segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Impedimento: a “tortura” dos assistentes

 Divulgação
Dr. Carlos Alarcón com a caneta no bolso
José Maria Garcia Aranda, ex-árbitro da Fifa e ex-chefe da arbitragem da entidade máxima do futebol brasileiro, dispõe no seu site um dos mais visitados do planeta, inúmeras situações em vídeo da Regra XI – Impedimento. Nos sites da Bundesliga (Alemanha) e da Premier League (Inglaterra) -  também há inúmeras situações que explicam de forma pormenorizada, que, o impedimento obedece uma equação simples: posição + interferência = impedimento. Quem afirma isto é a Fifa. Ponto.

Em que pese algumas modificações mínimas implementadas pela Fifa na lei do impedimento  recentemente, o básico e fundamental para a marcação do impedimento pelo assistente é definido em duas situações:  uma objetiva, que é a constatação física de que um jogador se encontra em posição de impedimento. E a outra subjetiva, que é o julgamento do assistente se o atleta em questão interfere ativamente na jogada. Subjetividade  é o que se passa no intimo do individuo. É como ele vê, sente, pensa à respeito sobre algo e que não segue um padrão, pois sofre influências da cultura, educação, religião e experiências adquiridas.

Dada a subjetividade da regra do impedimento, a Fifa determina que as associações, confederações e federações a ela filiadas, realizem requalificação com os árbitros  assistentes, ao menos uma vez por mês, com o escopo de aproximar-se da uniformização de critérios, para definir quando um jogador, em posição de impedimento, interfere ativamente no jogo e deve, ser sancionado por isso com um tiro livre indireto.

O árbitro de Cruzeiro/MG 1 x 0 Atlético/PR, Raphael Claus e a assistente Katiúscia Berger Mendonça, interpretaram e aplicaram de maneira equivocada a Regra XI - impedimento na indigitada partida. Se houver um mínimo de coerência na CA/CBF, ambos devem ser submetidos a um processo de reciclagem no que diz respeito ao “Off side” e, por consequência, Berger Mendonça, deve submeter-se a um exame oftalmológico em caráter emergencial. Dito isso, o lance que originou o segundo gol da equipe das alterosas foi legalíssimo. O atleta da esquadra das cinco estrelas, quando lhe foi lançada a bola estava no mínimo um corpo atrás do penúltimo defensor do rubro-negro paranaense.
  
PS: Instrutores de arbitragem, professores de escolas de formação de árbitros, assessores de arbitragem da CBF (muitas dessas pessoas nunca apitaram um única partida de futebol de pelada), delegados especiais de arbitragem designados pela mesma CBF, deveriam buscar Knom how nos sites acima mencionados sobre o impedimento e, se persistirem com dúvidas, sugiro que busquem  o PhD em arbitragem do futebol brasileiro Carlos Eugênio Simon, ou ainda o mestre da arbitragem Sul-Americana, Dr. Carlos Alarcón, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol e o mais longevo membro da Comitê de Arbitragem da Fifa. A imprensa, os torcedores, os atletas, e, sobretudo aqueles que tem a missão precípua de interpretar e aplicar as Regras de Futebol (árbitros e assistentes) no campo de jogo, ficariam agradecidos.

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