quarta-feira, 30 de agosto de 2017

DÉCADA PERDIDA

No apagar das luzes de 2007, após ser condecorado pela Federação Gaúcha de Futebol e o sindicato dos árbitros de futebol do Rio Grande do Sul (SAFERGS) - o ex-árbitro Armando Marques (In memoriam), que dirigia a CA/CBF, entrevistado pelos jornalistas Moacir Souza e José Edi Silva do informativo “MARCA DA CAL”, a respeito da criação de uma universidade para formar árbitros na América do Sul, respondeu: “Não, porque não temos professores com qualificação. Os instrutores daqui estão desatualizados e precisam ser requalificados”.
Dez anos se passaram e a arbitragem Sul-americana a exceção do Carlos Eugênio Simon (Brasil) e Oscar Ruiz (Colômbia),  que já haviam participado de duas Copas do Mundo (2002 no Japão e 2006 na Alemanha - e viriam participar da terceira, em 2010 na África do Sul) - só conseguiu emplacar um único árbitro top de linha em praticamente todas as competições da FIFA. Sandro Meira Ricci (Brasil). Ricci, foi o apito brasileiro no Mundial de 2014, e já está selecionado para a Copa do Mundo na Rússia em 2018.
A Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF), tem dez países filiados. Porém, não tem dez árbitros com o estofo técnico, tático, físico, psicológico e que saibam falar, ler e escrever fluentemente o inglês, idioma exigido pela FIFA. Exceto Nestor Pitana (Argentina), Sandro Meira Ricci (Brasil), Wilmar Roldán (Colômbia), Enrique Cáceres (foto -Paraguai) e Andrés Cunha (Uruguai), não tem mais ninguém.
Quantos seminários (RAP/FIFA) foram realizados à arbitragem da (Conmebol), na última década? Quantos mil dólares foram gastos em passagens aéreas aos árbitros, deslocamentos, hospedagem, diárias e pecúnia aos instrutores? Quais foram os motivos que impediram a renovação qualitativa do quadro de árbitros da (CSF)?  
Portanto, as contestações de que este colunista desconhece  o Know-how dos instrutores da arbitragem Sul-americana, não se sustentam. São mais frágeis do que “palanque no banhado”.
É verdade que após a ascensão de Wilson Luiz Seneme, como diretor do Comitê de Árbitros da (Conmebol) e dos membros Amélio Andino, Jorge Larrionda e Oscar Ruiz, aconteceram algumas transformações na arbitragem da (CSF).
Procede a observação de que em função do curto espaço de tempo, que, o quarteto em tela está a frente do comando da arbitragem da (CSF), não se pode exigir milagre.
É correto afirmar que, Seneme está colocando em prática uma processo de renovação, lançando árbitros considerados promissores na Copa Sul-americana, na Libertadores e até mesmo nas Eliminatórias da Copa à Rússia. Agora, é imperativo requalificar o quadro de professores de arbitragem da (CSF) – e, por extensão, celebrar intercâmbio com a Uefa e a Premier League. Intercâmbio que deve envolver dirigentes, instrutores, observadores de arbitragem e os próprios árbitros.
Foto/FIFA

ad argumentandum tantum: Quantos árbitros tem hoje a CONMEBOL para dirigir, Alemanha x Itália, França x Espanha, Inglaterra x Holanda?
  

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