quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SISTEMA QUE GERE A ARBITRAGEM BRASILEIRA ESTÁ “CARCOMIDO”



Pela primeira vez nos últimos anos o principal torneio da CBF, o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2017, não revelou um único árbitro (apito). E não cabe aqui o álibi que foi por falta de jogos. O Brasileirão propiciou (360) prelios na Série A, (360) na Série (B), mais de uma centena nas Séries (C e D) e um número estratosférico na Copa do Brasil.

Quais são as causas que conduziram a nossa arbitragem ao estado de degradação qualitativa e descrédito que ora vivenciamos? 1) A CA/CBF é composta há vários anos pelas mesmas pessoas, ou seja, lá grassa o continuísmo. 2) No apagar das luzes de 2016, foi nomeado presidente dessa comissão, Marcos Marinho, que não é árbitro de futebol, e não há conhecimento que tenha exercido essa atividade nem em futebol de pelada. 3) Com a entrada de Marinho esperava-se uma transformação total e irrestrita de nomes e ações na aludida comissão – as transformações se ocorreram, foram ineficazes. 4) No apagar das luzes de 2016, a CBF criou uma “nova” nomenclatura no que tange o seu quadro de arbitragem - foi criada a Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf).


5) Com a mudança, esperava-se a aplicação de uma profilaxia na nova listagem, acoplada de uma nova metodologia na indicação dos futuros componentes da (Senaf). Ledo engano! A meritocracia continuou sendo preterida em várias indicações, em detrimento da mediocridade.

    6) Em maio do ano em curso reuniram-se em Curitiba, a CA/CBF com a presença de Marcos Marinho, os dirigentes das comissões de arbitragens e diretores das escolas de formação de árbitros de todo o país - Objetivo: Viabilizar mecanismos para a unificação da formação e requalificação do árbitro brasileiro -, inclusa a solicitação de que a CBF auxiliasse financeiramente às escolas. Até este momento ninguém sabe se houve avanços sobre a indigitada reunião. 7) O cenário exibido pela CBF no que diz respeito a arbitragem, é similar em todas as federações de futebol, ou até pior. 8) Há casos nas federações em que, comissão de arbitragem, escola, associações e sindicatos de árbitros, “atuam unificados” em benefício dos seus dirigentes e das “curriolas” que lhes dão sutentação, enquanto a categoria dos homens de preto “patina” tal qual um carro no atoleiro.

Podia e tenho argumentos para continuar – mas vou parar por aqui. Após ler o que você leu, dá para acreditar numa nova arbitragem em 2018? Só se você acreditar no dia de SÃO NUNCA.

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