terça-feira, 31 de agosto de 2010

Reunião da UEFA prepara árbitros




O experimento de assistentes adicionais atrás das metas está sendo testado exaustivamente na Eslovênia.


A nova temporada das competições européias e a fase de qualificação do UEFA/EURO 2012 aproximam-se rapidamente, e os árbitros europeus juntaram-se a UEFA na Eslovênia, esta semana, para um processo de revisão e antevisão alargado, estabelecido para garantir que os juízes estejam devidamente preparados para as tarefas que têm pela frente.

A oitava Reunião de Verão de Árbitros de Topo da UEFA teve início em Ljubljana, capital da Eslovênia, com o desejo comum de manter o tanto quanto possível e melhorar os padrões de qualidade durante os próximos meses. Como os árbitros de topo são agora considerados atletas em termos físicos no futebol moderno, a reunião na Eslovênia inclui testes físicos e medições de massa corporal. Além disso, debates são realizados em grupo o que vai permitir aos juízes dar a sua opinião à UEFA acerca de vários assuntos que os afetam diretamente.

O Comitê de Arbitragem da UEFA criou um programa extenso para os árbitros de Elite e de primeira categoria, bem como para os de segunda categoria. Resumos em vídeo de jogos da UEFA Champions League e da UEFA Europa League vão ser utilizados para destacar situações específicas de jogo, com a atenção centrada em aspectos como simulações, mão na bola e discussões. "Temos o dever de proteger a imagem do jogo", disse o delegado de arbitragem da UEFA, Hugh Dallas, que também destacou a importância de uma abordagem consistente ao processo de decisão em situações como essas e de manter o equilíbrio ideal entre controlar os jogadores dentro do gramado e tomar medidas disciplinares apropriadas.

A UEFA vai beneficiar com as discussões os grupos que envolvem os árbitros de Elite e de primeira categoria. "O Comitê de Arbitragem deve ouvir os árbitros mais experientes", explicou Dallas. "Foi reunida informação da temporada passada e queremos saber a opinião deles".

Um aspecto que tem merecido especial atenção na Eslovênia é a experiência com mais dois árbitros-assistentes, que vai continuar nas competições europeias durante as duas próximas temporadas. Desse modo, na tradicional equipe de arbitragem, composta por um árbitro principal, dois árbitros-assistentes e um quarto árbitro, vão ser incluídos mais dois assistentes. Estes colocam-se ao longo da linha-de-fundo, junto à baliza, e têm como função precípua a detectar incidentes que ocorram na grande área.

"Esta é uma experiência que a UEFA está levando muito a sério", afirmou Dallas. Os árbitros da segunda categoria vão ser informados das diretrizes relevantes estabelecidas pelo International Board (IFAB), enquanto a UEFA também está desejosa de partilhar informações com os árbitros que já tenham dirigido jogos com mais dois assistentes. A experiência foi levada a cabo em 200 encontros da UEFA/ Europa League na última temporada, e foi retomada já este ano, no "play-off" da UEFA Champions League e na SuperTaça Europeia, que decorreu no Monaco, na sexta-feira passada.

O primeiro vice-presidente da UEFA, Şenes Erzik, e o presidente da Federação Eslovena de Futebol (NZS), Ivan Simič, desejaram boa sorte aos árbitros, naquela que é, seguramente, uma época de testes nas competições européias e nos jogos de seleções. Depois, o director do setor de arbitragem da UEFA, Pierluigi Collina, recordou aos árbitros que a condição física é um fator essencial para realizarem boas exibições.

"Vamos exigir-vos mais, porque precisamos de mais", disse Collina aos juízes. O teste físico dos árbitros de Elite e de primeira categoria é visto como um componente fulcral dos preparativos para as próximas jornadas, afirmou. "Não podemos considerá-los apenas árbitros, mas também atletas de alta competição", sublinhou Collina. O italiano vai ser auxiliado por mais dois delegados da UEFA, o escocês Dallas e o francês Marc Batta, que vão dedicar o seu tempo não apenas a trabalhar no Comitê de Arbitragem, mas também nas escalações e outros aspectos estratégicos e técnicos da arbitragem européia.

Fonte: UEFA/ Refereetip

Raio-X da arbitragem

Joseph Blatter, o presidente da Fifa, quando questionado sobre arbitragem, afirma sempre que o árbitro de futebol é a autoridade máxima e o guardião das regras do jogo - e o apitador que deixar de cumpri-las está desrespeitando o espírito da regra e a entidade que pertence. Marcelo Aparecido de Souza da Federação Paulista de Futebol, o árbitro de Figueirense 2 x 0 Coritiba, sábado à tarde, no Orlando Scarpelli, deixou de observar as recomendações do mandachuva do futebol mundial em vários lances, já que não houve ligação entre suas interpretações e o texto das regras do jogo. Faltou qualidade nas suas decisões técnicas e disciplinares. Foi uma arbitragem regular num jogo de pouquíssima dificuldade.

No sábado à noite, na Vila Capanema, Émerson de Almeida Ferreira da Federação Mineira, dirigiu Paraná 2 x 1 Asa, de forma totalmente oposta, com ótimo posicionamento, aplicando corretamente as regras, sinalizando adequadamente as faltas, agilizando o reinício de jogo a cada interrupção, interpretando a lei da vantagem de forma a propiciar que a equipe que sofreu a falta obtivesse o benefício da vantagem, mostrou equilíbrio, autoridade em campo, praticou a arbitragem preventiva (através de olhares, sinais, da fala, do apito e, quando necessário, do cartão amarelo). Foi uma arbitragem de excelência.

No crepúsculo da tarde de domingo, na Arena da Baixada, na partida Atlético/PR 1 x 1 Grêmio, em que pese apresentar um excelente preparo físico e ótimo posicionamento em todas as jogadas, no momento de interpretar e aplicar as leis do jogo o árbitro Djalma José Beltrami, do quadro especial da CBF, utilizou de critérios diferenciados na marcação de faltas, na aplicação dos cartões e demonstrou em alguns lances estar preocupado - já que suas decisões sofreram questionamentos e sua expressão facial apresentou variações diante das tomadas de decisões e uma leve falta de controle emocional. Atuação regular em jogo de dificuldade média.
Fonte: TRIBUNA DO PARANÁ
bicudoapito@hotmail.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aproveitamento de pênaltis despenca após fim da paradinha


Arte de Allex Ximenes sobre fotos de Tom Dib e LC Moreira/Lancepress

Depois de 1º de junho, 49% dos pênaltis foram desperdiçados no Campeonato Brasileiro. Nesta rodada, goleiros defenderam todas

Bernardo Gleizer RIO DE JANEIRO (RJ)


Na rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro, Neymar (Santos), Ricardo Xavier (Guarani) e Washington (Fluminense) viram os goleiros Harlei, Marcelo Lomba e Rogério Ceni defenderem suas cobranças, respectivamente. Aproveitamento de 0% na rodada. Mas o que mais chama a atenção é que, depois da proibição da paradinha pela Fifa - que entrou em vigor no dia 1º de junho -, o rendimento nas cobranças de pênalti despencou consideravelmente.
Até a quinta rodada do Campeonato Brasileiro, quando a paradinha era permitida, foram 20 cobranças assinaladas. Os atacantes converteram 16 - um aproveitamento de 80% -, com três defesas dos goleiros e uma cobrança para fora, do santista Neymar (que usou a paradinha na ocasião). Depois da proibição, foram 35 penalidades e apenas 18 gols - aproveitamento de só 51%.
Nesta fase, os goleiros se destacaram. Eles defenderam 13 pênaltis - o que representa 37% das cobranças. Foram ainda duas cobranças no travessão, uma na trave e uma para fora. O arqueiro que mais se destacou foi Victor, do Grêmio e da Seleção Brasileira: pegou três penalidades. Geovanni, do Grêmio Prudente, Rogério Ceni, do São Paulo, e Fábio, do Cruzeiro, defenderam duas cada.
O jogador que mais perdeu pênaltis no Brasileirão foi justamente o maior usuário da paradinha: o jovem Neymar, do Santos, já perdeu três cobranças - sendo uma para fora e duas em que o goleiro adversário defendeu. Chicão, do Corinthians, e Paulo César, do Grêmio Prudente, desperdiçaram duas cada.
O desperdício de pênaltis se concentra em São Paulo. Corinthians, Santos e Grêmio Prudente perderam três cobranças cada um. O Timão já perdeu com Chicão e Bruno César e está à procura de um cobrador - Ronaldo e Roberto Carlos já fizeram gol desta maneira neste Brasileirão, um cada.
O Santos foi quem teve mais pênaltis a seu favor (sete), aproveitando a habilidade e a velocidade de seus Meninos da Vila. Por outro lado, o Grêmio até aqui não teve nenhuma penalidade para bater. No quesito aproveitamento/quantidade, o Flamengo é o melhor, com quatro acertos em quatro tentativas, seguido pelo Inter, que acertou as três que teve.
OS PÊNALTIS NO BRASILEIRÃO-2010:

Antes da paradinha Depois da paradinha
16 gols
3 defesas
1 para fora 18 gols
13 defesas
1 para fora
3 na trave

O APROVEITAMENTO POR CLUBE:

Flamengo - 4 certos (100%)
Internacional - 3 certos (100%)
Cruzeiro - 2 certos (100%)
Atlético-MG - 1 certo (100%)
Atlético-PR - 1 certo (100%)
Vitória - 1 certo (100%)
Atlético-GO - 4 certos / 1 errado (80%)
Guarani - 3 certos / 1 errado (75%)
Botafogo - 2 certos / 1 errado (66%)
Vasco - 2 certos / 1 errado (66%) Santos - 4 certos / 3 errados (57%)
Ceará - 1 certo / 1 errado (50%)
Goiás - 1 certo / 1 errado (50%)
Corinthians - 2 certos / 3 errados (40%)
Avaí - 1 certo / 2 errados (33%)
Palmeiras - 1 certo / 2 errados (33%)
Grêmio Prudente - 1 certo / 3 errados (25%)
Fluminense - 1 errado (0%)
São Paulo - 1 errado (0%)
Grêmio - Não teve pênaltis

Fonte: Lancenet

Santa Cruz pode ser multado por avarias em carro da arbitragem

Veiculo estava estacionado no estádio Arruda. Árbitro relatou incidente na súmula e agora clube pernambucano pode ser multado no STJD.


O Santa Cruz tem uma das torcidas mais apaixonadas do futebol brasileiro, mas por conta de alguns aficionados torcedores, o clube pode ser multado na próxima terça-feira, dia 31 de agosto, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD),em sessão a partir das 18h. A partir de relato do árbitro na súmula, a Procuradoria do STJD denunciou o Coral por avarias no carro da arbitragem. Estacionado no estádio Arruda, o veículo foi seriamente avariado, como consta na súmula, e por isso o Santa Cruz pode ser multado em até R$ 100 mil na sessão da Segunda Comissão Disciplinar. O clube foi acusado de "deixar de tomar providências capazes de prevenir desordens em sua praça de desporto", conforme o artigo 213, inciso I, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), durante a partida contra o Confiança, no dia 1º de agosto, ainda válida pela primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro.



Fonte - Justiça Desportiva

Goiânia será sede do V seminário de Direito Esportivo



A Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA/GO) abrigará neste início de setembro o V Seminário Goiano de Direito Desportivo - Atualidades da Justiça Desportiva. Nos dias 9 e 10, palestra com personalidades da área prometem gerar um importante debate sobre o assunto, envolvendo a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, além de temas como as recentes mudanças do Estatuto do Torcedor. E, para quem quiser participar do evento em Goiânia, basta levar um quilo de alimento não perecível. Outras informações nos telefones (62) 3238-2000/3235-6520.


No dia 9, quinta-feira, às 19h, acontece a palestra Copa de 2014 e Olimpíadas de 2106 – Aspectos Jurídicos, a única do dia, com Wladimyr Vinycius de Moraes Camargos, advogado e consultor jurídico do Ministério do Esporte, e que também é coordenador dos trabalhos de reforma do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Já no dia 10, sexta-feira, o dia começa cedo, com uma palestra às 8h30, com o tema Direito Desportivo Laboral – Análise de casos concretos. O palestrante será Paulo Henrique S. Pinheiro, advogado e radialista, que é também auditor do STJDU, tendo sido ainda procurador-geral do TJD do futebol de Goiás, e atuante como advogado do Vila Nova.
Em seguida, às 10h30, palestra Efeito Suspensivo Recursal será comandada por Eduardo Vieira Mesquita, advogado e membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB/GO, e ainda auditor do Pleno do TJD do Futebol de Goiás. Às 14h acontecerá a palestra Lei de Incentivo ao Esporte, com Luiz Felipe Guimarães Santoro, advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.
Por fim, às 16h, será realizada a palestra Lei 12.299 de 2010 - Alterações do Estatuto do Torcedor, com Alexandre Hellender de Quadros, advogado, auditor do Pleno do STJD do futebol, presidente do STJD de ciclismo e auditor do STJD do judô.
Fonte: Justiça Desportiva

domingo, 29 de agosto de 2010

O melhor árbitro das Américas


No próximo dia 7 de setembro no estádio do River Plate, o Monumental de Nunes, em Buenos Aires, (Argentina), será realizado o jogo do ano como está sendo chamado pela imprensa e o povo argentino, Argentina x Espanha. A atual campeã do mundo virá com todos os seus titulares campeões na África do Sul em 2010. Para este choque de gigantes a Fifa designou o apito de Oscar Ruiz (foto), 40 anos, (Fifa-Colômbia), que terá como assistentes os compatriotas Abraham Torres e Humberto Clavijo Brito. Oscar Ruiz é considerado o árbitro das Americas pela sua excelente performance ao longo de sua trajetória no apito em todas as competições da Confederação Sul Americana de Futebol. Há poucos dias, apitou em Porto Alegre (Brasil), a final da Copa Libertadores da América, no Beira Rio, entre Internacional (Brasil) 3 x 1 Chivas (México), quando o colorado gaúcho sagrou-se bicampeão da competição que tem o patrocínio da Conmebol com atuação memorável.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Eslovênia acolhe árbitros de topo



Com as competições européias de clubes e a qualificação para o Uefa/Euro 2012 prestes a começarem, os árbitros internacionais europeus vão reunir-se na Eslovênia, para o tradicional encontro da entidade.


Eslovénia acolhe árbitros de topo
Os árbitros de elite e de primeira categoria da Uefa vão realizar testes físicos na Eslovênia ©sportsfile


Collina comandará o evento.

Os principais árbitros europeus vão estar presente na Eslovênia na próxima semana, para mais um encontro de Verão da Uefa, que serve de preparação para a temporada desportiva que se inicia.
Com a fase de grupos da Uefa Champions League e a qualificação para o UEF/ EURO 2012 prestes a iniciar, os árbitros vão receber instruções e orientações, que os vão ajudar no desempenho das suas funções na principal competição européia de clubes e nos jogos de seleções.
Os membros do Comitê de Arbitragem da Uefa vão dar conselhos relacionados com a experiência que envolve mais dois árbitros-assistentes, que vai prosseguir nas competições sob a jurisdição da Uefa durante as duas próximas temporadas, depois de uma decisão tomada pelo International Board (IFAB).
Dessa forma, a equipe de arbitragem tradicional, composta por um árbitro principal, dois árbitros-assistentes e um quarto-árbitro, será aumentada com a inclusão de mais dois assistentes, que irão ficar postados junto à linha de fundo, perto da baliza. A sua função particular é a de detectarem lances que ocorram na grande área.
A análise do vídeo vai ser utilizada para examinar e debater lances do jogo, como parte dos esforços globais para manter a uniformidade no processo de tomadas de decisões. A unidade disciplinar da Uefa também vai realizar uma palestra sobre assuntos relacionados com arbitragem e medidas disciplinares do organismo europeu.
Cada vez mais exigidos os árbitros de topo em termos físicos, e para os ajudar a lidar com o ritmo elevado e exigências do jogo moderno, os árbitros de elite e de primeira categoria da Uefa, também vão se submeter a um teste físico na Eslovénia.
Fonte: Uefa

CBF pode ser multada por falta de ambulância em estádio


Uma denúncia inédita movimenta a sessão da próxima quarta-feira, dia 1º de setembro, da Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) será julgada, a partir das 18h, e pode ser multada pela ausência de ambulância na partida entre Potiguar/RN e CSA/AL, pela Série D do Campeonato Brasileiro.
De acordo com a Procuradoria do STJD, tanto o clube mandante, quanto a CBF podem ser multados, pois o regulamento geral de competições da própria CBF determina que o time da casa tem algumas obrigações, como ser responsável pela presença da ambulância. Em compensação, o Estatuto do Torcedor também obriga a responsável pela organização da competição, a presença de médicos, enfermeiros e ambulância em estádios com capacidade para 10 mil torcedores.
A CBF foi denunciada por deixar de cumprir obrigação legal – artigo 191 I do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – e pode ser multada em até R$ 100 mil. Mesmo valor que pode ter que pagar o Potiguar, que responderá por deixar de cumprir regulamento – artigo 191 III.
O clube do Rio Grande do Norte também foi denunciado por deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização – artigo 213 –, podendo render uma nova multa que varia entre R$ 100 e R$ 100 mil.
Além das denúncias para os clubes, o jogador Climarcio, do Potiguar, pode pegar até seis partidas de suspensão pela expulsão em que a Procuradoria considerou que praticou jogada violenta – artigo 254.
Fonte: Justiça Desportiva

Liga é exemplo para a Uefa



A recente eleição de Pierluigi Collina para gerir a arbitragem da Uefa trouxe à baila alguns modelos de formação que já estão sendo seguidos na arbitragem portuguesa, presidida pelo ex-árbitro internacional Vítor Pereira.O aperfeiçoamento das arbitragens passa muito pelo componente físico, algo que é aplicado no quadro de juízes portugueses há algum tempo. "A questão do árbitro atleta está sendo aplicado em Portugal. A condição física, nutrição idêntica a dos jogadores e a monitorização de todas as questões relacionadas com o peso e índice de massa gorda são uma preocupação constante da Comissão de Arbitragem (CA)", disse ,Vítor Pereira. A semelhança do que acontece em Portugal, também a Uefa realiza duas ações de formação anuais do quadro de árbitros internacionais, algo que a Comissão de Arbitragem encara como fundamental para elevar o nível da arbitragem lusa. "A partilha entre os árbitro internacionais e os restantes é constante. Estão sempre atualizados com as novidades que a Uefa introduz e que também nos transmite", salienta o principal responsável pela arbitragem em Portugal. A formação dos quadros jovens nacionais é outro dos ‘cavalos de batalha’ do Conselho de Arbitragem da Liga.
Fonte: CM/Refereetip

sábado, 28 de agosto de 2010

Uefa mantém apoio aos árbitros

A Uefa anunciou o seu apoio aos árbitros europeus no início de uma nova temporada, sublinhando o seu empenho total em fornecer da melhor maneira possível ajuda aos árbitros, na sua tarefa de cumprir o seu papel no bem-estar do futebol europeu.

"Preocupamo-nos com o futebol e queremos trabalhar para o seu progresso", disse o secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, numa reunião com a comunicação social, em Monaco. Como parte dos esforços contínuos para elevar os padrões de jogo, a entidade nomeou o ex-árbitro italiano Pierluigi Collina eleito por seis vezes consecutivas o melhor juiz de futebol do planeta como Diretor de Arbitragem. Collina, que acumulou uma vasta experiência numa carreira distinta como árbitro, vai ser auxiliado por dois ex-árbitros internacionais, Hugh Dallas (Escócia) e Marc Batta (França), que desempenham as funções de Responsáveis de Arbitragem da entidade.

"A preparação é a chave para melhorar o árbitro", explicou Collina. A Uefa organiza dois encontros com árbitros internacionais em cada ano - um no início de setembro, antes do início das fases de grupos das competições européias, e outro em fevereiro, de preparação para a fase final da época. O objetivo destes cursos é melhorar igualmente a preparação física individual dos árbitros.
Entretanto, a experiência com mais dois árbitros-assistentes vai continuar nas competições européias durante as duas próximas temporadas, no seguimento de uma decisão recente do International Board (IFAB). Desse modo, a equipe de arbitragem tradicional, composta por um árbitro principal, dois árbitros-assistentes e um quarto árbitro, terá a companhia de mais dois assistentes, que se postarão junto a cada uma das metas. A sua função particular é a de alertar o árbitro principal para lances ocorridos na grande área.



Os árbitros-assistentes adicionais vão ser utilizados nos jogos da Uefa Champions League e da Uefa Europa League nas épocas 2010/11 e 2011/12, e na Super Taça Europeia – no jogo de ontem à noite, entre FC Internazionale Milan e x Club Atlético de Madrid, em Monaco, e novamente em 2011.
"A sua simples presença junto à linha de gol vai servir como elemento dissuasor, para impedir os jogadores de simularem faltas e de agarrar os adversários", explicou Collina. "Estes vão comunicar o árbitro principal, através do sistema de áudio. No entanto, mesmo que presenciem um incidente, a decisão final pertence sempre ao árbitro principal".
"Estou muito otimista com esta experiência", disse o Presidente da Uefa, Michel Platini (foto). "O árbitro principal pode não ver, por isso estes assistentes adicionais vão ser uma grande ajuda para ele".

Fonte: UEFA/Refereetip

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ENTREVISTA GRAZIELE CRIZOL


Mulher tem o raciocínio rápido


Não é surpresa o avanço feminino em todos os setores da vida. Nos mais complexos exercícios profissionais elas estão presentes. E, agora, mais do que nunca invadindo a área das arbitragens o que pelo menos há dez anos atrás dava a impressão de que seria uma categoria profissional única e exclusivamente voltada ao sexo masculino. Você a seguir vai ler a entrevista concedida via e-mail por Graziele Crizol, árbitra da Federação Paulista de Futebol, que é formada em Licenciatura Plena em Educação Física - Universidade do Grande ABC, Pós Graduada em Arbitragem Desportiva – Iwl e Pós Graduada em Ginástica Artística – Austin (Texas – USA), e além da FPF é árbitra da CBF, e embora não manifeste na entrevista que tem como grande meta chegar a uma Copa do Mundo Feminina, talvez em função da sua humildade, deixou nas entrelinhas que vai buscar um lugar de destaque para o próximo Mundial da categoria. Entende ela que não há nenhuma diferença para que o homem seja absoluto na área do apito, sendo que a mulher é até mais relevante dado seu raciocínio rápido e por isto dificilmente erra nas suas conclusões.


Num esporte extremamente machista e preconceituoso o que a motivou fazer o curso de árbitra de futebol? Primeiramente a paixão pelo esporte, pois desde pequena acompanhava meu pai nos jogos de futebol amador da cidade. Já na faculdade de Educação Física jogava futebol com freqüência, e foi quando fui assistir uma partida em Santo André no estádio Bruno José Daniel, observei uma mulher bandeirando, e a partir daí me chamou a atenção, e me motivou a fazer o curso. Procurei a árbitra Silvia Regina de Oliveira (ex-árbitra da FPF e da Fifa), que me incentivou e me deu os primeiros toques para o ingresso na profissão.


Você é arbitra ou árbitra assistente? Sou árbitra assistente da Federação Paulista de Futebol e CBF/FEM.


Qual foi o jogo mais importante da sua carreira até o momento? Final da Copa do Brasil Feminina de 2009, entre Santos FC x Botucatu FC.


Pretende apitar jogos de maior magnitude ou entrou no futebol apenas para obter fama. Passa pela sua mente atuar em jogos da Conmebol e da Fifa? Acredito que o reconhecimento seja o resultado de um bom trabalho, e a fama não é meu foco, meu objetivo é fazer bem o meu trabalho dentro de campo. Com relação a Fifa e Conmebol, não aspiro esses jogos, atualmente gostaria muito de atuar na serie A do campeonato Brasileiro.


Em quem você se espelha para atuar como árbitra ou já adquiriu estilo próprio. A maior referência que tenho como arbitro é o italiano Pierluigi Colina, porém acredito que tenho meu jeito de atuar. Outra influência que tive dentro dos gramados foi a árbitra Silvia Regina, atualmente Instrutora de Arbitragem da FPF, CBF e da Fifa, que venceu vários obstáculos para chegar a elite do futebol nacional. Esse exemplo de garra me ajuda muito.


O experimento de dois árbitros adicionais autorizado pela Fifa atrás das metas na sua opinião auxilia a arbitragem a dirimir os lances polêmicos? Eu aprovo essa

experiência, pois acredito que ajudaria e muito a diminuir os erros, e minimizar as polêmicas. Mas não gosto muito da idéia de usar os recursos eletrônicos para ajudar os árbitros dentro de campo, acredito que o espetáculo perderia um pouco da beleza. Penso que os erros dos jogadores deveriam ser tão comentados, quanto as polêmicas criadas em cima da arbitragem.


Qual é a sua opinião sobre a implementação da tecnologia no futebol. Ajuda ou tira o aspecto humano como afirma Joseph Blatter o presidente da Fifa. Concordo com o presidente da Fifa e entendo que a utilização de recursos eletrônicos, não irá deixar o espetáculo mais interessante.


A senhorita aceitaria posar nua se fosse convidada por alguma revista do gênero? Não, de maneira alguma.

É solteira, casada, pretende ter filhos ou está focada única e exclusivamente na sua carreira. Hoje estou focada na minha carreira, e não costumo comentar sobre minha vida pessoal.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Collina vai comandar arbitragem européia





O secretário geral da Uefa, Gianni Infantino, explicou que a missão de Pierluigi Collina será de "melhorar a arbitragem", nomear os dárbitros e assistentes para as competições da Uefa e supervisionar o projeto de arbitragem com cinco árbitros, testado na Liga Europa e na Liga dos Campeões, no que diz respeito às competições do organismo. Collina, por seu turno, avançou que o melhoramento da arbitragem tem só uma palavra: "preparação", concentrando-se sobre o "físico" para haver "não só árbitros oficiais, mas também atletas". O mais célebre dos árbitros italianos vai desta forma controlar o peso e a massa gorda dos árbitros.

[O ex-árbitro Pierluigi Collina, eleito pela Fifa seis vezes consecutivas o melhor árbitro de futebol do mundo vai comandar a arbitragem da Uefa, anunciou nesta quinta-feira o presidente da Uefa que rege o futebol europeu, Michel Platini].

No que diz respeito à arbitragem com cinco árbitros, Platini, que contestou o vídeo, reiterou que é favorável à presença de dois assistentes suplementares para vigiar a linha de gol. "Nós jogamos todos futebol, o árbitro não consegue ver tudo. Há coisas com as quais sou tolerante: a mão de Henry ou o gol da Inglaterra (no Mundial-2010 frente à Alemanha). Mas agora, com cinco os árbitros podem ver tudo, se cometerem erros, é porque não são bons", afirmou Platini. "Se houver algum árbitro que não vê a bola a três metros dele a cruzar a linha da meta, então não apitará mais as nossas competições", frisou o presidente da Uefa.
Fonte: Futebol 365

Webb reconhece o seu único erro na final do Mundial

Howard Webb (Fifa-Inglaterra)

O árbitro da final do Mundial de 2010, Howard Webb, foi bastante criticado pela atuação no jogo entre a Espanha x Holanda, que deu o título à seleção espanhola. No entanto, o árbitro inglês diz-se orgulhoso com a sua atuação e ressalta que a única coisa que alteraria, se pudesse voltar atrás, era a cor do cartão mostrado a Nigel De Jong.



"Queríamos [equipe de arbitragem] que tivesse mão firme no jogo, mas também pretendíamos desempenhar corretamente o nosso trabalho. E, se houvesse uma situação clara para cartão vermelho, não iríamos hesitar", disse Webb à Reuters. "Ao fazer uma retrospetiva do que aconteceu, depois de 2 horas, não haveria muito a alterar. O que mudaria era a cor do cartão mostrado a De Jong. Depois de ver o lance em movimento lento e de vários ângulos, reconheço que a entrada do jogador era merecedora de cartão vermelho", acrescentou, Webb.
Fonte: Record/Refereetip

PS:
Observa-se que apesar de toda a movimentação da Fifa, o empenho virtual já não mais pode ser afastado, eis que é o único meio que fixa a imagem real e do momento, e a qual ninguém pode desafiar. O árbitro inglês Howard Webb reconheceu que deveria ter expulsado o atleta holandês, porém, isso embora não tivesse qualquer reflexo no resultado da partida, observa-se que os árbitros por si começam identifcar-se com o modelo eletrônico que está avançando no mundo. Ninguém escapará, no futuro, de consultar a imagem eletrônica, pois o homem é falível e a máquina é soberana.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Aperfeiçoar os conhecimentos

O árbitro é um científico e precisa continuar os estudos para evoluir junto com o futebol


O árbitro de futebol, imagem de maior relevância numa partida, na forma ilustrativa podendo-se dizer que é o verdadeiro “rei do jogo”, não pode ficar restrito aos conhecimentos que lhe foram outorgados pelo diploma. O futebol, religião maior nos tempos atuais, vive um processo sistemático inovatório, isso pela ligação em que os acontecimentos se desdobram e, pelo que, exigem de maneira específica do árbitro o que se poderia dizer a sua científica educação continuada, isto é, sentir-se como nunca tivesse deixado a escola.

Todavia, o que se articulo reto, é utópico, pois tomando o diploma nas mãos, o árbitro de futebol se preocupa em aplicar o que aprendeu no passado, fazendo como que o futuro não fosse de transformações.
Pois, a educação continuada, como está explicada no livro Sinais de Trânsito do Árbitro de Futebol, em sua página 10, diz: “Chamamos a atenção para a responsabilidade que as Federações Estaduais têm sobre a boa formação e conduta de seus árbitros e sobre o permanente aprimoramento dos mesmos com periódicos treinamentos, painéis, seminários, testes físicos e teóricos, discussões de arbitragem”. Exige-se dessas entidades seriedade nas indicações desses profissionais para jogos locais e para compor o quadro da CBF, considerando sua conduta dentro e fora do campo.

A sequência de equívocos das arbitragens, decidindo no apito jogos do Brasileirão/2010, explicita de forma inequívoca a má formação dos árbitros pelas federações estaduais e a ausência total das diretrizes do nominado livro, que de há muito foram renegadas pelas comissões de arbitragem. São pouquíssimas as federações no Brasil que realizam e planejam a pré-temporada, que mantém uma escola de árbitros com instrutores de excelência, com o objetivo de acompanhar, orientar e expor aos árbitros as deficiências praticas pelos mesmos nos jogos, e além disto, é flagrante a ausência de um código de conduta para os árbitros antes, durante e após as partidas.

Por derradeiro, a idéia é nossa, pelo que estamos observando das arbitragens, com um número expressivo de equívocos técnicos, já nos parece que não pode mais ser postergada a criação do instituto das arbitragens, para acampar as inúteis escolas de arbitragens, porque ser árbitro é ser alguém científico. E nada mais a dizer.
Fonte: Justiça Desportiva

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Associação Argentina inova em punição por atrasos em jogos

Fonte: Redação Justiça Desportiva



No Brasil, quando um time atrasa para início ou reinício de um jogo, o clube é denunciado no artigo 206 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), vai a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e corre o risco de ser multado em R$ 1 mil a cada minuto de atraso. Na Argentina, o atraso é trato de uma outra forma.
O Comitê Executivo da AFA resolveu, por unanimidade, tentar acabar com os atrasos no início e reinício das partidas do Campeonato Argentino. A partir de agora, o treinador da equipe que atrasar será expulso pelo árbitro.


De acordo com a AFA, a medida foi tomada pelo número de atrasos, principalmente no retorno do intervalo. E os treinadores são considerados culpados. Caso os atrasos persistam, o técnico ficará suspenso por uma partida, e a pena não poderá ser convertida.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sugestão - Site oficial da Graziele Crizol



Desta vez a nossa escolha recai sobre o novo site da árbitra Brasileira "Graziele Crizol". Certamente que muitos já ouviram falar desta musa da arbitragem.


Grazi, como é conhecida no Brasil, foi incentivada a tirar o curso de arbitragem pela árbitra brasileira Silvia Regina. Esta recebeu por parte da árbitra Silvia Regina dicas e incentivo para seguir o mundo dos relvados. Ela entrou na escola de árbitros da FPF (Federação Paulista de Futebol) em 2004 e desde ai, vem actuando nos campeonatos oficiais do estadual, participando nos jogos das séries A2 e A3 do campeonato Paulista. Em 2009 realizou o jogo da final do Campeonato Paulista Feminino como arbitra assistente, ingressou no quadro da CBF, actuando no final do campeonato feminino do Brasil.

Podem saber mais a cerca desta musa da arbitragem no seu site pessoal em http://www.arbitragrazi.com.br.
O site está recheado de fotos, vídeos e notícias.
Fonte: Refereetip




Árbitros Internacionais Portugueses marcam presença em curso da UEFA



Os árbitros internacionais portugueses, Olegário Benquerença, Pedro Proença e Bruno Paixão vão participar, entre os dias 30 de Agosto e 1 de Setembro, no Curso da Uefa para juízes de primeira categoria, que ocorrerá em Ljubljana (Eslovénia).
Em idêntica ação, mas entre 30 e 31 de Agosto, estará Duarte Gomes, no curso destinado a árbitros da segunda categoria da Uefa, igualmente em Ljubljana.
Fonte: FPF
Publicada por RefereeTip

CBF promove Curso de Aprimoramento de Arbitragem

Cumprindo o Plano de Modernização do Futebol Brasileiro idealizado pelo presidente Ricardo Teixeira, a Comissão de Arbitragem da CBF reunirá os árbitros internacionais (masculino e feminino) e os aspirantes, no período de 30 de agosto a 04 de setembro, na cidade de Florianópolis.
Durante o período serão realizados aprimoramentos técnico e prático, avaliações físicas padrão Fifa e teóricas (inglês e português), e análise do trabalho desenvolvido na primeira fase das competições coordenadas pela CBF.
Sob a supervisão da Comissão de Arbitrgaem-CBF, os trabalhos terão como instrutores: Horacio Elizondo (foto), da Argentina (RAP-Fifa instrutor técnico, o quarto da esquerda para à direita), Amelio Andino, do Paraguai (oficial de desenvolvimento do RAP-F), Cristian Rosen, da Argentina (instrutor físico); os integrantes da comissão de ensino da CBF Aristeu Tavares, Manoel Serapião, Milton Otaviano, Silvia Oliveira e Dionisio Domingos e, também, o acompanhamento de um profissional da área de psicologia (Marta Magalhães Sousa).




Ainda dentro do Plano de Modernização, a CBF descentraliza suas atividades e leva aos estados das entidades filiadas o aprimoramento dos árbitros e assistentes. Em 2007, o evento foi realizado em São Caetano do Sul – SP, em 2008, no Rio de Janeiro, em 2009, em Curitiba.
O evento significa a oportunidade para que os instrutores técnicos, físicos, observadores, árbitros e assistentes possam acompanhar os trabalhos e, dessa forma, incentivar as entidades filiadas na busca pela qualidade da arbitragem como um todo.
Fonte: CBF

Em tempo: O evento que tem a chancela da CBF acontece num momento oportuno porque a qualidade da arbitragem brasileira nas competições da entidade principalmente após a Copa do Mundo, apresenta um decréscimo acentuado. Em se tratando de árbitros Fifa, com exceção de Carlos Eugenio Simon, Leandro Pedro Vuaden, Marcelo de Lima Henrique, Periclez Bassolz Cortes e Evandro Rogério Roman, este último totalmente recuperado dos problemas do Brasileirão do ano passado, os demais após a Copa do Mundo entraram em decadência técnica. Em relação aos Asp/Fifa, o time composto por Andre Luiz de Castro, Luis Flavio de Oliveira, Sandro Ricci e Wilton Pereira Sampaio, vem salvando a arbitragem brasileira com boas atuações, já os demais estão devendo. Se este time, Fifa e Asp/Fifa quando escalado fraqueja e apresenta deficiências imaginem a insegurança dos demais árbitros do quadro nacional. Outro detalhe: As pessoas designadas pela CBF para desenvolverem a função de Observadores de Arbitragem nas competições da entidade ou não preenchem os requisitos exigidos para a função ou então estão relatando de forma inverídica os acontecimentos no campo de jogo. Aliás, a qualidade dos Observadores de Árbitros no Brasil deixa a desejar. Um exemplo é o Estado do Paraná, que indicou três nomes à CBF para desempenharem esta função mas nunca apitaram sequer pelada de menino de final de rua. É um absurdo!
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Entrevista



Com 11 anos militando na Justiça Desportiva, o advogado João Gazolla vive a experiência de defender o seu time do coração: o Santos. O advogado ressalta que com o Peixe não vem tento grandes problemas, pois o time é muito bem liderado e disciplinado pelo técnico Dorival Júnior.



Mas a vida de João Gazolla nem sempre foram flores. Ele já enfrentou casos complexos nos tribunais esportivos como a perda de pontos do Marília, em 2003, quando o advogado conseguiu uma vitória em segunda instância. O defensor comentou em entrevista ao site Justicadesportiva como é realizado o trabalho com os "Meninos da Vila", como começou a carreira e a situação de Neymar, que esteve envolvido em polêmica por causa do Twitter.

JD – Como é feito o trabalho de disciplinar os jogadores do Santos?
João Gazolla – “Esse trabalho é muito bem feito pelo técnico Dorival Júnior e sua comissão técnica. Além disso, tem o departamento jurídico no qual tenho a honra de encabeçar e que tem essa preocupação. Desde o inicio do ano passamos algumas considerações”.

JD – Existe uma receita para um time nunca ir a um tribunal numa competição?
João Gazolla – “Como advogado militante na Justiça Desportiva por mais de dez anos, diria que não ir ao tribunal é praticamente impossível. Certamente se fosse uma equipe de padres e freiras algumas vezes ainda teria o tribunal. Não temos nenhuma indisciplina aguda, é um grupo muito tranquilo. O Santos tem disputado competições e conquistado títulos. Isso inevitavelmente acarreta em alguns casos na esfera da Justiça Desportiva, que felizmente estão saindo de uma maneira satisfatória”.

JD – Por que o senhor resolveu seguir o caminho da Justiça Desportiva?
João Gazolla – “Pela paixão ao futebol e ao direito. Consegui unir o que me dá prazer na vida pessoal e na profissional. Militar na Justiça é uma missão muito árdua, pois passamos por momentos de tensão e expectativa de todos por uma absolvição. É algo que me agrada muito. Tenho uma paixão pelo que faço e hoje é ainda mais gratificante estar à frente do Santos, que é o meu clube de coração”.

JD – Qual foi a defesa mais difícil que encarou em sua carreira?
João Gazolla – “Tivemos alguns desde 99 e agora completando 11 anos. Tivemos a perdas de pontos do Marília em 2003, quando toda uma cidade importante como Marília aguardava o resultado e conseguimos recuperar no tribunal. Nos últimos três anos estive no Guaratinguetá. Mesmo se tratando em times de menor porte, isso sempre se reflete na municipalidade e por isso todo julgamento é muito importante. Mas colocar o Marília no quadrangular final em 2003 foi algo muito importante para a minha carreira. Outro caso também foi quando conseguimos colocar o Edu Dracena em condições de jogo na final da Copa do Brasil, foi de grande representatividade”.

JD – O que achou da reformulação do Código Brasileiro de Justiça Desportiva?

João Gazolla – “Bom não está. Tenho profundo respeito pelos seus idealizadores. Avanços ocorreram e isso é inegável. Acabar com aquela punição mínima de 120 dias para casos de agressão e trazer para a realidade de quatro partidas foi muito bom. Porém, algumas mudanças certamente virão com o tempo, como essa excessiva minúcia de quando que é prática de via de fato. Dizer exatamente como que é agredir, foi um exagero na melhor das intenções. É como se o legislador penal trouxesse que matar alguém é enfiar uma faca ou dar um tiro. Obviamente que matar ou agredir já cabe ao auditor interpretar como julgador. Mas, sem dúvida nenhuma, o caminho que a Justiça Desportiva está tomando é o da seriedade, celeridade, modernidade e isso é o mais relevante que posso destacar”.

JD – Em relação ao caso do jogador Neymar que teve um comentário ofensivo no Twitter, o que tem a dizer?
João Gazolla – “Neymar não foi o autor do comentário e ele já esclareceu isso ao tribunal. Inclusive encaminhamos um documento feito de próprio punho do atleta”.
Fonte: Justicadesportiva.com.br

Se a bola é redonda tem que correr



A Fifa diz que o espectador tem o direito de ver 90 minutos de bola rolando, embora na prática isso não aconteça jamais. Na Europa o tempo de bola em jogo oscila entre 70 e 75 minutos, mas lá isto acontece em função de que o artífice principal do espetáculo o árbitro, adquiriu uma cultura que sabe diferenciar quedas casuais em função de um contato físico ou mesmo de um tropeço quando nada deve ser assinalado. No futebol brasileiro a arbitragem de há muito desenvolveu uma cultura diferenciada e a qualquer choque ou contato físico a torcida, os atletas e até mesmo a imprensa gritam em alto e bom som: Foi falta! Os árbitros, a maioria malformados nas federações de origem onde não recebem uma atenção compartilhada, diante da insegurança, da falta de critérios na uniformidade na marcação da faltas trilam em muitas vezes de forma constante o apito interrompendo o jogo e causando com isto enorme prejuízo ao andamento da partida e, por extensão, gerando um mal estar para todos e subtraindo boa parte do tempo de jogo. Corinthians x São Paulo no Pacaembu foi um exemplo da falta de discernimento da arbitragem entre um contato físico com falta e um contato físico casual. Quem assistiu ou assistir o teipe do clássico e observar um dos jogos do final de semana dos campeonatos inglês ou alemão verá uma diferença estratosférica de critérios da arbitragem na marcação de faltas e de tempo de bola em jogo. Inclusive nos acréscimo os europeus são fidedignos. No Velho Continente o futebol é tratado como um espetáculo de entretenimento. No Brasil, a "malandragem dos atletas" torna a maioria das partidas insossas e muitas vezes com um aliado incondicional o árbitro.

Feito este intróito, na companhia de dois professores de Educação Física fui a Arena da Baixada no domingo observar Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS) no Atlético/PR 1 x 0 Flamengo/RJ. Vi uma arbitragem equânime com critérios de interpretação na sinalização das faltas técnicas ou disciplinares e um tirocínio mental altamente qualificado o que propiciou ótima atuação numa partida de dificuldade média. Cronometrei as substituições - 32 segundos cada; atendimento médico - 25" cada; tiro de meta - 22" cada; tiro livre direto - 26" cada; tiro livre indireto - 19" cada; cobrança de arremesso lateral - 14" cada; tiro de canto 15" cada e comeração de gol 18". Além do acréscimo do tempo perdido e da forma como conduziu a partida, só fracionando-a quando necessário, Simon limitou a entrada dos médicos e massagistas de ambas as equipes no campo de jogo, somente permitindo as suas presenças para acompanhamento no carrinho que retira jogadores para posterior atendimento fora das quatro linhas. Na verdade o apitador gaúcho cumpriu apenas o que diz a Fifa que determina que, um atleta só poderá ser atendido no campo de jogo nas seguintes exceções: contusão do goleiro, quando o arqueiro e um jogador se chocam e necessitam uma atenção imediata, quando ocorre uma contusão grave, por exemplo, o atleta engole a língua, concussão cerebral e fratura de perna. Fiz questão de cronometrar os tópicos acima, porque tenho observado alguns jogos serem encerrados sem nenhum minuto de acréscimo e em alguns casos o tempo acrescido não confere com as interrupções que aconteceram durante a partida o que é um absurdo. Este tipo de comportamento vem ocorrendo na Série A e B do Brasileirão/2010.
Em tempo: O árbitro que não adicionar (quando for o caso) o tempo perdido torna-se conivente no furto que é feito ao público presente. Finalizar a partida aos 90 exatos minutos, sem nenhum acréscimo, é um fenômeno.

Valdir Bicudo-apitodobicudo.blogspot.com

Belluzzo afirma que apitos implicam com Felipão

Depois de o próprio Felipão se dizer perseguido pelos árbitros em sua volta ao Brasil para comandar o Palmeiras, após o jogo contra o Guarani no último domingo, agora foi a vez de o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo falar sobre o assunto, e comungando das mesmas idéias do seu treinador. O dirigente se pronunciou durante a festa de aniversário do clube, nesta segunda-feira, dia 23 de agosto.
"Que os árbitros implicam com o Felipão, de fato implicam. Ele fica muito ativo na beira do campo, falando com os jogadores. Acho que está havendo uma implicância dos árbitros com ele, que precisa ser controlada. Vejo que ele fala com os atletas e o árbitro vai lá pedir que ele não fale. O Felipão tem o jeito dele de comandar e tem o direito de falar, tudo dentro das regras", disse Belluzzo segundo o site Lancenet, afirmando ainda que os árbitro acabam querendo competir com o técnico alviverde.
"O Felipão é um técnico internacional, de muita importância e os árbitros competem um pouco com ele, o que não é correto. Eles deveriam ser mais discretos nos jogos. Acho que ele tem razão nesse aspecto".
Além dos árbitros, outro alvo de Felipão foi a CBF, já que o treinador disse que tal perseguição poderia ser consequência do fato de o Palmeiras não ter votado no candidato da entidade na eleição do Clube dos 13 neste ano. Neste ponto, Belluzzo diz não ter a mesma opinião do técnico.
"Não acredito que as pessoas responsáveis pelo futebol queiram fazer uma retaliação em relação a uma decisão que tomei como um cidadão livre que escolhe entre dois candidatos. Tenho esse direito e não acredito que farão uma retaliação dessas. Não creio que essa perseguição seja fruto do meu voto", completou.
Fonte: Justiça Desportiva

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Luxemburgo dispara contra a arbitragem


Depois do árbitro Heber Roberto Lopes, agora foi a vez de Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, ser alvo da ira do técnico Vanderlei Luxemburgo, comandante do Atlético/MG. O motivo da revolta foi um pênalti marcado a favor do Santos na vitória do Peixe por 2 a 0 no último domingo, dia 22 de agosto, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, além de outras marcações da arbitragem. Para o treinador, há algo pessoal contra ele por parte de Sérgio Corrêa.
“E a interpretação do gol eu vou me portar, eu tenho que falar o negócio do Sérgio Corrêa, o torcedor do Atlético tem que ficar preocupado com isso. O Sérgio Corrêa talvez não goste muito de mim, não sei se alguma coisa tende: ‘Olha, na dúvida é contra, não é nem contra o Atlético, é contra o Luxemburgo’, porque vamos reportar ao jogo do Botafogo. O (Leonardo) Gaciba, o jogador do Botafogo bota a mão na bola, ou bate a bola na mão dele, ele dá o gol, pois ele interpretou daquela forma. O Werley estava com a mão próxima do corpo. Na hora, não precisava nem de juiz, e ele está tão coberto quanto eu, o Heber (Roberto Lopes) e ele dá o pênalti com o jogador com a mão próxima ao corpo. E aí, num jogo duro, difícil, contra um adversário que tem muitos jogadores de qualidade, o árbitro tem uma interpretação dessas e você sai atrás. Depois, fica mais complicado”, disse Luxa, em entrevista à Rádio CBN.
Esta também não foi a primeira vez que Luxemburgo citou Sérgio Corrêa em suas críticas à arbitragem. O mesmo aconteceu após a partida contra o Avaí, no dia 24 de julho, quando o time mineiro teve dois jogadores expulsos pelo árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden.
Ainda sobre o último jogo, Luxemburgo afirmou que Heber pecou também na falta de critérios, prejudicando o Atlético/MG que, na opinião do treinador, apresentava um bom futebol na Vila Belmiro.
“O Aranha fez uma defesa boa no primeiro tempo e nós tivemos o controle do jogo. Tivemos a bola para matar no primeiro tempo, sair na frente e não fizemos. Fomos para o segundo tempo e aí eu acho que o juiz (árbitro) decidiu o jogo. Ele conseguiu amarelar o (Rafael) Jataí e o Serginho. Com 20 minutos de jogo eu tinha o Jataí e o Serginho amarelados. Quer dizer, para pegar um jogador como o Ganso e como o Neymar amarelado é duro. Aí você vai ver o Serginho na primeira falta do jogo ou na segunda ele tomou o cartão amarelo. O Pará tinha feito uma falta igualzinha aqui no Neto Berola e não aconteceu nada. É duro você sair de campo com uma derrota, de novo, onde você teve uma atuação muito boa, contra o adversário jogando na casa dele, e que tem interferência da arbitragem no resultado. É complicado”.
Fonte: Justiça Desportiva

Rodada do Brasileirão teve quatro expulsões


15ª rodada do Campeonato Brasileiro terminou com quatro cartões vermelhos e 48 amarelos. Os jogadores Roberto Silva, do Grêmio Prudente, Marcos Assunção, do Palmeiras, Thiago Ribeiro, do Cruzeiro, e Anderson Martins, do Vitória, serão alvos de denúncia da Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).


No sábado, na vitória do Prudente sobre o Goiás, um lance relembrou o duelo entre Uruguai e Gana pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2010. Para evitar um gol do adversário, Roberto Silva repetiu a atitude do uruguaio Luis Suárez e pôs a mão na bola, sendo expulso. A intervenção deu certo. O goleiro Giovanni defendeu a cobrança de Romerito.
Situação complicada mesmo quem viverá é o palmeirense Marcos Assunção, expulso pela terceira vez na atual edição do Campeonato Brasileiro. O volante levou dois cartões amarelos no empate sem gols com o Guarani e, consequentemente, foi expulso.
No triunfo do Vitória sobre o Cruzeiro em Minas Gerais, cada time terminou a partida com dez jogadores em campo. Do lado cruzeirense, o atacante Thiago Ribeiro reclamou do árbitro e foi expulso. Já nos minutos finais, zagueiro Anderson Martins também levou o cartão vermelho por agredir Wellington Paulista.
Na classificação do Campeonato Brasileiro pouca coisa mudou. O Fluminense segue como líder, agora com apenas dois pontos de vantagem sobre o Corinthians. Na zona de rebaixamentos, os clubes de Goiás seguem sem poder de reação e estão acompanhados de Grêmio e Atlético/MG.
Raphael Petersen - Justiça Desportiva

PM usa Pacaembu em simulação de modelo segurança para Copa de 2014

PM usa Pacaembu em simulação de modelo segurança para Copa de 2014
Do UOL Esporte
Em São Paulo

A Polícia Militar anunciou, nesta segunda-feira, que o Pacaembu será o palco escolhido para a primeira simulação de segurança de olho na Copa do Mundo de 2014. O evento, que acontecerá na próxima terça-feira, testará ferramentas tecnológicas de combate ao crime que devem ser usadas na competição.
A simulação é decorrente do curso de “Policiamento em eventos” que está sendo ministrado na capital paulista. As aulas contam com integrantes das polícias militares de vários Estados e até de outros países.
As grandes novidades são o monitoramento dos torcedores por vídeo com utilização da aeronave e o teste de biometria facial. A simulação faz parte da agenda oficial preparatória para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, a reunião contará com oficiais da Polícia de Choque, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), do Canil, do Comando e Operações Especiais, dos Bombeiros e do Grupamento Aéreo da PM.

domingo, 22 de agosto de 2010

Arbitragem de alto nível



A arbitragem de Carlos Eugênio Simon no Atlético/PR 1 X 0 Flamengo, na Arena, nos aspectos técnicos foi: perfeita no posicionamento com a bola em jogo, perfeita na aplicação correta e coerente das Regras do Jogo, perfeita na utlização adequada e nas sinalizações, perfeita no uso do apito, perfeita na agilização do jogo em todas as interrupções, perfeita na interpretação da lei da vantagem quando ela aconteceu, perfeita em todas as interpretações e marcações de impedimento quando alertado pelos assistentes, perfeita na integração com os auxiliares e o quarto árbitro.
Nos aspectos disciplinares e físicos manteve a autoridade sem ser autoritário ao longo de toda a partida, praticou a arbitragem preventiva - (através de olhares, sinais, fala, do apito e quando necessário do cartão amarelo), demonstrou ótimo controle emocional, aplicou corretamente as advertências e com extrema postura, mostrou ótima presença física nas jogadas, esteve presente em todos os lances o que evidencia sua ótima resistência e quando exigido desenvolveu velocidade de acordo com a jogada. O pênalti aos 16' da segunda fase que teria acontecido em Maicon Leite não aconteceu. Explico: O atacante do rubro-negro da Baixada se projeta dentro da área penal antes de ser tocado pelo defensor do Flamengo. Isto não é pênalti. Os assistentes Altemir Hausmann e Paulo Ricardo Conceição foram perfeitos no posicionamento e trabalho em equipe, sendo que Paulo Ricardo teve um maior volume de sinalizações de lances de impedimento na segunda fase, porém, além do excelente posicionamento demonstrou discernimento extraordinário na constatação e julgamento da Regra XI.
Valdir Bicudo - bicudoapito@hotmail.com

Jabulani de cor branca - Bola oficial das competições profissionais da Liga 2010-2011



A Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a Adidas informam que os jogos oficiais das Ligas Profissionais – Liga Zon Sagres, Liga Orangina e Taça da Liga - da temporada 2010-2011 serão jogados com a bola Jabulani de cor branca.
A bola Jabulani de cor laranja poderá manter-se em utilização nas demais atividades regulares dos clubes da Liga Zon Sagres, uma vez que tecnicamente é igual a bola Jabulani utilizada no Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul.
As bolas Jabulani brancas foram entregues a todos os clubes a partir do dia 5 de Agosto, e serão utilizadas desde a primeira jornada das competições profissionais.
Fonte: LPFP

sábado, 21 de agosto de 2010

Paulo Costa critica o silêncio excessivo de Vítor Pereira na defesa dos seus árbitros


No adeus à arbitragem, Paulo Costa faz uma análise preocupante do setor de arbitragem em Portugal. Critica o silêncio excessivo de Vítor Pereira presidente da comissão na defesa dos seus árbitros e o fato de não ter sido ouvido no processo da profissionalização


O campeonato começou agora e já se ouvem críticas às arbitragens. Os árbitros portugueses estão preparados para uma Liga cada vez mais exigente? Tenho certeza que temos um quadrp apreciável de bons árbitros, assim como eles têm condições de render mais e melhor, caso as suas condições de trabalho se aproximem mais daquelas que têm os jogadores que eles arbitram. Situações como a que aconteceram na época passada em que os árbitros do Porto, durante vários meses, treinaram no parque da cidade, cada um por si, são um exemplo do amadorismo que ainda vai imperando e que é inadmissível no futebol profissional.

Que avaliação faz do estado geral da arbitragem em Portugal? Avaliando todo, o cenário é sombrio. Há uma falta de reformas que é gritante, tal a necessidade e o atraso que levam. Não se pode admitir, que todos os fins-de-semana haja dezenas de jogos sem árbitros. Não se compreende que os árbitros que sobem à 1.ª divisão sejam alvo de chacota pela sua seleção e que por isso ridicularizem o sistema de avaliação, que realmente está caduco. Também não se compreende esta continuada indecisão na profissionalização dos árbitros.

Posso depreender que então está tudo mal neste setor? Não, como já disse os árbitros têm qualidade e há setores que denotam organização. Mas tem de existir competência e independência para uma política reformista.

Isso significa que atualmente não há competência nem independência? É importante, acima de tudo, declarar aqui um registo de interesses. Eu tenho uma relação amistosa com alguns dirigentes da arbitragem, embora isso, não me retire a independência crítica, mas condiciona a abordagem pública de alguns conteúdos. E quando abordo a competência, peço mais competência para o setor e quando abordo independência, refiro-me sobretudo à intelectual.

O que falha mais: os árbitros, as pessoas que os lideram ou a falta de projetos? Os árbitros não falham com certeza, a não ser no exercício normal da sua difícil tarefa. Também não é importante apontar o dedo aos culpados, antes de definir rumos. Sobre os projetos, sublinho a importância da sua existência, mas o sucesso reside na sua implementação e acompanhamento.

Uma das conclusões que conseguiu tirar do 'Apito Dourado' é a necessidade de alterar o sistema de avaliação. Considera que este sistema está caduco? Necessita de ser urgentemente alterado. Não se compreende, que após o "Apito Dourado" nada tenha sido feito regulamentarmente para alterar o que está errado. Curiosamente, o Tribunal de Lisboa, com a sua sentença, veio dar razão aos arguidos que não acreditaram cegamente nas notas dos observadores, compreendendo a óbvia razão subjacente à defesa. É portanto urge regulamentar devidamente esta matéria, e os dirigentes terem assumidamente voz ativa nas classificações e promoções.

Os árbitros têm a devida proteção de quem os lidera e do organismo onde estão integrados? Não, é insuficiente. Muitas vezes é preciso dizer presente e solicitar respeito. Os árbitros tal como as equipes de futebol apreciam e necessitam de ouvir a voz de um líder a defender o seu espaço, muitas vezes injustamente atacado só para esconder insuficiências de quem ataca. Esta pode ser feita de uma forma soft, mas eficaz, sem criar ruído nefasto ao futebol.

Está a dizer que Vítor Pereira não está, como deveria, ao lado dos árbitros? Ao longo da sua presidência, o seu silêncio foi excessivo, contrariamente, por exemplo, ao Luís Guilherme, que sempre fez a defesa do grupo.

Vítor Pereira tem capacidade para desempenhar o cargo? Tecnicamente tem.

Só tecnicamente? É o seu ponto forte.

O atual projeto de semiprofissionalização é o ideal para a evolução que se deseja para arbitragem? O projeto apresentado na temporada passada foi um passo na melhoria da preparação dos árbitros. Contudo, só será profícuo se as partes se sentirem bem. E as partes são os árbitros e a Liga. É importante que não sejam os árbitros a pagar o custo do profissionalismo.

Perante a realidade do nosso futebol, das condições da Liga, este projeto para a arbitragem surge no momento certo? Surge com atraso de alguns anos, até porque mais de 12 Ligas da Europa já estão em velocidade de cruzeiro neste tipo de preparação. E não pode a arbitragem continuar sendo o setor amador do futebol.

Mas este projeto de Vítor Pereira tem recebido algumas críticas. Considera que tem viabilidade ou está condenado ao fracasso? Não discutindo modelos ou vontades, a profissionalização em si, é um processo perfeitamente irreversível. E só quem sabe quantos árbitros há desempregados ou com empregos precários ou mesmo à porta do desemprego percebe a problemática existente e a sensibilidade do assunto.

Para si qual é o modelo ideal? Ninguém pode ditar ou impor de forma unilateral um modelo de profissionalização, a importância da questão é tão grande que exige uma conversa franca e aberta com os árbitros, para perceber em pormenor a realidade do grupo. E só a partir daí se pode passar à fase seguinte. Profissionalizar é mexer com a vida dos árbitros e das suas famílias. É possivelmente o assunto mais melindroso da implementação da profissionalização. E quem não entender isto, é porque nunca teve responsabilidade na gestão de recursos humanos.

Árbitros tiveram voz no projeto? Infelizmente não. Aliás, a insatisfação reinante no seio dos árbitros deriva das elevadas expectativas que lhes foram criadas.

Pelo que conhece dos árbitros, a maioria tem disponibilidade para conciliar a vida profissional com a arbitragem? Não é fácil a totalidade dos árbitros conciliar as duas situações. Qual é o patrão que tem possibilidade para dispensar um funcionário duas tardes por semana? Há pelo menos dois árbitros que conseguiram uma redução horária que lhes permite ter mais tempo para a arbitragem. Os que trabalham por conta própria podem gerir melhor o seu tempo, os restantes só se ficarem no desemprego.

Há condições financeiras na Liga que garantam aos árbitros a adesão à semiprofissionalização? Pelo que é público, os árbitros recebem menos de 40 % do valor do patrocínio da "Era", portanto a Liga conseguiu mais um canal de financiamento através da arbitragem. Certo é que a vontade economica das partes ainda não se encontrou.

Acha que Vítor Pereira não se recandidataria se não tivesse recebido as garantias para implementar o seu projeto? É voz corrente que o presidente da Liga lhe deu todas as garantias necessárias.

Estrangeiros dirigirem jogos da Liga seria solução para acabar com as polêmicas? Não faz sentido. Quando as pessoas dizem isso fazem-no em desespero de causa para esconder algumas insuficiências do seu clube.

Mas o próprio presidente da Comissão de Arbitragem disse isso na época passada... Isso tem duas leituras, primeiro ele é o presidente de uma Comissão de Arbitragem e da Associação das Ligas europeias, fica-lhe bem dizer isso. Depois, porque sabendo das solicitações que os juízes portugueses têm para apitar outras ligas é politicamente correto dizer que há abertura. Mas isso só em tese, na prática não faz sentido.

Fonte: DN Desporto

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Simon vem aí



Considerado um dos melhores árbitros do futebol mundial, o árbitro Carlos Eugenio Simon (Fifa-RS), foi designado pela Comissão Nacional de Arbitragem da CBF para apitar domingo, às 16h, na Arena da baixada, Atlético/PR x Flamengo/RJ. Não tenho nenhuma dúvida de que a indicação do nominado árbitro que teve uma excelente performance na Copa do Mundo da África do Sul, é uma garantia para o espetáculo que vai cobrir a Arena de vermelho e preto. Simon, será auxiliado pelo assistente Altemir Hausmann (Fifa-RS) que foi seu parceiro no Continente Africano e pelo também gaúcho Paulo Ricardo Silva Conceição.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Perdas dolorosas

No próximo dia 31 de dezembro do ano em curso, termina o mandato da atual diretoria da Associação Profissional dos Árbitros de futebol do Estado do Paraná, a única do Brasil, presidida por Afonso Vitor de Oliveira. É bom lembrar que o mandato da atual diretoria foi prorrogado até dezembro deste ano em Assembléia Geral no ano passado. Diante deste fato, há indícios de um movimento nos bastidores da confraria do apito paranaense, para o lançamento de alguns nomes para concorrer a presidência da entidade, com gente nova, com uma visão diferenciada do status quo que hoje comanda os destinos da arbitragem paranaense.
Digo gente nova, porque alguns nomes que hoje estão à frente do comando da Associação dos Árbitros do Paraná, são oriundos da gestão de Nelson Orlando Lehmkhul, que presidiu a entidade de 1986 até 2003, cujo desfecho foi profundamente lamentável. Feito este preâmbulo, lembro aos árbitros de futebol e associados da (APAF) do significado da próxima eleição da associação, porque a partir de 2004, os homens de preto do Paraná sofreram uma sequencia de perdas conquistadas como nunca se viu nos anais da arbitragem paranaense, e nada, absolutamente nada foi feito para a reconquista das perdas que vou nominar abaixo. Se houver alguma dúvida dos novos árbitros sobre as perdas consultem por exemplo, os ex-árbitros Airton Nardelli, Ivo Tadeu Scátola, Luis Carlos Pinto de Abreu, Valdir Festugatto e outros....

A primeira perda, foi a subtração de 1% sobre a renda dos jogos do campeonato paranaense, a que o quarteto de arbitragem tinha direito, conquista esta obtida em 1988. A segunda, foi a subtração de viajar de ônibus leito. E se há dúvida nesta quesito façam um cálculo da ajuda de custo e todos verão a dimensão da perda. A terceira foi a mudança de mala e cuia da Associação dos Árbitros da sua sede própria no Edifício Asa em Curitiba para as dependências do Pinheirão, que está interditado há mais de três anos e tirou o último resquício de independência da classe em relação a Federação Paranaense de Futebol. Se quiser se reunir a categoria tem que pedir “penico” à FPF ou então locar um local. E, a última perda dos apitos do Paraná, foi a taxa de inscrição que desde 1988 pertenceu à Associação dos Árbitros, mas a partir de 2009, parte foi destinada à FPF conforme anunciado no final do ano aos associados e devidamente confirmado pelo tesoureiro Wagner Vicentin, e este ano, a Federação Paranaense de Futebol exigiu que os árbitros pagassem aquela taxa à entidade no valor de (R$ 175.00) - o que transformou a associação num peleguismo nunca antes visto. Além do exposto, os árbitros de futebol do Paraná descontam 5% da taxa de arbitragem em favor da associação nos jogos do campeonato estadual e foram “convidados” a pagar (R$ 20.00 X 12) à associação. Feito os reparos referidos abre-se aos árbitros a oportunidade de escolher o melhor caminho para o futuro. Ou se elege uma diretoria que pense e proceda diferente do que a que aí está, ou então a maioria esmagadora dos apitos paranaenses continuará a ocupar a última classe do último vagão da locomotiva. É você que escolhe. A hora está chegando!

Valdir Bicudo-apitodobicudo.blogspot.com

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ENTREVISTA

Paulo Bracks

Auditor defende o STJD de acusações e reafirma o poder da Justiça Desportiva





DIEGO MARRUL



No Brasil, a paixão pelo futebol é despertada muito cedo nos meninos, e, cada vez mais, em meninas também. Poucos transformam em realidade o sonho infantil de se tornar um jogador profissional, mas muitos usam o amor ao esporte para abraçar carreiras ligadas à modalidade. O auditor Paulo Bracks, integrante da Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), é um exemplo. Apaixonado por futebol, o jurista, que, aos 10 anos, já decorava escalações das mais diversas equipes, utiliza o conhecimento do assunto e uma memória invejável em prol da coerência dos julgamentos de que participa.
Em entrevista ao site Justicadesportiva.com.br, o auditor fala sobre questões importantes da legislação desportiva brasileira, como as mudanças no Estatuto do Torcedor e no CBJD. Para ele, os tribunais têm contribuído de maneira efetiva para disciplinar o futebol no país.


JD - Em linhas gerais, como o senhor avaliou as mudanças feitas no estatuto do torcedor?
Paulo Bracks – “Positivas, em tese. Temos de esperar a eficácia prática. A previsão de alguns crimes atende aos anseios de parte da sociedade. A penalização ao sempre presente cambista era uma reivindicação antiga dos torcedores. Há, ainda, a previsão de sanção penal para o criminoso travestido de torcedor que incita violência nos estádios ou promove tumultos. Até mesmo a invasão ao campo de jogo agora é crime. Mas, para tornar-se efetivo, como toda norma penal, o novo Estatuto vai precisar da indispensável cooperação da Polícia – prevenção e repressão –, do Judiciário – sanção adequada e justa –, e, principalmente, da ajuda do próprio e verdadeiro torcedor”.
JD – E quanto ao novo CBJD, quais são os pontos fortes e fracos, no seu modo de ver?
Paulo Bracks – “Pontos fortes: previsão de multas vultosas para infrações cometidas por dirigentes, em detrimento das ineficazes suspensões por dias; previsão de suspensão em partidas para técnicos, equiparando algumas condutas deles com as dos atletas; adequação da norma internacional de dopagem à nossa legislação; previsão expressa do uso da prova de vídeo para escudar denúncias em infrações graves. Pontos fracos: exemplificar algumas infrações disciplinares, tal como vemos nos artigos 250, 254 e 258. É como se o legislador penal tivesse de colocar, no crime de homicídio, algumas hipóteses caracterizadoras do ‘matar alguém’, como crivar de bala um corpo, desferir uma facada em região letal ou degolar alguém, dentre várias outras; a transação disciplinar. Não só está engatinhando, como proporciona situações peculiares, em razão da competência. Afinal, foge da celeridade que se busca na Justiça Desportiva a burocrática necessidade de subida dos autos da comissão disciplinar - quando o processo está pronto para julgamento - ao pleno, para, somente após nova pauta, em dia diverso, ocorrer a devida homologação”.
JD – Durante as sessões, o senhor apresenta uma memória incrível, lembrando de julgamentos realizados anos atrás, além de lances os mais diversos. Isso é importante para que seja mantida uma coerência nas decisões?
Paulo Bracks – “Sempre tive a esperança de que meu fanatismo pelo futebol trouxesse, um dia, retorno e aplicação prática. Minha devoção ao futebol veio cedo. Com 10 anos, criei o até então inútil hábito de decorar escalações das equipes, placares, transferências. Esta mania foi substituída, com o passar dos anos, pelo prazer em ler e estudar tudo que circunda o futebol. Desde a posse, além de manter ativa a ‘loucura’, tento sempre registrar na memória os processos e julgamentos dos quais participo. Pretendo continuar recorrendo a este meu arquivo enquanto ele quiser trabalhar! Isto, sem dúvida alguma, ajuda bastante nas decisões, pois a harmonia entre os julgados, penso eu, traz segurança às partes e advogados. Uma decisão coerente com a anterior contribui para a justiça, mas não podemos deixar de rever posicionamentos e interpretações. É assim que o direito cresce”.
JD – Um auditor do STJD deve ser um profundo conhecedor de futebol e seus atletas?
Paulo Bracks – “Dever? Não. Mas tem que gostar muito do esporte e do que faz. Temos a obrigação de conhecer as 17 regras do futebol, e, principalmente, interpretar situações de uma partida para adequá-las ou não como infrações ao CBJD, nossa ferramenta legal de trabalho. Conhecer os atletas também não é um pré-requisito para um auditor, pois ele deve sempre julgar a conduta, a ação ou omissão daquele jogador, jamais a pessoa ou o seu passado no esporte”.
JD – Os torcedores ainda têm uma grande resistência com relação ao tribunal. A que o senhor atribui isso?
Paulo Bracks – “Primeiro, à cega e ilimitada paixão pelos seus clubes. A emoção extrema, inerente ao futebol, permite a um torcedor distorcer lances, faltas, gols, interpretar erros de forma diferente. Com uma visão parcial, o STJD passa de um órgão judicante aplicador das normas de maneira impessoal para um tribunal que sempre beneficia um clube rival em detrimento do clube do coração. Enquanto a razão não tiver influência na análise emotiva, assim será a interpretação do torcedor. Segundo, à falta de informação sobre competência, estrutura, organização, funcionamento do tribunal e julgamento dos processos. Essa carência tem basicamente duas fontes: parte da imprensa que não informa corretamente, ensejando, assim, interpretações escudadas no ‘achismo’ e desrespeito aos profissionais que militam na Justiça Desportiva, e a própria falta de interesse do torcedor em buscar essa informação com quem, de fato, o faz corretamente. Na falta de conhecimento, surgem os ‘achocratas’ de plantão. O STJD não favorece ‘A ou ‘B’. Não há bairrismo. Não há interesses escusos. Não há favorecimentos. Basta ‘perder’ um pouco do tempo conhecendo o tribunal para ganhar essas informações”.
JD – O senhor acha que a Justiça Desportiva tem, efetivamente, contribuído para disciplinar o futebol brasileiro?
Paulo Bracks – “Sim. Os atletas já conhecem os tribunais e têm ciência de que toda e qualquer infração disciplinar por eles praticada terá a devida atenção da Justiça Desportiva. Atualmente, jogador não fica impune se agride o seu adversário, mesmo sem a visão e sanção do árbitro. Conhecer a norma é respeitá-la, e isto somente alcançamos com o passar do tempo. Os próprios jogadores pedem a intervenção do tribunal quando há algum fato dentro de campo que lhes causa algum tipo de indignação, pois sabem que a função da Justiça Desportiva não é ser somente um órgão aplicador de pena, mas, sim, ajudar o esporte a ser cada vez mais profissional, correto e disciplinado”.
Fonte: Justiça Desportiva

-Ibope: Brasileiros querem a extinção das organizadas


Esse é o desejo de mais de cem milhões de pessoas
Final da Copa São Paulo de Futebol Júnior entre Palmeiras e São Paulo terminou em pancadaria em 1995 (Foto: Arquivo LANCE!)

LANCEPRESS!
Para muitos torcedores, em geral os mais jovens, elas são uma febre. Têm suas próprias camisas, cantos e gritos de guerra, organizam eventos paralelos, pressionam as diretorias, técnicos e jogadores, e, em alguns casos, têm mais filiados que o próprio clube: são as torcidas organizadas. Mas, para a maioria dos torcedores, elas são mesmo uma doença, porque sua fama extrapolou a paixão pelo time, e festa nas arquibancadas, e se estendeu a brigas e a violência em dias de jogos, tanto dos estádios, quanto nos arredores.
Por isso, a maioria dos brasileiros é a favor da extinção dessas torcidas.
Segundo a 4ª Pesquisa LANCE!-Ibope, 60% são contra a existência desse tipo de torcida, enquanto apenas 30% defendem sua permanência.
Dez por cento dos entrevistados não têm opinião formada sobre o assunto ou não quiseram responder.
Os homens mais são mais favoráveis às torcidas do que mulheres. Entre os homens, a decisão é mais acirrada: 58% são a favor da extinção e 35% são contra. Entre as mulheres, aumenta a diferença entre a opção pelo fim das organizadas e sua permanência: 62% acham que deveriam ser extintas, enquanto apenas 26% defendem sua permanência.
RAIO X DA POLÊMICA
Na faixa que vai dos 10 aos 15 anos de idade, 44% defendem a existência das facções, quase empatando com o outro lado. Já os mais velhos tem visão oposta. Dos que tem mais de 50 anos, 68% apóiam a extinção dos grupos organizados.
Entre as classes sociais, há pouca variação nas respostas e a opção pela extinção se mantém. A Pesquisa indicou, contudo, que nas classes D e E aumenta a indecisão ou a indiferença com relação à questão: 14%.
As torcidas organizadas deveriam ser extintas?
60% Sim
30% Não
10% Indiferente

Fonte: blog Além do Jogo, o blog do Marcelo Damato

Árbitros são influenciados

Pesquisa revela que árbitros se deixam influenciar emocionalmente pela atmosfera do estádio
VALDIR BICUDO

Observando o desenvolvimento da arbitragem na última Copa do Mundo e o retorno do Campeonato Brasileiro, lembrei-me da pesquisa realizada por Thomaz Dohmen, do Instituto para o Estudo do Trabalho de Bonn (Alemanha), divulgado há pouco tempo, que aponta que os árbitros da Bundesliga, no centro das atenções após o escândalo de 2006, que gerou punições severas a várias pessoas na Alemanha, são influenciados pelo público e favorecem as equipes da casa.
A pesquisa efetivada por Dohmen foi realizada em 3.519 partidas de futebol durante as últimas 12 temporadas da Bundesliga. O resultado apontou que, em sintonia com as preferências do público, os árbitros prolongam as partidas emocionantes e favorecem a equipe local, dando mais tempo de acréscimo quando o anfitrião perde por um gol, especialmente quando as arquibancadas estão lotadas.
A pesquisa afirma também, que os árbitros prolongam um jogo empatado quando a equipe local está mais próxima de marcar e favorecem as equipes da casa na marcação de pênaltis e lances duvidosos. O objetivo principal do estudo foi examinar como a pressão social afeta as preferências ou ações. O estudo de Dohmen sugere que a atitude do árbitro depende da proximidade das arquibancadas com o campo e que ele pode ser influenciado pela presença de uma pista de atletismo que separa os torcedores do campo, como nos estádios olímpicos de Munique e Berlin. Uma conclusão destacável no estudo é que são assinalados mais pênaltis nos estádios sem pista de atletismo.
Outra constatação: quando um pênalti foi marcado, a decisão se aproximava do mais correto quando a partida era realizada em estádios com pista de atletismo, em que arquibancadas estavam separadas do terreno do jogo. 65% das penalidades máximas assinaladas em favor das equipes locais estavam justificadas em comparação com 72% marcados para os visitantes, afirma o estudo. A pesquisa destaca ainda que não se pode afirmar que os árbitros agem de forma intencionada, mas a explicação provável para o comportamento dentro de campo é que eles se deixam influenciar emocionalmente pela atmosfera do estádio. Que tal então medir a influência da torcida sobre a arbitragem no transcorrer de uma partida na Arena da Baixada, por exemplo?
Refiro-me em primeira pessoa, porque me considero um expert no assunto arbitragem. Como todo homem, de regra, tem tendência para marcar ou fixar um preço pela sua idoneidade, na forma inversa isso acontece com o árbitro em jogos de futebol, como frisei supra, em que a sua presença nas proximidades da torcida admite num minuto a invasão de campo e talvez até o próprio linchamento. Cada árbitro tem o seu temperamento, sua consciência e, principalmente, é possuidor de um dos requisitos do qual ninguém escapa: o medo! Já se vê neste comentário que comungo os mesmos entendimentos do pesquisador acima mencionado, pois já fui árbitro e passei momentos difíceis na minha consciência em jogos de futebol no qual a torcida esteve lado a lado do árbitro e atletas sem qualquer separação conveniente entre o gramado e a arquibancada. Nunca tive um sentido de ampliar o tempo de jogo ou ainda facilitar as marcações de penalidades máximas embora no Brasil se saiba (relembre a queda do Coritiba), que o torcedor seja violento. Pensei que isso não acontecia na Europa. Mas lá o fenômeno é o mesmo.
Fonte: Justiça Desportiva

terça-feira, 17 de agosto de 2010

TST ainda não "descobriu" o que é o árbitro


O árbitro de alguma forma está subordinado, só não se sabendo ao certo quem seja o seu empregador: Os clubes, as federações ou a própria CBF
A atividade, pela própria natureza do serviço, é eminentemente autônoma e não gera vínculo de emprego. Esse foi o teor do voto do ministro Vieira de Mello Filho, aprovado recentemente pela 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O voto do ministro deu provimento a recurso da Federação Paulista de Futebol e reformou decisão que reconhecia vínculo de um árbitro de futebol com a entidade.
A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região (SP) que reconheceu o vínculo de emprego entre as partes desde 8 de agosto de 1982, o que foi objeto de questionamento pela Federação Paulista de Futebol, mediante recurso ao (TST). Destacando que não ficaram configurados nos autos os elementos que caracterizam o vínculo de emprego, alegou violação de dispositivos constitucionais, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e contrariedade a outras decisões da Justiça Trabalhista em questão sobre o tema.
Essa fundamentação - a existência de entendimento divergente, oriundo do TRT de Campinas (SP) - levou o ministro Vieira de Mello Filho a admitir o recurso. No mérito, o relator iniciou seu relatório citando a lição do ministro Mauricio
Godinho Delgado, no livro Curso de Direito do Trabalho, que sintetiza: "Empregado é toda pessoa natural que contrate, tácita ou expressamente, a prestação de seus serviços a um tomador, a este efetuados com pessoalidade, onerosidade, na eventualidade e subordinação". Em seguida, Vieira de Mello destacou que "a atividade do árbitro de futebol, pela natureza do serviço, adquire cunho eminentemente autônomo, por não exercer a federação qualquer direção, controle ou aplicação de penas disciplinares na execução do trabalho. O árbitro, no campo de futebol, é autoridade máxima no comando da partida, não recebendo ordens superiores da entidade esportiva, apenas devendo observar e fazer cumprir as Regras do Jogo, daí a conclusão pelo exercício da atividade com autonomia plena". Nesse contexto, concluiu o relator, "torna-se inviável a constatação dos elementos fáticos jurídicos caracterizadores da relação de emprego, sobretudo a subordinação jurídica, o que diferencia a figura do trabalhador autônomo do empregado". O ministro também fundamentou seu voto na lei 9615/88, que dispõe que os árbitros de futebol não tem qualquer vínculo de emprego com as entidades desportivas diretivas, e sua remuneração como autônomo as isenta de responsabilidades trabalhistas, secundárias ou previdenciárias.
PS: Diante do extrato do acordão reescrito supra, o mar continua revolto juridicamente para se saber, no íntimo da CLT se o árbitro de futebol é empregado ou apenas autônomo. O brilhante voto retro, na verdade não especulou todos os pontos relativos ao possível contorno de uma situação empregatícia. Nada tem ele, data vênia, de autônomo, porque de alguma forma está subordinado, só não se sabendo ao certo quem seja o seu empregador: Os clubes, as federações ou a própria CBF. Existem sindicatos de árbitros e associações, isso acontecendo é a reunião de uma categoria de empregados ou empregadores.
Ocorre de jogo para jogo a sua escalação, com a obrigatoriedade de comparecer ao local dos jogos, sob pena de ser punido pela Justiça Desportiva. Tem salários: está acontecendo, é porque de regra o árbitro de futebol tem neste exercício uma segunda fonte de renda, e se satisfaz com as situação diversa. Para comprovar que o árbitro é um empregado, devendo a jurisprudência decidir quem é o empregador, que caso lhe aconteça um desfortúnio físico no decurso da partida, quer pela ação dos atletas, cartolas ou torcedores, por certo que o seu advogado levará a Justiça para cobrar a indenização os clubes que interviram na jornada e fatalmente a federação que o escalou.
A culpa de tudo isso em não se definir, no âmbito trabalhista se existe ou não relação de emprego é dos próprios árbitros, que se satisfazem com o honorário que percebem e mais ainda tem descontos sobre os mesmos para as associações ou sindicatos e ainda pagam taxas de inscrição para as entidades. Como o direito trabalhista brasileiro sedia-se entre os melhores do mundo, é "teratológico", dizer-se que até hoje não se sabe quem é o patrão do árbitro, porque ele pode ser tudo, menos caracterizar-se como autônomo, data vênia, como entende o egrégio TST.
Fonte: www.apitonacional.com.br