sábado, 23 de dezembro de 2017

Apito do Bicudo em recesso

O APITO DO BICUDO tira alguns dias de férias. Retornamos nos primeiros dias do ano que vem ou se surgir algum fato de relevância no que tange a arbitragem.

Gratos pela leitura. Feliz Natal e um 2018 excelente para todos!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Top 10 da arbitragem no Campeonato Brasileiro


Para avaliar, melhorar e padronizar a arbitragem brasileira nos jogos do Brasileirão 2017, a Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol implementou nesta temporada um projeto pioneiro no mundo da bola: o RADAR – relatório de análise de desempenho da arbitragem. Durante toda a competição, o sistema analisou a atuação de todos os árbitros, assistentes e quartos árbitros de maneira mais científica e menos subjetiva. 

 
A opção por este método foi feita para atender à realidade da arbitragem, sem deixar escapar o fator campo, mas também relatando de maneira pontual cada lance marcado no decorrer da partida.

Os integrantes do quadro foram observados por analistas de campo e vídeo, treinados para a utilização da ferramenta em programa oferecido pela CBF e pela Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF) no início do ano. 

 
Dentro do sistema foram elencadas as possíveis ações da arbitragem no jogo como marcação de faltas, impedimentos e cartões. Além disso, questões de atitude perante aos jogadores e em relação ao contexto do confronto também são conceituadas.

Alinhando teoria à estatística de erros e acertos foi possível mensurar, através do RADAR, toda a parte técnica da arbitragem. A partir daí, as análises são comparadas pela Comissão de Arbitragem que, juntamente com a ENAF, realiza um terceiro relatório para chegar a nota final de cada árbitro ou assistente. Para o ranking dos dez primeiros ainda foram levados em consideração: números de jogos, média de escalas, partidas com interferência, número de vezes entre os três melhores do ranking da rodada.
Confira o ranking:
ÁRBITROS
1.Raphael Claus (foto)
2.Ricardo Marques Ribeiro
3.Wilton Pereira Sampaio
4.Anderson Daronco
5.Marcelo Aparecido de R. de Souza
6.Marcelo de Lima Henrique
7.Sandro Meira Ricci
8.Rafael Traci
9.Dewson Fernando Freitas da Silva
10. Pericles Bassols Pegado Cortez


ASSISTENTES
1.Guilherme Dias Camilo
2.Bruno Raphael Pires
3.Leone Carvalho Rocha
4.
Kleber Lucio Gil
5.Alex Ang Ribeiro
6.Rafael da Silva Alves
7.Marcelo Carvalho Van Gasse
8.Daniel Luis Marques
9.Bruno Boschilia
10. Anderson José de Moraes Coelho


QUARTOS ÁRBITROS
1.Marcio Soares Maciel
2.Alberto Poletto Masseira
3.Michael Stanislau
4.Carlos Henrique Alves de Lima Filho
5.Edson Antonio de Sousa
6.Fabio Rogerio Baesteiro
7.Rafael Trombeta
8.Ricardo Pavanelli Lanutto
9.Alex dos Santos
10. Vitor Carmona Metestaine


ASSISTENTES ADICIONAIS
1.Wanderson Alves de Sousa
2.Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
3.Fabio Filipus
4.Roger Goulart
5.Jonathan Benkenstein Pinheiro
6.Claudio Rocha Filho
7.Osimar Moreira da Silva Junior
8.Marcio Henrique de Gois
9.Daniel Nobre Bins
10. Evandro Tiago Bender


Fonte: CBF 
Nossa opinião sobre o TOP 10 da arbitragem no que concerne ao Campeonato Brasileiro de 2017 – Observando o Ranking em tela, lembrei-me da frase vociferada pelo ex-ministro da Fazenda de FHC, Rubens Ricupero, em 01/09/1994”: Disse Ricupero: Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde”. A frase aqui mencionada, derrubou-o do ministério da Fazenda no dia seguinte a entrevista, ao jornalista Carlos Monforte da Rede Globo.

A sequência interminável de erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL, diretrizes da CA/CBF e do (The IFAB), perpetrados pela arbitragem da (Senaf), no principal torneio da CBF, o Campeonato Brasileiro de Futebol nas Séries (A e B) nesta temporada, rodada após rodada e os prejuízos às equipes, foi um horror. 

A avalanche de erros, alguns crassos que, influíram decisivamente no resultados dos jogos, exibidos pelas TVs, desmonta todo e qualquer argumento da parafernália implementada pela CA/CBF, composta pelo “tal de Radar”, analistas de campo, analistas vídeo, delegado e o escambau. 

Aliás, se o presidente da CBF Marco Polo Del Nero, não estivesse escrachado nas páginas policiais dos principais meios de comunicação do planeta, não tenho nenhuma dúvida que haveria uma reformulação total no setor da arbitragem brasileira.

ad argumentandum tantum - A presença de Pericles Bassols Pegado Cortez no TOP da arbitragem, após não assinalar penal indiscutível contra o Bahia no confronto com o Coritiba, e o penal inexistente marcado em desfavor do Paraná Clube pela Série (B), expõe a certeza de que a gestão que comanda a arbitragem brasileira está carcomida e, por extensão, a ineficácia do Radar, do Analista de vídeo, analista de campo, delegado especial etc.....   

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SISTEMA QUE GERE A ARBITRAGEM BRASILEIRA ESTÁ “CARCOMIDO”



Pela primeira vez nos últimos anos o principal torneio da CBF, o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2017, não revelou um único árbitro (apito). E não cabe aqui o álibi que foi por falta de jogos. O Brasileirão propiciou (360) prelios na Série A, (360) na Série (B), mais de uma centena nas Séries (C e D) e um número estratosférico na Copa do Brasil.

Quais são as causas que conduziram a nossa arbitragem ao estado de degradação qualitativa e descrédito que ora vivenciamos? 1) A CA/CBF é composta há vários anos pelas mesmas pessoas, ou seja, lá grassa o continuísmo. 2) No apagar das luzes de 2016, foi nomeado presidente dessa comissão, Marcos Marinho, que não é árbitro de futebol, e não há conhecimento que tenha exercido essa atividade nem em futebol de pelada. 3) Com a entrada de Marinho esperava-se uma transformação total e irrestrita de nomes e ações na aludida comissão – as transformações se ocorreram, foram ineficazes. 4) No apagar das luzes de 2016, a CBF criou uma “nova” nomenclatura no que tange o seu quadro de arbitragem - foi criada a Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf).


5) Com a mudança, esperava-se a aplicação de uma profilaxia na nova listagem, acoplada de uma nova metodologia na indicação dos futuros componentes da (Senaf). Ledo engano! A meritocracia continuou sendo preterida em várias indicações, em detrimento da mediocridade.

    6) Em maio do ano em curso reuniram-se em Curitiba, a CA/CBF com a presença de Marcos Marinho, os dirigentes das comissões de arbitragens e diretores das escolas de formação de árbitros de todo o país - Objetivo: Viabilizar mecanismos para a unificação da formação e requalificação do árbitro brasileiro -, inclusa a solicitação de que a CBF auxiliasse financeiramente às escolas. Até este momento ninguém sabe se houve avanços sobre a indigitada reunião. 7) O cenário exibido pela CBF no que diz respeito a arbitragem, é similar em todas as federações de futebol, ou até pior. 8) Há casos nas federações em que, comissão de arbitragem, escola, associações e sindicatos de árbitros, “atuam unificados” em benefício dos seus dirigentes e das “curriolas” que lhes dão sutentação, enquanto a categoria dos homens de preto “patina” tal qual um carro no atoleiro.

Podia e tenho argumentos para continuar – mas vou parar por aqui. Após ler o que você leu, dá para acreditar numa nova arbitragem em 2018? Só se você acreditar no dia de SÃO NUNCA.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

ARBITRAGEM: PRÉ-TEMPORADAS OU EMBUSTE?


Após uma temporada onde a arbitragem brasileira errou, como nunca havia errado na interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL - e, desrespeitou de maneira incisiva as circulares e um calhamaço de papeluchos distribuídos pela CA/CBF, e ninguém sabe o que foi feito dos relatórios do Radar, árbitros de vídeos, dos analistas de campo, delegados e o escambau na principal competição da CBF, o Campeonato Brasileiro, vêm aí nas próximas semanas o embuste das pré-temporadas à arbitragem das federações de futebol.
   Cenas com esta de desrespeito as decisões da arbitragem no Brasileirão deste ano, deverão se repetir a exaustão nos campeonatos regionais em 2018.

As “pré-temporadas” das federações nos últimos anos tem consistido, em reunir um grupo minoritário do quadro de árbitros local, durante dois ou no máximo três dias. E não é em tempo integral. Eventos que dada a exiguidade do tempo, geralmente acabam-se tornando um convescote para colocar a amizade e as conversas em dia.

Aliás, fiquei sabendo que tem federação de futebol que não irá realizar a pré-temporada porque, o custo econômico é muito “caro” - e o retorno dos homens de preto no campeonato regional é insignificante.

Observem como é efetivada uma pré-temporada a partir da sua duração à confraria do apito pela FIFA, UEFA, CONMEBOL, CONCACAF e AFC. 1) No mínimo uma semana com instrutores internacionais de diferentes nacionalidades, que fazem uma revisão total das REGRAS DE FUTEBOL e das Circulares do (The IFAB). 2) Há exibição de vídeos com lances que acontecem nos prelios e, sobretudo, àqueles que ocorrem na chamada “zona negra” do campo de jogo, a “área penal”, onde “morrem” a maioria das arbitragens.

3) Posteriormente, sob a supervisão de médicos e professores de educação física de alto nível, árbitros, assistentes, quartos-árbitros e árbitros assistentes adicionais, são convocados à uma pista de extrema qualidade onde é testado o condicionamento físico de cada indivíduo - e é aplicado o "temível" teste físico da FIFA em conjunto com o teste Yo-Yo - a seguir. são traçadas diretrizes para o restante do ano neste importante pilar, aos homens que manejam os apitos e as bandeiras.

4) Após a teoria, a arbitragem é conduzida a um campo de jogo e lá, categorias de base se confrontam e desenvolvem sob os olhares de instrutores de excelência, as inúmeras situações que ocorrem e poderão acontecer no transcurso de um partida – incluso as funções dos árbitros assistentes adicionais, que, são objeto de informação ao árbitro central e teem suas funções definidas pelo (The IFAB). Isto é uma pré-temporada - o resto é como disse acima, não passa de um autêntico “EMBUSTE.”

ad argumentandum tantum – Quando da explosão do caso Edilson Pereira de Carvalho, um dos momentos mais difíceis vivenciados pela arbitragem brasileira, Edson Rezende de Oliveira, Nilson Monção e Sérgio Corrêa da Silva quando convocados ao comando do setor do apito da CBF, reergueram das cinzas a ética e, por extensão, a credibilidade dos apitos da CBF. A trempe em tela não me solicitou o aqui exposto. Entendi que seria justo nominá-los pelo feito. 

BIZARRICE - Diante do conteúdo deste articulado, nos campeonatos regionais com raríssimas exceções, os árbitros "fingirão" que estão cumprindo as regras. Já os atletas e a cartolagem "fingirão" que está tudo bem.  

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

ARBITRAGEM PROFISSIONAL É UMA “FALÁCIA”



O desempenho da confraria do apito que laborou no Campeonato Brasileiro da CBF, nesta temporada é considerado pelos diversos analistas de arbitragem entre os quais me incluo, como pífio. Buscando encontrar comparações em relação ao acontecido com os campeonatos pretéritos, não encontrei nada similar. Foi um “horror!”.

Quando imaginei que a desgraça que solapou os homens de preto neste 2017, tinha acabado, deparo-me com a notícia de que a Federação Paulista de Futebol, no Congresso Brasileiro de Direito Desportivo, realizado na semana que passou, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, debateu vários assuntos - entre eles a profissionalização do árbitro do futebol brasileiro.

Estranhei a discussão em tela no aludido evento, porque o Congresso Nacional em Brasília em 2013, rejeitou a regulamentação da atividade do árbitro de futebol. O que houve foi o reconhecimento da atividade como profissional. Ponto.

Rejeição que teve como principais mentores a CBF e as federações de futebol, que urdiram nos labirintos do poder legislativo federal, um fortíssimo “lobby” contrário a regulamentação da atividade daqueles que manejam os apitos e as bandeiras.

Sabe-se que à época a CBF e as federações apresentaram como álibis contrários a regulamentação, o fator previdenciário - cujas alíquotas incidem a partir de 27,5%, per capita - acrescida da trempe férias, décimo terceiro e fundo de garantia etc….

Rejeição que manteve o árbitro como prestador de serviços, o que não alterou em nada o desenvolvimento do seu labor. Ou seja, a decisão dos legisladores vedou qualquer vínculo empregatício entre a arbitragem, CBF e as federações de futebol.

Portanto, realizar seminários, discutir, propor algo sobre a profissionalização da arbitragem em nosso país, diante do nominado acima e da recente reforma trabalhista em vigor desde o último mês de novembro, e da reforma da previdência que virá na esteira da trabalhista mais cedo ou mais tarde, requer planejamento de excelência e um estudo pormenorizado de pessoas com qualificação de excelência sobre o tema.

PS: A ausência de feeling e do timing, impediu a arbitragem do país pentacampeão de futebol, de observar e montar no cavalo encilhado quando este passou, no que tange a regulamentação da sua atividade. Ou como dizem os gaúchos: “Cavalo encilhado não passa duas vezes.”

ad argumentandum tantum – Sobre Sérgio Corrêa da Silva e Nilson Monção, falarei na próxima coluna.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Árbitros e árbitras FIFA na temporada 2018

   Ricardo Marques Ribeiro ao centro, e os assistentes Kleber Lucio Gil a esquerda e Bruno Boschilia a direita -  foram mantidos no quadro da FIFA em 2018.

O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Marcos Marinho, anunciou, nesta quarta-feira (6), a lista completa dos brasileiros que farão parte da lista de árbitros e árbitras com a chancela da FIFA em 2018.
Em breve, a CBF divulgará a data da entrega das insígnias, que será realizada na sede da entidade, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Confira todos os 40 nomes que vão atuar no Futebol, Futsal e Beach Soccer.

ÁRBITROS
1) Sandro Meira Ricci, 43 anos
2) Wilton Pereira Sampaio, 35 anos
3) Raphael Claus, 38 anos
4) Anderson Daronco, 36 anos
5) Luiz Flavio Oliveira, 40 anos
6) Ricardo Marques Ribeiro, 38 anos
7) Dewson Fernando Freitas da Silva, 36 anos
8) Rodolpho Toski Marques, 30 anos
9) Wagner Nascimento Magalhães, 38 anos
10)Wagner Reway, 37 anos


ÁRBITRAS
11) Edina Alves Batista, 37 anos
12) Regildênia Holanda Moura, 43 anos
13) Deborah Cecilia Cruz Correia, 32 anos
14) Rejane Caetano da Silva, 32 anos


ÁRBITROS ASSISTENTES
15) Emerson Augusto de Carvalho, 45 anos
16) Marcelo Carvalho Van Gasse, 41 anos
17) Guilherme Dias Camilo, 35 anos
18) Alessandro Álvaro Rocha de Matos, 41 anos
19) Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa, 34 anos
20) Kléber Lúcio Gil, 40 anos
21) Bruno Boschilia, 34 anos
22) Bruno Raphael Pires, 32 anos
23) Fabrício Vilarinho da Silva, 37 anos
24) Danilo Ricardo Simon Manis, 36 anos


ÁRBITRAS ASSISTENTES
25) Neuza Inês Back, 33 anos
26) Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo, 31 anos
27) Marcia Bezerra Lopes Caetano, 43 anos
28) Daiane Caroline Muniz dos Santos, 29 anos


ÁRBITROS DE FUTSAL
29) Gean Coelho Telles, 42 anos
30) Flávio Marques, 39 anos
31) Henrique Angelo da Silva, 38 anos
32) Ricardo Amaral Messa, 34 anos


ÁRBITRAS DE FUTSAL
33) Giselle Torri, 37 anos
34) Katiucia Meneguzzi Santos, 39 anos
35) Anelize Meire Schulz, 32 anos
36) Aline Santos Nascimento, 28 anos


ÁRBITROS DE BEACH SOCCER
37) Ivo Alexandre Moraes Santos, 40 anos
38) Mayron Frederico Reis Novais, 40 anos
39) Renato Carlos, 45 anos
40) Lucas Estevão, 32 anos


Fonte: CBF

Opinião do Apito do Bicudo – A manutenção dos mesmos apitos e bandeiras ao quadro da FIFA para o ano que vem - é uma atitude coerente da CBF e sua Comissão de Arbitragem. Não houve neste ano nenhum árbitro e/ou assistente, que demonstrou ao longo desta temporada ser detentor dos requisitos básicos exigidos pela entidade que controla o futebol no planeta.

Até porque, os árbitros e assistentes que já pertenciam ao quadro internacional de arbitragem, mantiveram uma linha de conduta razoável e os que foram promovidos em 2017, ainda estão em fase de maturação.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Claus, Dias Camilo e Bruno Pires são premiados


Para avaliar, melhorar e padronizar a arbitragem brasileira nos jogos do Brasileirão 2017, a Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol implementou nesta temporada um projeto pioneiro no mundo da bola: o RADAR - relatório de análise de desempenho da arbitragem. O sistema avaliou durante toda a competição a atuação dos árbitros de maneira mais científica e menos subjetiva. Ao final, o árbitro Raphael Claus (SP/FIFA) e os assistentes Guilherme Dias Camilo (MG/FIFA) e Bruno Raphael Pires (GO/FIFA) tiveram os melhores desempenhos da competição.
                                             CA/CBF em reunião na sede da entidade

Feliz demais pelo momento. A gente sabe que o Campeonato Brasileiro é muito difícil são 38 rodadas de jogos muito disputados. Então, passar dois anos legitimando todos os resultados das partidas que pudemos trabalhar é muito importante e gratificante – disse Claus, premiado pelo segundo ano consecutivo como melhor árbitro do Brasileirão.

Cada profissional foi observado por analistas de campo e vídeo, treinados para a utilização da ferramenta em programa oferecido pela CBF e pela Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (ENAF) no início do ano. A opção por este método de análise foi feita para atender à realidade da arbitragem, sem deixar escapar o fator campo, mas também pontuando de maneira objetiva cada lance marcado no decorrer do jogo. A partir daí as análises de campo e vídeo são comparadas pela Comissão de Arbitragem que, juntamente com a ENAF, realiza um terceiro relatório para chegar a nota final de cada oficial.

Dentro do sistema foram elencadas as possíveis ações da arbitragem no jogo como marcação de faltas, impedimentos e cartões. Alinhando teoria à estatística de erros e acertos cada árbitro recebe uma nota. Além disso, questões de atitude perante aos jogadores e em relação ao contexto do confronto também são conceituadas. Através do RADAR é possível mensurar toda a parte técnica da arbitragem brasileira.

Os que ganharam foram os que tiveram melhor rendimento e desempenho nos itens que a gente observa numa boa arbitragem e são merecedores deste prêmio. É importante destacar que tudo foi feito em base de dados científicos e não subjetivos. E essa interface entre comissão, analistas e instrutores com os árbitros é muito importante para seguirmos na busca pela excelência da arbitragem brasileira, que é o nosso grande objetivo – pontuou Marcos Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Para a premiação final ainda foram levados em consideração: números de jogos, média de escalas, partidas com interferência, número de vezes entre os três melhores do ranking da rodada.
Fonte: CBF

Opinião do Apito do Bicudo - “Diante da avalanche de erros crassos perpetrados pela arbitragem - erros exibidos a exaustão pelas TVs em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro neste 2017, sobretudo, na Série (A) - das três situações a seguir, uma ou mais devem ter ocorrido: 1) O sistema do “tal radar” falhou. 2) Aqueles que manusearam o “radar”, não estavam aptos a realizar a avaliação da arbitragem. 3) Ou então, os dados do "tal radar" foram desconsiderados pela CA/CBF". 
Crédito: UAE

ad argumentandum tantum - Massimo Busacca (foto a esquerda), o diretor de arbitragem da FIFA, foi o convidado da UAE FOOTBALL ASSOCIATION - para ministar o curso sobre o ÁRBITRO DE VÍDEO (AV) - à arbitragem dos Emirados Árabes Unidos. Qualquer dúvida clicar no link - http://www.uaefa.ae/en/index.php?go=news&more=26547

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

SUGESTÕES À ARBITRAGEM EM 2018



O julgamento do ex-presidente da CBF, José Maria Marin nos (EUA), poderá provocar mudanças na direção da CBF - segundo alguns cartolas do futebol brasileiro. O fato é público e notório. Se vai acontecer são outros quinhentos.

Com ou sem alterações no comando da entidade, no que diz respeito a arbitragem, é imperativo que ocorram transformações a partir do ano que vem – pois do contrário, a mixórdia perpetrada pela confraria do apito nesta temporada, no que tange ao descumprimento das circulares, das Regras de Futebol em conjunto com a CA/CBF, irá se acentuar e os prejuízos ao nosso futebol idem.

Nossas sugestões: (1) O primeiro departamento da arbitragem da CBF, que deve sofrer uma autêntica profilaxia, é a Comissão de Árbitros. O fracasso da atual gestão, comandada por Marcos Marinho que nunca exerceu a atividade de árbitro de futebol e seus congêneres, é inquestionável. Além da permissividade com a quizumba contumaz dos homens de preto no atual Brasileirão, este ano será a primeira vez nos últimos cinco anos, que a CBF não revelará um árbitro promissor. Só se resolverem FABRICAR alguém.

2) – A profilaxia deve ser total e irrestrita – ou seja, sai todo mundo - e quem já foi não pode voltar. Os clubes deveriam indicar um membro à nova comissão de arbitragem. A ANAF (1) – A CBF (2).

3) - A Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (Enaf) – tem que passar pelo mesmo processo da CA/CBF. Ninguém é insubstituível. São as mesmas pessoas há muito tempo, e o mesmo modus operandi – porém, os resultados não são satisfatórios. Sendo redundante: 2017, não houve a revelação de nenhum árbitro (apito).

4) – Formada a CA/CBF e da (Enaf) – ambas realizarão um pente fino na atual Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf). Há um contingente de apitos e bandeiras que, não possuem as qualidades exigidas para pertencer a (Senaf). As indicações políticas estão matando a nossa arbitragem.

5) - A futura CA/CBF e a (Enaf), se algo de novo acontecer o que nós não acreditamos, devem implementar um novo modelo de formação de árbitros - fornecendo suporte financeiro e cursos de requalificação aos professores, e acompanhar o desenvolvimento das escolas das federações de futebol – objetivando com isso, o descobrimento de árbitros e assistentes com dom, talento e vocação.

6) – A listagem dos analistas de campo, de vídeo, delegados etc… exige uma mutação completa. É inaceitável que com a trempe aqui mencionada, árbitros, assistentes e quarto árbitro, tenham cometido tantos disparates na interpretação e aplicação das regras, e, a CA/CBF não tenha adotado providências para minimizá-los.

ad argumentandum tantum – São sugestões simples que se lapidadas e colocadas em prática – irão melhorar substancialmente a qualidade - e tornar as decisões da arbitragem mais justas e, por extensão, inviabilizar parte das críticas que sofre a categoria. 

ad argumentandum tantum (2): Num ano em que a arbitragem que laborou no Campeonato Brasileiro, feriu de morte as REGRAS DE FUTEBOL, circulares do The IFAB e da própria CBF, ser escolhido como o melhor árbitro ou assistente de 2017 perde a relevância. Ou seja, é irrelevante.   

sábado, 2 de dezembro de 2017

Curso para Assessores Internacionais de Árbitros CONMEBOL


Nesta sexta-feira (1/12) começou o Curso para Assessores Internacionais de Árbitros da CONMEBOL, na cidade de Luque, Paraguai, com a participação de 29 assessores das dez Associações Membro, que serão capacitados com novas regras e procedimentos, a cargo dos instrutores sul-americanos e o presidente da Comissão Arbitral, Wilson Seneme.
“A função de assessor internacional não existia antes e  foi criado em um ano com muito êxito. Comemoro que hoje estejam aqui deixando de lado algumas atividades em seus países para desenvolver nossa arbitragem sul-americana e partilhar ideias para melhorar", expressou Seneme na abertura do curso, que se estenderá até o dia 04 de dezembro. 
Durante a capacitação, os assessores internacionais, que foram árbitros da CONMEBOL, serão instruídos com os novos procedimentos e protocolos tecnológicos, que abarca a utilização de Sistema Vídeo de Assistência Arbitral (VAR, por suas siglas em inglês).
Na primeira jornada desta sexta os assessores escutarão as diretrizes dos instrutores da Comissão Arbitral CONMEBOL,  sendo  primeiro orador o presidente, Wilson Seneme.
“O mundo do futebol sempre vai exigir de nossa parte justiça, e para isso devemos preparar-nos cada vez mais, ser profissionais, com conhecimento e neutralidade, que somente conseguimos com esforço em nosso trabalho e, graças ao presidente Alejandro Domínguez, que apoia a justiça no futebol, hoje temos a ferramenta VAR a nosso favor”, indicou igualmente Seneme em seu discurso inicial.
Na tarde desta sexta, segundo o programa, será enfocada a parte teórica, com análise de Vídeo Teste, Apresentação de Regra de Jogo, e uma Trivia sobre as Regras de Jogo.

Fonte: CONMEBOL.com

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Simon: Brasileirão precisa 'copiar' a atrativa Copa do Brasil para evoluir; arbitragem ficou devendo

   Da esquerda para a direita Altemir Haussamnn, Pierluigi Collina (Presidente do Comitê de Árbitros da FIFA), Roberto Braatz e Carlos Simon -  em evento na Copa da África do Sul/2010 - Crédito: MHDB

Após as manifestações deste colunista relatando a quizumba em que foi transformada a arbitragem brasileira nesta temporada, no principal torneio da CBF - o Brasileirão - e os comentários do conceituado professor Rafael Porcari no seu Blog - https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/ de que, 2017 foi terrível à arbitragem da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf) – nesta sexta (1/12) - quem se posiciona a respeito da hecatombe que solapou a confraria do apito do futebol pentacampeão mundial, foi o mais completo árbitro do futebol brasileiro de todos os tempos, Carlos Eugênio Simon (foto). Leia o que diz Simon sobre a debacle dos homens do apito e da CA/CBF.
O Campeonato Brasileiro de 2017 terminou antes do fim. Na 35ª rodada, quando o Corinthians conquistou o título de campeão, fazendo com que a competição perdesse o interesse para um grande número de torcedores nas últimas três rodadas. Isto só foi possível por causa do sistema de pontos corridos.
Na minha opinião, está não é a melhor maneira de disputar a maior competição do futebol nacional. Entre as muitas distorções provocadas por esta fórmula, recordo a última rodada do Brasileirão de 2009, quando o Grêmio não fez nenhum esforço para ganhar do Flamengo, mesmo abrindo o marcador no Maracanã, para evitar que o arquirrival Internacional conquistasse o título daquele ano. O campeão foi o rubro-negro carioca. No campeonato atual, no domingo o Corinthians estará em Recife para enfrentar o Sport.
Considerando que já fez a festa e recebeu a taça, é possível e compreensível que a equipe paulista escale reservas para jogar na Ilha do Retiro. Assim, involuntariamente poderá beneficiar o Sport que luta contra o rebaixamento, prejudicando as demais equipes que também estão lutando para não cair para a série B.
Creio que a fórmula que inclui o mata-mata é mais justa e traz mais emoção ao campeonato, além de manter aceso até o final o interesse do público torcedor, mesmo aquela parcela não envolvida diretamente nos jogos decisivos. Registre-se que desde que o sistema de pontos corridos foi implantado, em 2003, os campeões dividiram-se entre os estados de São Paulo (9), Rio de Janeiro (3) e Minas Gerais (3).
Por outro lado, na Copa do Brasil, no mesmo período, há uma diversidade maior, incluindo, inclusive, equipes de menor expressão no cenário do futebol brasileiro, como o Santo André e o Paulista de Jundiaí, campeões em 2004 e 2005. Cabe lembrar também que a disparidade nas cotas de patrocínio paga pela TV contribui em muito para acentuar a desigualdade entre os clubes em confronto.
Sem falar que os clubes do Sudeste viajam menos do que o restante. Por exemplo, em 2012, seis times do Estado de São Paulo estavam na Série A (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Ponte Preta).
Temporada desastrosa para o apito:
No que diz respeito ao desempenho da arbitragem, minha avaliação, com profundo desgosto, é que foi uma das piores temporadas registradas no campeonato nacional. Não faltaram erros, omissões, equívocos. Na 17ª rodada, por exemplo, um gol do corintiano Jô foi injustamente anulado na partida contra o Flamengo. Não existiu o impedimento que só o assistente viu, e o árbitro corroborou; o jogador estava a mais de três metros atrás do penúltimo defensor - portanto lance legal. O mesmo Jô foi beneficiado quando a arbitragem validou um escandaloso gol de mão, que o adicional deveria ter visto e que determinou a vitória por 1 x 0 sobre o Vasco , na 24ª rodada.
Por certo, os árbitros merecem e devem ser criticados por essas falhas. Porém, as críticas mais contundentes deve ser dirigidas aos homens que comandam a Comissão de Arbitragem da CBF. São eles que têm a responsabilidade de traçar as diretrizes da arbitragem do futebol brasileiro, organizando cursos de aperfeiçoamento e atualização unificando procedimentos, fornecendo orientações técnicas e de preparo físico - tudo sobre a batuta de instrutores qualificados.
Cabe a CA/CBF proporcionar às condições técnicas e psicológicas que permitam aos árbitros executar o seu trabalho com serenidade, amparados nos conhecimentos sólido da aplicação das regras do jogo. A profissionalização da arbitragem, o fim do sorteio e a implementação do VAR (Video Assistant Referee). Só quando essas condições forem atendidas teremos o nível de excelência que todos desejamos para o apito nacional. Por enquanto estamos distante deste ideal.
A solução dos problemas da arbitragem brasileira requer competência, dedicação e desprendimento para reconhecer e atender às necessidades profissionais dos homens e mulheres do apito e das bandeiras. Não se trata de um caso de polícia que possa ser resolvido por um coronel.


Assistente Ivan Carlos Bohn alcança a marca de 100 jogos na Série A do Brasileiro


No próximo domingo, dia 03 de dezembro, o Árbitro Assistente, Ivan Carlos Bohn, chegará a marca dos 100 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro. Após a partida entre Vasco da Gama x Ponte Preta, às 17h, em São Januário, ele vai se tornar o segundo árbitro paranaense em atividade com o maior número de jogos na elite do futebol brasileiro.

Bohn ingressou no quadro nacional em 2004, já atuou em todas as divisões do Campeonato Brasileiro e hoje compõe a Categoria AB (séries A e B). Em 2017 o jogo de domingo será o seu 27º da temporada nacional, sendo que 16 foram na Série A. Aos 44 anos de idade e no auge da carreira, Ivan integrará o seleto grupo dos “centenários” da Série A.

A APAF-PR parabeniza o Árbitro Assistente, Ivan Carlos Bohn, por alcançar expressiva marca e fortalecer a arbitragem paranaense a nível nacional.
    Ivan Carlos Bhon, é o segundo da direita para a esquerda - Crédito: APAF/PR

Escala – Vasco da Gama x Ponte Preta

Rafael Traci - PR (CBF)
Árbitro Assistente 1 - Ivan Carlos Bohn - PR (CBF)
Árbitro Assistente 2 - Luciano Roggenbaum - PR (CBF)
Quarto Árbitro - Pedro Martinelli Christino - PR (CBF)
Árbitro Assistente Adicional 1 - Adriano Milczvski - PR (CBF)
Árbitro Assistente Adicional 2 - Edina Alves Batista - PR (FIFA)

Nossa opinião – Desde o fim da carreira de Altemir Hausmann e Roberto Braatz, os melhores árbitros assistentes de todos os tempos do futebol brasileiro, havia um hiato nesta função. Sobretudo, na Região Sul do país. Ivan Carlos Bhon, Bruno Boschilia e Victor Hugo Imazu, formam em conjunto com Rafael da Silva Alves (RS), o melhor quarteto no manejo das bandeiras aqui nestas plagas.