os equívocos dos apitos ou dos assistentes irão diminuir.
Solução impossível
Diante da pesquisa e talvez de possíveis vetos do conteúdo da profissionalização dos homens de preto, pela presidente Dilma Rousseff, resta a Anaf, dialogar e buscar um caminho alternativo para solucionar o problema junto a CBF, federações estaduais, a TV, clubes e, se houver inteligência de Marco Antonio Martins e seus congêneres, buscar apoio na mass media.
Um “branco”  na FPF
No apagar das luzes do ano que passou, registrei aqui neste espaço que as ausências dos excelentes Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes, na temporada de 2013 na Federação Paranaense de Futebol (FPF), iria criar um hiato no quadro de árbitros da (FPF), não só em âmbito local, como também no cenário nacional sem precedentes.
Omissão desafortunada
O primeiro, optou política e o segundo, desprezado pelo futebol da terra das araucárias, mudou-se para a Federação Catarinense de Futebol e nos próximos dias,  viaja aos Emirados Árabes, onde convocado pela Fifa, irá apitar jogos do Mundial Sub-17. Acoplado ao exposto, destaque-se o fracasso no projeto de formação de novos árbitros na Federação Paranaense de Futebol, o que deixou o nosso quadro de arbitragem sem opções e propiciou a CA/CBF, escalar nossos apitos quando escala, nas competições de segunda linha do futebol brasileiro.  Se existir alguma dúvida sobre as escalas da arbitragem do Paraná na CBF, sugiro que o leitor acesse o link (http://www.cbf.com.br/Arbitragem/Escala).
Eleição no Rio Grande do Sul
No próximo final de semana, acontece a eleição no Sindicato dos Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul (Safergs), considerado um dos mais  organizados e com forte influência em todo o País, na comunidade do apito. A situação apresentou o nome de Carlos Castro, funcionário do Safergs há doze anos e com uma trajetória de excelência nas diferentes funções que desempenha. A oposição,  lançou o assistente Paulo Ricardo Conceição. Segundo Ciro Camargo,  que deixará o cargo após dois mandatos consecutivos, o associado do sindicato terá a opção de escolher  um projeto que todos conhecem ou um novo modelo que ainda precisa ser esclarecido.
Fifa chama brasileiros
 Foto: Apito do Bicudo

Ricardo Marques Ribeiro, Wilton Pereira Sampaio e posteriormente Anderson Daronco, assim que terminar a Copa do Mundo no Brasil, serão convocados pela Fifa, para um curso de excelência na sede da entidade em Zurique, com vistas a Copa de 2018, na Rússia. O objetivo da entidade que controla o futebol no planeta, visa evitar alguns transtornos que ocorreram durante a preparação com a arbitragem não só para a Copa das Confederações, mas, também para o Mundial do ano que vem.
Fifa põe na “forca”
Árbitros e assistentes com histórico de reprovações nos testes físicos em seus Países de origem, teóricos, no idioma oficial da entidade (inglês) - e com idade acima dos 40 anos, embora a Fifa não afirme explicitamente, não serão mais pré-selecionados para os cursos de alto nível, que a entidade irá realizar com vistas ao Mundial na terra de Joseph Stálin.
PS: quais são os motivos que impedem a criação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol? Segundo a legislação em vigor na República Federativa do Brasil, uma federação é infinitamente superior e tem maior relevância do que um sindicato, perante o ministério do Trabalho e Emprego. Por que insistir com a Anaf, que não tem nenhuma representatividade no ministério do Trabalho e Emprego e o que almeja, Marco Antonio Martins e demais diretores da  indigitada associação?         

sábado, 28 de setembro de 2013

Core prepara jovens árbitros para o futuro

O Centro de Excelência de Arbitragem da (UEFA), em Nyon, é crucial na preparação de potenciais árbitros internacionais de modo a que a próxima geração seja da mais elevada qualidade.

CORE prepara jovens árbitros para o futuro
O extensivo trabalho de desenvolvimento da UEFA no setor da arbitragem continua a ajudar a produzir árbitros de elevada qualidade – e todo este trabalho começa quando os primeiros sinais de potencial são visíveis, graças ao Centro de Excelência de Arbitragem (CORE) da UEFA, em Nyon.
Desde que foi criado, o CORE provou o seu valor como berço de aprendizagem para os candidatos a árbitros de topo. Em cada ciclo de dois anos, cada federação é convidada a enviar ao CORE um árbitro e dois árbitros assistentes que mostrem potencial para se tornarem árbitros Fifa. Sob a direção de David Elleray, membro do Comitê de Arbitragem da UEFA, cada curso CORE compreende um curso introdutório de dez dias, seguido, alguns meses depois, de um curso de consolidação com a duração de oito dias.
Cada curso CORE consiste em oito equipes de arbitragem que trabalham em conjunto com quatro treinadores de árbitros, dois treinadores de árbitros assistentes e dois preparadores físicos. O curso introdutório concentra-se na aprendizagem, enquanto o curso de consolidação centra-se na avaliação do progresso dos árbitros no domínio da arbitragem, condição física e inglês. Os árbitros trabalham continuamente naquilo que aprenderam e têm contato regular com os seus treinadores no período que medeia os dois cursos.
Ex- árbitro internacional, Elleray está entusiasmado com o trabalho levado a cabo pelo CORE. E explicou: "O principal objetivo do programa CORE é desenvolver a próxima geração de árbitros e árbitros assistentes internacionais, concentrando-se no desenvolvimento das suas competências técnicas, condição física, nível de domínio da língua inglesa, e incutindo na mente de cada árbitro atitudes profissionais, para que estejam  preparados para as exigências do futebol internacional."
Em cada sessão realizada em Nyon, os jovens árbitros e árbitros assistentes vêem as suas competências físicas, técnicas e mentais serem desenvolvidas num programa que se concentra na obtenção da excelência. Howard Webb, atualmente um dos melhores árbitros de futebol do planeta, compreende na perfeição o desejo da UEFA em relação aos seus árbitros, para os "formar desde cedo".
Webb afirmou: "O CORE desempenha um papel muito importante em assegurar que os jovens árbitros, quando eventualmente chegarem à categoria de internacionais, estejam  bem preparados para lidarem com alguns dos desafios que essa categoria irá enfrentar, como por exemplo, em termos de expectativas, viagens, ou ser um embaixador da sua federação."
No CORE, muito do trabalho desenvolve-se em campo ao invés da sala de aula. Os exercícios práticos são variados e cuidadosamente filmados, para que cada árbitro possa avaliar os seus pontos fortes e fracos. "Filmar jogos e exercícios práticos é um dos trabalhos mais importantes do CORE", afirma o treinador de árbitros assistentes , Giovanni Stevenato.
Em relação aos exercícios práticos de fora-de-jogo (situações de impedimento), criamos situações como aquelas que acontecem nos jogos (…) e eles têm de tomar uma decisão. Após alguns minutos, vamos ver as imagens, e às vezes somos surpreendidos. Eles estão certos que fizeram uma avaliação perfeita, e depois, reparam que cometeram alguns erros... Nesse momento, isso é a chave para abrir a mente [dos árbitros]. E eles sabem exatamente que há sempre espaço para melhorar.
Analisar é a palavra. Não se trata de descobrir erros ou identificá-los a todos, porque muitos árbitros vão fazer várias coisas boas", reflete o treinador de árbitros do CORE, Peter Jones. "O que estamos tentando incutir e fazer, é destacar as áreas onde talvez sejam necessárias melhorias. Não dizer apenas: isso foi fantástico, excelente - mas observar os aspectos onde podem desenvolver-se ainda mais.
Em último caso, estas ferramentas vão equipar os árbitros para se exibirem ao mais alto nível em jogos – e através das oportunidades imediatas  implementarem o que aprenderam – já que podem dirigir jogos na França e Suíça. Precisamos  convencer os nossos jovens árbitros, o quanto é importante aprenderem como tomar a decisão adequada no campo de jogo, afirma o responsável pela arbitragem da UEFA, Pierluigi Collina. Por isso, ter a oportunidade de os filmar enquanto arbitram jogos aqui na Suíça, ou na França, é crucial para lhes dar este tipo de apoio.
Os jovens árbitros que são sujeitos à experiência CORE não têm dúvidas sobre os benefícios deste treino inovador. Aprendemos bastante sobre arbitragem, diz Laurent Kiprowa. "Eu sou do Luxemburgo, país muito pequeno, por isso julgo que aqui aprendi diversas coisas novas, algo que não poderia aprender em casa."
A derradeira palavra pertence ao treinador de árbitros do CORE, Adrian Casha. "A última letra na palavra CORE é o 'E', de excelência, e é essa a mensagem que queremos difundir…"

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O jogo da vida de Marcelo Henrique


Marcelo de Lima Henrique (foto/Fifa/RJ), 42 anos,  foi o árbitro com o melhor desempenho no Campeonato Brasileiro de 2012. Porém, o laureado com o título de árbitro do ano, foi Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO), que na nossa opinião deveria ser escolhido a revelação da competição nacional do ano que passou.
Mas, a arbitragem é como a vida, tem muitas faces e o Fuzileiro Naval, Lima Henrique, ao invés de se abater, seguiu sua trajetória de maneira humilde, sem reclamar e foi buscar no dia a dia o aprimoramento na sua atividade profissional.
 Iniciou este ano dirigindo jogos do Campeonato Carioca, posteriormente na Copa Libertadores, na sequencia, Copa Sul-Americana, a seguir no Campeonato Mundial das Forças Armadas em Baku (Azerbaijão) e na maior competição do futebol brasileiro, o Brasileirão/2013.
Suas tomadas de decisões no campo de jogo, em todos os campeonatos ou torneios que dirigiu, tem sido em consonância com o principal mandamento da Fifa ao árbitro de futebol que é: “Arbitrar bem é sentir o jogo para possibilitar o seu desenvolvimento natural, somente interferindo para cumprimento das regras e, especialmente, do seu espírito, que é punir o infrator”.
Divulgação
Pois bem, os vídeos das partidas do excelente Marcelo de Lima Henrique (foto/com a bola a mão), chegaram aos olhos da Fifa em Zurique. E, como reconhecimento do seu belíssimo trabalho como árbitro de futebol, foi designado pela entidade que controla o futebol no planeta, para dirigir no próximo dia 15 de outubro, no estádio Centenário em Montevidéu, Uruguai x Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, que acontecerá no Brasil em 2014. Lembro ainda que, o árbitro em tela ao lado de Anderson Daronco (RS) e André Luiz de Freitas Castro (GO), são as exceções da arbitragem do Campeonato Brasileiro até a presente data.  

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Fifa dá a Heber o "trono" merecido

Heber Roberto Lopes é natural de Londrina (PR), cursou o curso de árbitros na Federação Paranaense de Futebol. Foi elevado ao quadro de arbitragem da Fifa na gestão do ex-presidente Onaireves Nilo Rolim de Moura, que o indicou para a entidade internacional. Além disso, dirigiu inúmeras partidas nos campos do futebol paranaense, mas, era contestado veementemente, sobretudo nos clássicos do nosso futebol.
Cansado das injustiças que sofria, no final de 2012, resolveu procurar outras plagas para exibir suas extraordinárias qualidades como árbitro e lá se foi para laborar na Federação Catarinense de Futebol. Contratado a peso de ouro tornou-se referência na arbitragem de Santa Catarina, e logo a seguir foi inserido no processo pré-seletivo dos homens de preto da Copa de 2014.
Convocado pela Fifa nesta temporada, participou de seminários em Córdoba (Argentina), Assunção (Paraguai) e no último mês de junho, do curso de alto nível ministrado no Rio de Janeiro, pelo chefe da arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, aos árbitros pré-selecionados para o Mundial do ano que vem. Mas a vida continua e Lopes deu sequencia a ela, dirigindo jogos do Campeonato Catarinense, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América, Eliminatórias da Copa e campeonatos pelo País afora, sempre que convidado.
Não obstante o exposto, Heber foi submetido na semana que passou a novo teste físico pela entidade que controla o futebol no planeta e ato contínuo, convocado para representar a arbitragem brasileira no Mundial Sub-17, que será realizado nos Emirados Árabes Unidos, no período de 17 de outubro a 8 de novembro próximo. Lembro que nessa competição, a Comissão de Arbitragem da Fifa que é presidida por Jim Joyce (Irlanda) e pelo preparador técnico Massimo Busacca, convocaram somente os apitos e assistentes pré-selecionados para a Copa do ano que vem no Brasil. Méritos para o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto, que agiu como um visionário e hoje colhe os frutos do investimento que realizou há pouco mais de nove meses.
Foto: Apito do Bicudo
 Heber Roberto Lopes (Fifa) da Federação Catarinense de  Futebol
A incompetência, para não se dizer a omissão, do futebol do Estado do Paraná, fez com que um dos nossos “homem de ouro”, fosse chamado pela Fifa, sendo que aqui não se concedeu um voto de confiança ou mesmo a gratidão pela sua expressiva capacidade de manejar com o apito. De quem estamos falando, Heber Roberto Lopes (foto) que na atualidade, tem a dimensão técnica na sua função compatível ou igual aos melhores árbitros de futebol do mundo.

domingo, 22 de setembro de 2013

Solução viável: plagiar o inglês

Divulgação
Howard Webb (árbitro ao centro) e os assistentes Darrem Cann e Mike Mullarkey.
Encerrada a Copa do Mundo de futebol em 2006 na Alemanha, a (PGMOB) Professional Game Match Officials Board e a (The FA) Associação Inglesa de Futebol, chegaram a uma conclusão: era chegado o momento de exibir ao mundo do futebol uma das mais significativas criações realizadas pela mente dos inventores das Regras do Futebol e da jogada denominada de “chuveirinho”. A qualidade da excelência do árbitro de futebol inglês.
Para tornar realidade mais uma de suas invenções, as entidades acima nominadas que vinham desenvolvendo um projeto desde 2001, quando teve início o processo de profissionalização da arbitragem na Inglaterra, implementaram um projeto seletivo de alta propulsão no seu quadro de árbitros, e, de lá foram escolhidos, Howard Webb (árbitro ao centro) e os assistentes Darrem Cann e Mike Mullarkey (foto).
O resultado do planejamento e da organização de mais um invento dos londrinos, foram observados pelos futebolistas de todo o planeta na memorável decisão da Champions League, em maio de 2010, no choque Bayer de Munique (Alemanha) x Internazionale (Itália). Lá estavam a dirigir o prélio, Webb, Cann e Mullarkey.
Mas, o ápice da qualidade de excelência da arbitragem dos ingleses, veio a tona na sua plenitude, na final da Copa do Mundo na África do Sul, no mês de julho do mesmo ano, na partida final que laureou, Espanha x Holanda, sob a regência do indigitado trio de arbitragem.
Nesses  dois jogos decisivos, a trempe designada pela Uefa e pela Fifa, Webb, Cann e Mullarkey, estabeleceu um paradigma de arbitragem, que, na nossa opinião deveria ser utilizado senão na sua essência, pelo menos em parte, pelos dirigentes da arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol.  
Além de não aproveitarem a oportunidade de utilizar parte do projeto dos ingleses, e não criar um projeto de alto nível com vistas a preparar um trio de árbitros para o Mundial no Brasil, a CBF equivocadamente indicou Wilson Luiz Seneme, como representante ao processo seletivo no quesito arbitragem/14, e o resultado foi vergonhoso. Seneme reprovou em dois testes físicos e ato contínuo foi desligado sumariamente dos próximos eventos. A persistir da forma como está o nível da arbitragem nacional, o trio de árbitros que irá representar o futebol pentacampeão na Copa, deve iniciar treinamento em tempo integral, objetivando levantar de forma correta a placa de substituição e de acréscimos.
PS: E, para corroborar o escrito acima, Howard Webb, Darrem Cann e Mike Mullarkey, considerado o melhor trio de arbitragem do futebol mundial, deram uma aula de cátedra na direção de Manchester City 4 x 1 Manchester United, no final de semana, em jogo da Premier League.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dilma assinará projeto sem interesse dos árbitros

A Associação Nacional de Árbitros de Futebol, divulgou no seu site que, o projeto que reconhece a atividade do árbitro de futebol como profissional no Brasil, foi aprovado no Senado Federal e está a caminho da Casa Civil da presidência da República, para ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. 

A notícia é verdadeira, porém, a entidade que representa a confraria do apito brasileiro, está omitindo da categoria, a forma como foi aprovado o projeto. Explico: o que consta no bojo do projeto e foi encaminhado para ser assinado pela presidente, é o reconhecimento da função do árbitro como profissional.  Nada mais.
O que a Anaf não informou aos que laboram na arbitragem, é que o projeto que está em vias de ser aprovado ou não pela mandatária do Palácio do Planalto, não especifica quem será o patrão do árbitro. Não diz quem fará o recolhimento dos encargos sociais e que tipo de encargos terão que fazer aqueles que trabalharão nas federações estaduais e na CBF.

E, por extensão, quem vai escalar a arbitragem nos paupérrimos campeonatos estaduais, nas competições da CBF, e, quem ficará responsável assim que regulamentado o projeto, da formação dos novos árbitros. Em suma, o que está sendo enviado a presidente é um indício de profissionalização. Falta definir como será a cabeça, o tronco e membros da arbitragem brasileira.  

                                              Apito do Bicudo
Um outro fato que a Anaf não divulgou, é de que ficou agendado pelo deputado federal Roberto Santiago, para abril ou maio do ano que vem, um seminário na Capital Federal, onde se discutirá os dois últimos parágrafos. Nada contra, tudo a favor. Só que esqueceram de avisar o indigitado parlamentar, que, no próximo ano teremos a Copa do Mundo no Brasil e ato contínuo as eleições. E, aí, um abraço...... 

Diante do que se leu pergunto: a Anaf e os seis sindicatos que possuem o Certificado de Registro Sindical (Carta Sindical) – têem um projeto alinhavado para apresentar nesse seminário e terão poder de persuasão para agregar a legião dos apitos a rumar até Brasília, objetivando a aprovação definitiva do projeto? Aliás, é bom lembrar que em 2014, teremos eleições na Anaf e muita promessa virá a tona, inclusive, a profissionalização do árbitro de futebol.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Beldades estão dominando os gramados no Brasileirão

Ricardo Brejinsk/Tribuna do Paraná/Paranaonline


Marco André Lima
Nadine Bastos: bolada a nocauteou ela em Goiânia.
Que o futebol já não é mais um esporte predominantemente masculino, todo mundo sabe. O que ninguém imagina é o quanto as mulheres estão ‘invadindo’ e ganhando espaço neste universo. Se antes a presença feminina nos estádios era apenas nas arquibancadas, e muito timidamente, agora elas estão também dentro de campo e fazem parte do espetáculo, apitando e bandeirando as partidas. Propositalmente ou não, a CBF escolhe as mais bonitas para atuar.
Allan Costa Pinto
Katiuscia Berger Mendonça: atuação polêmica.
Tudo começou em 2003, com a árbitra Sílvia Regina de Oliveira e a bandeirinha Ana Paula Oliveira - as pioneiras na função - comandando os jogos no Campeonato Brasileiro. Agora, não são poucas as que se aventuram no apito. Já contabilizando a atual rodada da Série A, e a 24.ª rodada da Série B, que começa amanhã, foram poucas as vezes em que nenhuma mulher participou. Em 46 rodadas, elas só passaram em branco seis vezes (duas na Série A e quatro na B). Considerando o número de partidas até aqui, elas já atuaram em 18,9% do jogos.

No total, uma árbitra - Grazianni Maciel Rocha (RJ) - e 12 assistentes já participaram do Brasileirão. Atualmente, o quadro da CBF conta com 14 árbitras e mais 54 banderinhas femininas, sendo três delas filiadas à Federação Paranaense de Futebol - Edina Alves Batista, Fernanda Braz Borghezan e Sandra Maria Dawies. Das três, apenas Edina participou do Campeonato Brasileiro. Foram três partidas, todas pela Série B.

Felipe Rosa
Vanessa de Abreu Amaral: torcida do Paraná gostou.
Participando dos jogos do Trio de Ferro, elas apareceram em 12 oportunidades, já contabilizando o duelo do Furacão contra o Flamengo, hoje à noite. O Atlético teve a atuação delas em cinco partidas, assim como o Paraná. Já o Coxa só recebeu duas vezes as banderinhas. Quem mais atuou em jogos do Trio de Ferro foi Nadine Schramm Camara Bastos, que foi relacionada três vezes.

Em uma delas, teve a infelicidade de levar uma bolada no rosto. Na vitória do Tricolor por 2 x 0 sobre o Atlético-GO, no Serra Dourada, ao tirar a bola do adversário com um chutão para a lateral, o zagueiro Alex Alves acertou em cheio a bandeirinha, que caiu no chão e precisou ajuda médica para se recuperar. Outra atuação que marcou foi a da capixaba Katiuscia Berger Mendonça (ES). No jogo Cruzeiro 1 x 0 Atlético, no sábado passado, ele anulou um gol legítimo da Raposa.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vista grossa quanto aos gandulas: árbitros

A Fifa viu, reviu e reprovou a atuação dos gandulas que exercem a função da reposição de bola, todas vez que a pelota ultrapassa as linhas de meta (as duas mais curtas) e as linhas laterais (as mais compridas), nas competições do futebol brasileiro.
A entidade que controla o futebol o planeta tem razão. Pois quem se ater a observar qualquer partida do Campeonato Brasileiro nas Séries A, B, C e D, ficará impressionado com a esbórnia que é praticada pelos gandulas e perplexo com a “covardia” do árbitro, do quarto árbitro, dos assistentes e dos árbitros adicionais. Esse contingente de apitadores aqui nominado, vê tudo e nada faz para dar fim nesse descalabro, que afronta as Regras de Futebol, e, por consequência, a imagem do futebol brasileiro perante o mundo.
Diante do que se leu, a exemplo da Copa das Confederações, quando cento e trinta e oito gandulas foram selecionados e submetidos a treinamento de excelência, para desenvolverem a atividade de acordo com o padrão Fifa, a entidade que controla o futebol no planeta, definiu que a Coca-Cola, será a empresa responsável pelo processo seletivo e treinamento dos gandulas  para a Copa-14.
Arbitragem brasileira na UTI
Outro setor do nosso futebol que vive dias de incerteza junto a Fifa, é a arbitragem. Imaginem que se na Série A do Brasileiro, onde hipoteticamente estão os “melhores” apitos e assistentes, está ocorrendo uma gama interminável de erros grotescos de interpretação e aplicação das regras, rodada após rodada, já imaginaram o que se sucede na Série B, na Série C, e, por derradeiro, na Série D?. No apito, a resposta está no continuísmo das mesmas pessoas no comando da arbitragem nacional e na maioria das federações estaduais, acoplado a ausência de um projeto de excelência com planejamento e organização, com vistas a apresentar à Fifa dois trios de arbitragem de alto nível, para o Mundial do ano vem. 
 Se a CBF e sua Comissão de Árbitros, não desenvolverem nos próximos meses em caráter emergencial, um conceito moderno de aprimoramento técnico, tático, físico e psicológico aos árbitros e assistentes pré-selecionados para a Copa do Mundo, o árbitro de futebol do Brasil, que está em descompasso com o modelo da Fifa, corre o sério risco de se tornar mero coadjuvante na Copa.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Assistentes recebem treino sobre fora-de-jogo

Os árbitros assistentes da Europa receberam treino intensivo na recente reunião de Verão da UEFA para árbitros, em que o trabalho focou as novas directrizes do fora-de-jogo inseridas nas Leis do Jogo.



Assistentes recebem treino sobre fora-de-jogo
      Pierluigi Collina, ministrou palestra aos árbitros europeus sobre a Regra XI
A reunião de Verão da UEFA para os árbitros e árbitras de topo do futebol na Europa preparou estes intervenientes para os respectivos compromissos na presente temporada. No curso deste ano também foi dada especial atenção aos árbitros assistentes, já que vão reger-se segundo novas directrizes no fora-de-jogo, entretanto introduzidas nas Leis do Jogo.

Na Primavera, o International Board (IFAB), responsável pela elaboração das leis do jogo, aprovou uma clarificação do texto da Lei 11 (Fora-de-Jogo, Interpretação das Leis do Jogo). O IFAB concordou que o texto em vigor não era suficientemente preciso em relação a "interferir com um adversário/ganhar vantagem". Consequentemente, os árbitros assistentes europeus receberam treino intensivo no curso de Verão da UEFA, em Nyon, de modo a familiarizarem-se com as novas directrizes.
Na edição 2013/14 das Leis do Jogo, a Lei 11 estipula que "um jogador em posição de fora-de-jogo apenas é penalizado se, no momento em que a bola é tocada ou jogada por alguém da sua equipa, estiver, na opinião do árbitro, envolvido em jogo activo por:
- interferir na jogada ou
- interferir com um adversário ou
- ganhar vantagem por estar nessa posição."

No contexto da Lei 11 do fora-de-jogo, as seguintes definições (alterações a negro) aplicam-se agora ao que está descrito acima:
• "interferir com um adversário" significa impedi-lo de disputar, ou poder disputar, a bola, obstruindo claramente a sua linha de visão ou disputando com ele a posse da bola
• "ganhar vantagem por estar nessa posição" significa disputar a bola:
i. que ressalte ou seja desviada para si pelo poste, barra ou um adversário, após ter estado em posição de fora-de-jogo
ii. que ressalte, seja desviada ou jogada para si de uma defesa deliberada por um adversário, após ter estado em posição de fora-de-jogo

Para além disso, a partir desta época: "Um jogador em posição de fora-de-jogo que receba a bola de um adversário, e a jogue deliberadamente (excepto após uma defesa deliberada), não é considerado como tendo ganho vantagem."
O responsável pela arbitragem da UEFA, Pierluigi Collina, esteve presente em Nyon para garantir que as sessões de treino eram levadas a cabo de acordo com as novas directrizes para os árbitros assistentes e explicou as alterações ao UEFA.com.
"Em Março passado, o IFAB alterou a instrução e directrizes da Lei 11 em relação ao que significa interferir com um adversário, e o que representa ganhar vantagem por estar em posição de fora-de-jogo", disse.
"Este curso centrou-se bastante no fora-de-jogo, já que é importante ter árbitros assistentes sintonizados com a nova interpretação e com o novo texto da Lei 11. O fora-de-jogo é algo muito importante e que merece ser tratado com cuidado."
"Agora, os principais aspectos a serem considerados na avaliação de um jogador em fora-de-jogo como interferindo com um adversário envolvem obstruir claramente a linha de visão de um adversário e disputar com ele a posse da bola. Por isso estes são os dois critérios a serem considerados para decidir se um jogador em posição de fora-de-jogo pode ser sancionado."
"Ganhar vantagem por estar em posição de fora-de-jogo – agora, os árbitros assistentes devem considerar a natureza da forma de actuar do defesa, pois se ele agir de forma deliberada, o desfecho da jogada não importa, com a excepção de uma 'defesa', e então estar em posição de fora-de-jogo, ganhando vantagem com isso, deixa de ser considerado infracção."
Como é que estas alterações dão aos árbitros mais coisas diferentes em que pensar acerca de situações de jogo? "Certamente agora é mais importante avaliar a intenção do jogador", reflectiu Collina. "Significa que o árbitro e os árbitros assistentes devem ser muito cuidadosos a avaliar se o jogador jogou a bola de forma deliberada ou não."
Com a lei do fora-de-jogo a tornar-se cada vez mais importante a cada ano que passa, a UEFA decidiu, sensatamente, concentrar ainda mais atenção nos árbitros assistentes. "Fizemos algo diferente antes do [UEFA] EURO 2012, envolvendo especialistas no treino de árbitros assistentes, e o desfecho foi muito positivo", explicou Collina.
"O EURO 2012 teve enorme sucesso, com muito boas decisões tomadas pelos árbitros assistentes. Queremos continuar com isto. Decidimos envolver três antigos árbitros assistentes de topo na preparação dos árbitros assistentes da UEFA, e 46 deles participaram neste curso da UEFA."
"Também estamos a implementar novas ferramentas para darem apoio aos árbitros assistentes na sua preparação diária. Pelo facto de ser muito difícil para eles treinarem situações de fora-de-jogo sem ser no decorrer de um jogo - precisariam de jogadores para as recriarem - a UEFA forneceu-lhes uma aplicação 'online' para simularem essas acções. A reacção que estamos a receber da parte dos árbitros assistentes é muito positiva."
Fonte: Uefa.com

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Impedimento: a “tortura” dos assistentes

 Divulgação
Dr. Carlos Alarcón com a caneta no bolso
José Maria Garcia Aranda, ex-árbitro da Fifa e ex-chefe da arbitragem da entidade máxima do futebol brasileiro, dispõe no seu site um dos mais visitados do planeta, inúmeras situações em vídeo da Regra XI – Impedimento. Nos sites da Bundesliga (Alemanha) e da Premier League (Inglaterra) -  também há inúmeras situações que explicam de forma pormenorizada, que, o impedimento obedece uma equação simples: posição + interferência = impedimento. Quem afirma isto é a Fifa. Ponto.

Em que pese algumas modificações mínimas implementadas pela Fifa na lei do impedimento  recentemente, o básico e fundamental para a marcação do impedimento pelo assistente é definido em duas situações:  uma objetiva, que é a constatação física de que um jogador se encontra em posição de impedimento. E a outra subjetiva, que é o julgamento do assistente se o atleta em questão interfere ativamente na jogada. Subjetividade  é o que se passa no intimo do individuo. É como ele vê, sente, pensa à respeito sobre algo e que não segue um padrão, pois sofre influências da cultura, educação, religião e experiências adquiridas.

Dada a subjetividade da regra do impedimento, a Fifa determina que as associações, confederações e federações a ela filiadas, realizem requalificação com os árbitros  assistentes, ao menos uma vez por mês, com o escopo de aproximar-se da uniformização de critérios, para definir quando um jogador, em posição de impedimento, interfere ativamente no jogo e deve, ser sancionado por isso com um tiro livre indireto.

O árbitro de Cruzeiro/MG 1 x 0 Atlético/PR, Raphael Claus e a assistente Katiúscia Berger Mendonça, interpretaram e aplicaram de maneira equivocada a Regra XI - impedimento na indigitada partida. Se houver um mínimo de coerência na CA/CBF, ambos devem ser submetidos a um processo de reciclagem no que diz respeito ao “Off side” e, por consequência, Berger Mendonça, deve submeter-se a um exame oftalmológico em caráter emergencial. Dito isso, o lance que originou o segundo gol da equipe das alterosas foi legalíssimo. O atleta da esquadra das cinco estrelas, quando lhe foi lançada a bola estava no mínimo um corpo atrás do penúltimo defensor do rubro-negro paranaense.
  
PS: Instrutores de arbitragem, professores de escolas de formação de árbitros, assessores de arbitragem da CBF (muitas dessas pessoas nunca apitaram um única partida de futebol de pelada), delegados especiais de arbitragem designados pela mesma CBF, deveriam buscar Knom how nos sites acima mencionados sobre o impedimento e, se persistirem com dúvidas, sugiro que busquem  o PhD em arbitragem do futebol brasileiro Carlos Eugênio Simon, ou ainda o mestre da arbitragem Sul-Americana, Dr. Carlos Alarcón, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol e o mais longevo membro da Comitê de Arbitragem da Fifa. A imprensa, os torcedores, os atletas, e, sobretudo aqueles que tem a missão precípua de interpretar e aplicar as Regras de Futebol (árbitros e assistentes) no campo de jogo, ficariam agradecidos.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tirar poderes do árbitro é "perigo de morte"

Semanalmente recebo indagações dos internautas que acessam esta coluna, questionando os motivos que impedem a Fifa de implementar a tecnologia como auxílio à arbitragem não só na linha do gol, mas, também no impedimento e na marcação do pênalti.

A resposta é simples. A Fifa é extremamente conservadora e tem como seu parceiro inseparável nesta empreitada, o International Association Board, a única entidade que tem poderes para autorizar qualquer experimento ou modificações nas Regras de Futebol. O Board é composto pelas quatro associações britânicas (Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda) desde a sua fundação em 1882. Cento e vinte e nove anos anos se passaram e nenhum outro País foi convidado para fazer parte dessa entidade, ou seja, a sua formatação é idêntica até os dias atuais, o que a nosso ver, tem obstaculizado qualquer ação no sentido de promover possíveis alterações nas leis que regem o futebol, dentro das quatro linhas.
                                                Foto: Premier League
Independente do modus operandi da Fifa e do Board no que tange a tecnologia na linha do gol e em outras partes do campo de jogo, como instrumento de ajuda aos homens do apito, a Premier League da Inglaterra, vem desenvolvendo estudos desde 2006, em conjunto com a Hawk-Eye, objetivando não só ajudar a equacionar lances que não são observados pela arbitragem, mas, como forma de dar credibilidade as tomadas de decisões do árbitro de futebol. 

Os testes da Hawk-Eye no esporte e, sobretudo no futebol, tiveram início em 1999, com experimentos na Alemanha, Hungria, Inglaterra e Itália. No entanto, o Board só autorizou a tecnologia na linha do gol, no dia 5 de julho de 2012. O que evidencia a resistência da entidade que controla o futebol no planeta, na introdução da eletrônica como ferramenta de apoio à arbitragem,visando solucionar lances que fujam do seu campo visual.

Como a Fifa não estabeleceu um padrão para a implantação da tecnologia na linha do gol, após a Copa das Confederações no Brasil, deixando a escolha ou não de cada  filiado seu, a Premier League foi a primeira e a  única entidade de futebol do mundo até o momento, que implementou no seu campeonato, a tecnologia na linha do gol para a temporada, 2013/2014.

Os ingleses que são parceiros do sistema Hawk-Eye, há 14 anos, optaram por esse sistema no campeonato deste ano, que consiste em sete câmeras instaladas atrás de cada meta, apontadas estrategicamente para a linha do gol, que captam 500 imagens por segundo. O mecanismo utilizado pelo Hawk-Eye, faz uma leitura 3D da bola que traz no seu interior um chip e envia o resultado para um software que processa a imagem. Se a bola ultrapassar a linha de meta e não for captado pelo olho humano, um relógio que é instalado no pulso do árbitro, emite um sinal vibratório, o que significa que a esfera ultrapassou totalmente a linha do gol.

Portanto, esclareço o leitor, que embora seja utilizado em mais de 230 estádios e aproximadamente 100 eventos ao ano, como a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, no Críquete e nos quatro principais torneios do tênis mundial - (Austrália Open, Roland Garros,Wimbledon e US Open), o sistema aqui nominado ainda vai demorar para chegar na sua plenitude no futebol, e, por consequência, no futebol brasileiro.  

PS: desde que não se tenha o convencimento absoluto da competência do árbitro com formulações tecnológicas, o futebol poderá perder o seu prestígio perante torcedores, atletas, e cartolas. É uma matéria "recheada" de elementos "terrivelmente" complexos.





quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Juiz 'fortão' diz que porte físico ajuda e que não quer amedrontar jogadores


Vanderlei Lima
Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução/Facebook
    Anderson Daronco quer ser reconhecido apenas pelo seu desempenho como árbitro Anderson Daronco quer ser reconhecido apenas pelo seu desempenho como árbitro
Com atuações seguras e postura bastante enérgica, o árbitro Anderson Daronco vem ganhando espaço no futebol brasileiro. Aos 32 anos, o professor de Educação Física de Santa Maria-RS também está chamando a atenção pelo seu porte atlético. Com 1,88m e 88kg, ele se destaca fisicamente em relação aos outros profissionais de arbitragem, mas dispensa a alcunha de 'fortão' e alerta: "eu quero ser conhecido por apitar bem".
Para tentar fugir desta 'sina', Daronco, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, fez questão de ressaltar que correr bem e estar sempre perto dos lances não é garantia de uma boa arbitragem: "A questão física eu sei que chama a atenção, mas faz parte de um conjunto de fatores. Não adianta apenas ser um corredor de atletismo e ter velocidade. Não vai dar certo no campo de futebol, vai sempre estar próximo do que aconteceu, mas isso não significa que vai acertar".
No último domingo, Daronco apitou a vitória do Cruzeiro sobre Flamengo por 1 a 0, no Mineirão. O programa Fantástico, da Rede Globo, destacou, além do seu tamanho, a 'bronca' dada em Mano Menezes, após reclamação acintosa do treinador do Flamengo. Apesar de se impor durante as partidas, o juiz que estreou na série A do Brasileirão em 2011 no jogo entre Coritiba e América-MG não quer inibir nenhum jogador: "Escuto comentários que o meu tamanho está amedrontando jogadores,  que eles não reclamam por causa disso ou porque sou grande. Isso não nada a ver, quero fugir disso", disse.
"É claro que a questão física conta, dará condições melhores, mas quero dizer que estou construindo o meu nome na arbitragem, e que isso não será construído só pela parte física", desabafou.
E para quem vê Daronco agora no seu auge, pode até achar que teve uma trajetória fácil. Entretanto, ele garante que não, e que teve de fazer muitas escolhas profissionais complicadas e se dedicar ao máximo para alcançar o seu objetivo: "Eu trabalhei como professor de educação física em colégio, dando aulas. Mas com o passar do tempo ficou difícil conciliar as duas profissões, pois tinham as viagens. Então começou a ficar ruim para mim. Preferi a carreira de árbitro".
Daronco revelou ainda que se espelha em outros árbitros para aprimorar o seu desempenho. Para ele, Carlos Simon e Leonardo Gaciba, já aposentados, e o experiente Leandro Pedro Vuaden são "modelos a serem seguidos".
Por fim, ele descreveu a sensação que sente quando entra em campo para arbitrar alguma partida, independente da sua importância: "Comecei em jogos menores e peguei o gosto pela coisa. É bem o que falam: quando você entra na arbitragem, é um vício. Quando entra não larga mais".