terça-feira, 11 de setembro de 2018

NADA A COMEMORAR

Comemorar é verbo transitivo direto e significa: trazer à lembrança; recordar, memorar, fazer comemoração, realizar cerimônia de evocação de (um fato, um acontecimento, uma pessoa etc.). Isto posto, no dia 11  de setembro é comemorado, o dia do árbitro de futebol na República Federativa do Brasil.
          Crédito: FIFA
Dada a importância do árbitro no contexto de uma partida de futebol, já que, o (The IFAB) e a FIFA preceituam que, sem a sua presença, um prelio não pode ser realizado, o dia 11 era para ser motivo de efusiva comemoração no pais do futebol à confraria do apito. Mas não é!

Independente da cultura tacanha, que grassa nos diferentes setores do outrora melhor futebol do mundo de que, o árbitro é o responsável na maioria das vezes pela derrota do perdedor, há outros fatores de maior relevância que impedem que, no dia de hoje, ocorra algum tipo de comemoração no seio dos homens de preto.

Vamos aos fatos que corroboram nossa assertiva: 1) O árbitro do futebol brasileiro, em que pese estarmos no século 21, após sua formação, que na maioria das vezes é precária, não recebe o acompanhamento, a orientação e a requalificação necessária, para prestar um serviço de excelência, quando designado para apitar um jogo. 

2) O árbitro do futebol brasileiro é maltratado, incompreendido e é obrigado, a conviver na maioria das vezes, ao menor erro de interpretação das Regras de Futebol, com a pecha de ladrão, gaveteiro, incompetente, fdp.... sem ninguém a defendê-lo. 

3) Enquanto a maioria dos principais centros futebolísticos do planeta, dispensam tratamento ao árbitro e os remuneram como um autêntico profissional, o futebol brasileiro, dá ao homem que maneja o apito e as bandeiras, pecúnia incondizente com a sua importância. 

4) Ao árbitro do futebol brasileiro foi negado o direito de arena, o direito de imagem, e a participação de um percentual digno, nos lucros estratosféricos que a CBF aufere das duas logomarcas estampadas na indumentária dos apitos, que laboram nos seus torneios. 

5) O Congresso Nacional, negou ao árbitro do futebol brasileiro, o direito de ter a sua atividade REGULAMENTADA.


6) Ao contrário dos atletas, técnicos, preparadores físicos, da televisão, dos cartolas e dos clubes que se adequaram a modernidade do mundo globalizado, se organizando em sindicatos, confederações e federações, o árbitro do nosso futebol parou no tempo. Ou como queiram, ficou brigando por escalas.

7) Enquanto os segmentos acima nominados evoluíram, a arbitragem brasileira ao invés de se organizar em sindicatos e buscar a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, ficou circunscrita as associações, que são consideradas entidades de recreação e lazer. Associações que não têm capilaridade política e jurídica.


8) Apesar de estarmos vivenciando transformações diárias no mundo que gravita o esporte das multidões, o árbitro do futebol pentacampeão mundial de futebol, ainda não teve DISCERNIMENTO para entender a sua importância e de que, em muitas oportunidades é utilizado com mercadoria de troca entre a cartolagem do futebol brasileiro.

ad argumentandum tantum - Diante do que se leu acima, falar em conquistas ou em comemoração à categoria do apito, neste dia 11 de setembro, é no mínimo algo risível


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