terça-feira, 25 de setembro de 2018

UM, DOIS, TRÊS, QUATRO

O futebol brasileiro se notabilizou em todo o mundo pelo dom, talento e vocação dos seus jogadores. Dom, talento e vocação que, são explícitos em jogadas e terminam em gols de magnitude, nos diferentes campeonatos existentes no território brasileiro. 

Mas o talento, o dom e a vocação do craque brasileiro, sobretudo na feitura de belos gols, vem sendo substituído por uma personagem, que tem a missão precípua de interpretar e aplicar as REGRAS DE FUTEBOL - e manter o equilíbrio dos espetáculos futebolísticos -  seu nome:o ÁRBITRO.

Feito o introito acima, explico: Pelo segundo ano consecutivo, vivenciamos no Campeonato Brasileiro de Futebol da CBF, a interferência dos apitos e bandeiras se sobrepondo aos atletas e decidindo os prelios, através dos erros de arbitragem. O fato teve início em 2017, e acentuou-se neste 2018.

No último domingo,na partida Corinthians x Internacional, pelo Brasileirão, ao invés de os artistas dos espetáculo, no caso os jogadores, decidirem o aludido confronto, quem decidiu foi o árbitro assistente,Leone Carvalho Rocha.

Carvalho Rocha não observou, 1, 2, 3, 4 jogadores do Colorado Gaúcho em impedimento, no lance que redundou em gol marcado irregularmente por Leandro Damião, que fazia parte do quarteto impedido.


Mas o lance aqui mencionado foi apenas mais um, que vai fazer parte da estratosférica estatística, que vem solapando a credibilidade da confraria do apito que labora nas competições da CBF, pela segunda temporada consecutiva. 

De quem é a culpa? Leone Carvalho é apenas um detalhe nesse universo de erros, que os homens de preto vem perpetrando contra os clubes e, por conseguinte, contra o outrora melhor futebol do mundo.

A culpa é 100% da CBF porque, mantém como presidente da Comissão de Árbitros da entidade, Marcos Marinho que nunca apitou uma partida de futebol de pelada. A culpa é 100% da CBF porque, mantém no departamento de arbitragem da instituição, Sérgio Corrêa que nos últimos 10 anos a cada crise na arbitragem brasileira, apenas trocou de cadeira. 

A culpa é 100% da CBF porque, embora tenha uma Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, não conseguiu revelar um único apito em 2017 - fato que deverá se repetir neste ano. E, não foi por falta de campeonatos e/ou jogos. 

A culpa é 100% da CBF porque, embora tenha arrecadação financeira volumosa, nunca elaborou um projeto de curto, médio longo visando descobrir e lapidar árbitros e assistentes promissores à arbitragem brasileira.

A culpa é 100% da CBF porque, embora tenha implantado ao longo dos anos, uma parafernália com o escopo de melhorar o desempenho qualitativo das tomadas de decisões dos apitos e bandeiras no campo de jogo como, analista de campo, analista de televisão, delegados de partidas e/ou especiais, instrutores, (Radar) Relatório de Análise de Desempenho, inspetores, tutores e o escambau, nossa arbitragem vivencia uma decadência nunca antes vista.

A culpa é 100% da CBF porque,ao verificarmos as páginas finais do Manual das Regras de Futebol 2017/2018, observaremos que vários seminários e/ou cursos foram realizados, para os membros da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol/Senaf, desde 2006 até poucos dias e os resultados foram paupérrimos. 

Qual é a sugestão para mudar o cenário? REFUNDAR na sua totalidade o setor de arbitragem. da CBF. Buscar gente com qualificação no manuseio com o ser humano, ou seja, gestores de excelência. Escolher não mais que cinco novos nomes no mundo do apito, e formar uma nova comissão de arbitragem e Escola Nacional de Arbitragem de Futebol.

E, por derradeiro, criar uma nova Seleção Nacional de Árbitros de Futebol, onde a meritocracia se sobreponha a politicalha.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

ESTÁ QUEBRADA A OMISSÃO E CONIVÊNCIA

Foram necessários 16 meses, para que um árbitro de futebol que atua no Campeonato Brasileiro de Futebol da CBF, na Série (A), cumprisse o preceituado na Regra 12 - Faltas e Incorreções - no que concerne [discordar das decisões da arbitragem com palavras ou ações] - durante o transcurso, no intervalo e após os prelios. 
         Crédito: CONMEBOL

O fato aconteceu na rodada do final de semana que passou, no Brasileirão, no clássico Santos 0 x 0 São Paulo. O autor do ato de dignidade e profissionalismo, foi o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (foto/FIFA/MG).

Com a atitude digna e profissional do árbitro em tela, espera-se que daqui para frente, a Comissão de Arbitragem da CBF dê respaldo, e exija o mesmo modus operandi da confraria do apito que atua nos torneios da entidade.

ad argumentandum tantum - No período de 8 a 15 de setembro, a CONMEBOL, sob a regência do presidente Alejandro Dominguez e do Comitê de Árbitros da instituição, presidido por Wilson Luiz Seneme, realizou o terceiro seminário de requalificação do VAR (árbitro assistente de vídeo), à arbitragem Sul-Americana.

ad argumentandum tantum (2) - Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Árbitros da FIFA, que foi o principal preletor do seminário, ao final, teceu loas a organização e sobre o conteúdo do Workshopp da CONMEBOL. Fica a "dica" para a CBF de como organizar um seminário de excelência a respeito do VAR à arbitragem brasileira. 

terça-feira, 11 de setembro de 2018

NADA A COMEMORAR

Comemorar é verbo transitivo direto e significa: trazer à lembrança; recordar, memorar, fazer comemoração, realizar cerimônia de evocação de (um fato, um acontecimento, uma pessoa etc.). Isto posto, no dia 11  de setembro é comemorado, o dia do árbitro de futebol na República Federativa do Brasil.
          Crédito: FIFA
Dada a importância do árbitro no contexto de uma partida de futebol, já que, o (The IFAB) e a FIFA preceituam que, sem a sua presença, um prelio não pode ser realizado, o dia 11 era para ser motivo de efusiva comemoração no pais do futebol à confraria do apito. Mas não é!

Independente da cultura tacanha, que grassa nos diferentes setores do outrora melhor futebol do mundo de que, o árbitro é o responsável na maioria das vezes pela derrota do perdedor, há outros fatores de maior relevância que impedem que, no dia de hoje, ocorra algum tipo de comemoração no seio dos homens de preto.

Vamos aos fatos que corroboram nossa assertiva: 1) O árbitro do futebol brasileiro, em que pese estarmos no século 21, após sua formação, que na maioria das vezes é precária, não recebe o acompanhamento, a orientação e a requalificação necessária, para prestar um serviço de excelência, quando designado para apitar um jogo. 

2) O árbitro do futebol brasileiro é maltratado, incompreendido e é obrigado, a conviver na maioria das vezes, ao menor erro de interpretação das Regras de Futebol, com a pecha de ladrão, gaveteiro, incompetente, fdp.... sem ninguém a defendê-lo. 

3) Enquanto a maioria dos principais centros futebolísticos do planeta, dispensam tratamento ao árbitro e os remuneram como um autêntico profissional, o futebol brasileiro, dá ao homem que maneja o apito e as bandeiras, pecúnia incondizente com a sua importância. 

4) Ao árbitro do futebol brasileiro foi negado o direito de arena, o direito de imagem, e a participação de um percentual digno, nos lucros estratosféricos que a CBF aufere das duas logomarcas estampadas na indumentária dos apitos, que laboram nos seus torneios. 

5) O Congresso Nacional, negou ao árbitro do futebol brasileiro, o direito de ter a sua atividade REGULAMENTADA.


6) Ao contrário dos atletas, técnicos, preparadores físicos, da televisão, dos cartolas e dos clubes que se adequaram a modernidade do mundo globalizado, se organizando em sindicatos, confederações e federações, o árbitro do nosso futebol parou no tempo. Ou como queiram, ficou brigando por escalas.

7) Enquanto os segmentos acima nominados evoluíram, a arbitragem brasileira ao invés de se organizar em sindicatos e buscar a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, ficou circunscrita as associações, que são consideradas entidades de recreação e lazer. Associações que não têm capilaridade política e jurídica.


8) Apesar de estarmos vivenciando transformações diárias no mundo que gravita o esporte das multidões, o árbitro do futebol pentacampeão mundial de futebol, ainda não teve DISCERNIMENTO para entender a sua importância e de que, em muitas oportunidades é utilizado com mercadoria de troca entre a cartolagem do futebol brasileiro.

ad argumentandum tantum - Diante do que se leu acima, falar em conquistas ou em comemoração à categoria do apito, neste dia 11 de setembro, é no mínimo algo risível


terça-feira, 4 de setembro de 2018

O FIM ESTÁ PRÓXIMO

Os escândalos envolvendo a trempe, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que comandaram a CBF, jogou a credibilidade da entidade na lata do lixo. 

Os escândalos protagonizados pelas pessoas acima nominadas, deu início a uma fragilidade que é latente no atual comandado da CBF - não é segredo para ninguém, que a FIFA e a CONMEBOL, sobretudo, após a votação contrária da CBF para que a Copa do Mundo de 2026, fosse realizada no Canadá, EUA e México, passaram a adotar um tratamento totalmente diferenciado em relação a CBF.

Na ocasião, foi fechado um acordo entre as 10 entidades da CONMEBOL, no sentido de todos votarem no Canadá, EUA e o México. 

Repentinamente na hora da votação, a CBF votou no Marrocos. E um clima de "traição" ficou pairado no ar, e pelo andar da carruagem, estigmatizou a CBF no cenário internacional.

Sem uma referência na América do Sul e na Fifa, o futebol brasileiro vem definhando paulatinamente - e, um dos setores mais importantes, a arbitragem vem patinando como carro atolado no "banhado" pelo segundo ano consecutivo. 

Mas a queda da qualidade da arbitragem que labuta nas competições da CBF, não se circunscreve apenas a falta de ética dos atos dos ex-presidentes. A Comissão de Arbitragem atualmente, é dirigida por Marcos Marinho, que nunca apitou um prelio de pelada de menino de conjunto habitacional. A Escola Nacional de Arbitragem da CBF nos últimos anos, ao invés de treinamento prático no campo de jogo, ao quadro nacional dos apitadores, vem optando pela teoria.  

Outro fato que enfraqueceu a qualidade da arbitragem no Campeonato Brasileiro, diz respeito a posição da CA/CBF em realizar seminários para um grupo restrito de apitos e bandeiras da Fifa e aos árbitros e assistentes promissores. 

O que tem impossibilitado, que os demais membros da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), no total são seiscentos pessoas entre (árbitros e assistentes), tenham as mesmas condições daqueles que participam dos aludidos seminários.  

Ressalto ainda que, a CBF visando melhorar o desempenho dos homens de preto que laboram nos seus torneios, implementou a partir de 2017, o Relatório de Análise de Desempenho de Arbitragem (RADAR) - que foi anunciado como uma ferramenta para avaliar cientificamente a atuação e melhorar o desempenho da confraria do apito no Campeonato Brasileiro. 

Como há um incremento recorrente dos erros de arbitragem, fica clarividente que o RADAR não atingiu o seu objetivo precípuo.

Sem falar que a CBF mantem tanto nas Séries A e B, em todas partidas, delegados, inspetores etc......

Tudo indica que o reinado do povo que está na CBF em cargo de direção está chegando ao fim. Tomara! 

ad argumentandum tantum - Enquanto a CBF ficou 25 meses discutindo e questionando o protocolo do The IFAB do VAR, e afirmando que estava na busca de parceiros para sua implementação que não apareceram,e que Manoel Serapião era o autor do projeto, o mundo do futebol evoluiu e o Arbitro Assistente de Vídeo ou VAR como queiram, expandiu-se por todos os Continentes.
                          Crédito: UEFA 
ad argumentandum tantum (2) - Quando chegar a América do Sul no próximo dia 7 de setembro, o Presidente do Comitê de Árbitros da Fifa, Pierluigi Collina (foto)  - tomará conhecimento de que tem gente que não realiza os 4 testes físicos estabelecidos pela FIFA aos árbitros do quadro da entidade que controla o futebol no planeta.