A manifestação legítima dos caminhoneiros em todo o Brasil, com
repercussões internacionais, desviou momentaneamente o “foco” de todos os
acontecimentos, inclusive do nosso principal torneio, o Campeonato Brasileiro
de Futebol.
Na rodada do final de semana que passou, a confraria do apito
que labora no principal torneio da CBF, o Brasileirão, repetiu a insegurança no
momento de interpretar e decidir em consonância com as Regras de Futebol.
O que observamos desde a primeira rodada é uma pandemia de omissão
e conivência com as jogadas violentas, com o antigo, a ausência de autoridade
para posicionar os atletas a 9,15 metros da bola, a falta de critérios na
aplicação do cartão amarelo e os agarrões dentro da área penal.
É clarividente a quem vê os jogos, que apitos, bandeiras e
árbitros assistentes adicionais estão “acadelados”. ´
E esta certeza fica caracterizada, quando os atletas “cercam” os
membros da arbitragem e desaprovam suas decisões com gestos e/ou palavras. São
raros os árbitros, que tem coragem de exibir o cartão amarelo e advertir o
infrator ou infratores.
A verdade é que enquanto não for realizada uma profilaxia em
todos os setores de arbitragem na CBF, as coisas continuarão como estão. Ou
seja, a pandemia vai se alastrar com mais intensidade.
ad argumentandum tantum – A informação que recebo é que neste
ano, salvo em caráter excepcional, não haverá mudanças no comando e nos demais
segmentos do apito na CBF. A missão ficará para o próximo presidente. O que significa que, a qualidade da arbitragem
brasileira tende a piorar na sequência do Brasileirão.
ad argumentandum tantum (2) - Acadelar-se significa se acovardar, mixar-se, perder a coragem.