No apagar das luzes de 2007, após ser condecorado pela Federação
Gaúcha de Futebol e o sindicato dos árbitros de futebol do Rio Grande do Sul (SAFERGS)
- o ex-árbitro Armando Marques (In memoriam), que dirigia a CA/CBF,
entrevistado pelos jornalistas Moacir Souza e José Edi Silva do informativo “MARCA DA CAL”, a
respeito da criação de uma universidade para formar árbitros na América do Sul,
respondeu: “Não, porque não temos professores com qualificação. Os
instrutores daqui estão desatualizados e precisam ser requalificados”.
Dez anos se passaram e a arbitragem Sul-americana a exceção do
Carlos Eugênio Simon (Brasil) e Oscar Ruiz (Colômbia), que já haviam participado de duas Copas do
Mundo (2002 no Japão e 2006 na Alemanha - e viriam participar da terceira, em
2010 na África do Sul) - só conseguiu emplacar um único árbitro top de linha em
praticamente todas as competições da FIFA. Sandro Meira Ricci (Brasil). Ricci,
foi o apito brasileiro no Mundial de 2014, e já está selecionado para a Copa do
Mundo na Rússia em 2018.
A Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF), tem dez países
filiados. Porém, não tem dez árbitros com o estofo técnico, tático, físico, psicológico e que saibam falar, ler e escrever fluentemente o inglês, idioma exigido pela FIFA. Exceto Nestor Pitana (Argentina), Sandro Meira Ricci (Brasil), Wilmar
Roldán (Colômbia), Enrique Cáceres (foto -Paraguai) e Andrés Cunha (Uruguai), não tem
mais ninguém.
Quantos seminários (RAP/FIFA) foram realizados à arbitragem da
(Conmebol), na última década? Quantos mil dólares foram gastos em passagens
aéreas aos árbitros, deslocamentos, hospedagem, diárias e pecúnia aos
instrutores? Quais foram os motivos que impediram a renovação qualitativa do quadro
de árbitros da (CSF)?
Portanto, as contestações de que este colunista desconhece o Know-how dos instrutores da arbitragem
Sul-americana, não se sustentam. São mais frágeis do que “palanque no banhado”.
É verdade que após a ascensão de Wilson Luiz Seneme, como
diretor do Comitê de Árbitros da (Conmebol) e dos membros Amélio Andino, Jorge
Larrionda e Oscar Ruiz, aconteceram algumas transformações na arbitragem da
(CSF).
Procede a observação de que em função do curto espaço de tempo, que,
o quarteto em tela está a frente do comando da arbitragem da (CSF), não se pode
exigir milagre.
É correto afirmar que, Seneme está colocando em prática uma processo de renovação,
lançando árbitros considerados promissores na Copa Sul-americana, na
Libertadores e até mesmo nas Eliminatórias da Copa à Rússia. Agora, é imperativo
requalificar o quadro de professores de arbitragem da (CSF) – e, por extensão,
celebrar intercâmbio com a Uefa e a Premier League. Intercâmbio que deve
envolver dirigentes, instrutores, observadores de arbitragem e os próprios árbitros.
Foto/FIFA
ad argumentandum tantum: Quantos árbitros tem hoje a CONMEBOL para dirigir, Alemanha x Itália, França x Espanha, Inglaterra x Holanda?
ad argumentandum tantum: Quantos árbitros tem hoje a CONMEBOL para dirigir, Alemanha x Itália, França x Espanha, Inglaterra x Holanda?