terça-feira, 29 de novembro de 2011

Neymar é condenado a indenizar árbitro após ofensa

  Neymar foi condenado nesta terça-feira (29), em audiência de conciliação no Fórum de Santos, ao pagamento de R$ 15 mil ao árbitro de futebol Sandro Meira Ricci (foto/FifaDF). A sentença foi proferida pelo juiz Afonso de Barros Faro Júnior no processo movido por Ricci pedindo a indenização de R$ 20.400,00 como reparo de danos morais.
Em agosto do ano passado, o atacante assistia pela televisão ao jogo do Santos contra o Vitória, em Salvador, e após Ricci marcar um pênalti contra o seu time, apareceu escrito no seu Twitter a mensagem "Juiz ladrão, vai sair de camburão", apagada logo em seguida. A defesa de Neymar disse que foi um amigo do jogador que escreveu a ofensa, mas o juiz Faro Júnior afirmou na sentença que, como titular da conta no Twitter, o atacante deveria ter cautela para que não usassem a sua assinatura para fins ilícitos e que, por isso, deve responder pela omissão.
Fonte: Agência Estado

Cabecear com frequência no futebol prejudica o cérebro

Arquivo

Fonte: BBC Brasil
Médicos americanos alertaram em um novo estudo que cabeçadas frequentes em partidas de futebol podem causar lesões cerebrais em jogadores.
Os médicos analisaram exames dos cérebros de 32 jogadores amadores e, nos exames, foram revelados padrões de danos parecidos com os encontrados em pacientes que sofreram concussões.
Os pesquisadores afirmam acreditar que existe um número seguro de cabeçadas - cerca de mil cabeçadas por ano ou menos. Neste nível, o cérebro não sofreria lesões, mas os médicos afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas a respeito.
Um jogador britânico da década de 1960, Jeff Astle, teria morrido em 2002, aos 59 anos, devido a problemas causados por muitas cabeçadas durante sua carreira.
Astle desenvolveu problemas cognitivos depois de anos jogando pela seleção da Inglaterra e pelo time inglês West Bromwich Albion.
A autópsia determinou que a morte do jogador foi resultado de uma doença degenerativa do cérebro causada por cabeçadas contra as pesadas bolas de futebol de couro usadas na época em que Astle jogava.
O médico que chefiou a pesquisa, Michael Lipton, do Centro Médico Montefiore, do hospital da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, afirma que as bolas usadas nos jogos atuais, apesar de serem bem mais leves do que as antigas, ainda podem causar danos.
Uma bola de futebol pode alcançar a velocidade de 54 quilômetros por hora em jogos recreativos e até o dobro desta velocidade em jogos profissionais.
Lesões leves
Lipton e sua equipe usaram um tipo de exame especial, conhecido como imagem por tensor de difusão, que visualiza nervos e tecidos cerebrais.
Os 32 voluntários que passaram pelo exame disseram aos médicos qual a frequência com que cabeceavam a bola durante treinos e jogos.
Com os exames, os médicos descobriram que os jogadores que eram "cabeceadores frequentes" tinham sinais óbvios de lesões traumáticas leves no cérebro.
Cinco regiões do cérebro sofreram danos - áreas da frente do cérebro e na direção da parte de trás do crânio, onde ocorrem processos ligados à atenção, memória, funcionamento executivo e funções da visão.
Os pesquisadores avaliam que as lesões foram se acumulando com o tempo.
"Cabecear uma bola de futebol não tem um impacto que vai romper fibras nervosas no cérebro", afirmou Lipton, ao apresentar sua pesquisa, na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte.
"Mas cabeçadas repetitivas podem desencadear uma série de respostas que podem levar à degeneração das células do cérebro."
Número máximo
Os voluntários que tiveram seus cérebros examinados pela equipe de Lipton também fizeram testes para checar suas habilidades cognitivas como memória verbal e tempos de reação. Eles foram mal nestes testes.
Os danos ocorreram em jogadores que afirmaram cabecear a bola pelo menos mil vezes por ano.
Segundo os pesquisadores, apesar de parecer um número alto, mil cabeçadas por ano significam apenas algumas cabeçadas por dia para um jogador que pratica o esporte com frequência.
Os médicos americanos afirmaram que serão necessários mais estudos para determinar um número seguro de cabeçadas para os jogadores de futebol.
Mas, para Andrew Rutherford, da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha, a pesquisa apresentada pelos médicos americanos não é convincente. O britânico pesquisa os danos causados por cabeçadas há anos.
Para Rutherford, os médicos americanos estão analisando os dados errados porque a maioria das lesões na cabeça ocorridas no futebol se deve ao impacto entre as cabeças dos jogadores, e não ao impacto com a bola.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quem apita o Atletiba decisivo?

Apito do Bicudo
Paulo César Oliveira, Wilson Seneme ou Leandro Vuaden são as apostas do colunista



Se eu fosse o responsável pela indicação dos árbitros para sorteio e tivesse voz ativa na CBF, não pensava uma única vez: inseria na cumbuca para apitarem o clássico, Atlético/PR x Coritiba/PR, no próximo domingo, na Arena da Baixada, Evandro Rogério Roman e Heber Roberto Lopes, ambos da Fifa e pertencentes a Federação Paranaense de Futebol. Num futebol que vivencia uma das maiores decadências da sua história, no caso o futebol do Paraná, os indigitados árbitros em conjunto com Atlético/PR e o Coritiba, são as referências que merecem elogios. O resto do futebol paranaense, dá pena, dá dó.

Diante do preâmbulo acima, indicá-los para o sorteio, é algo difícil de acontecer, porque além da decadência, o futebol paranaense ainda não atingiu a maturidade necessária em âmbito local, que dirá em amplitude nacional, e nossa representação em termos de Federação Paranaense de Futebol, perante a CBF, há muito tempo é inferior a um grão de mostarda.
Resta a dupla Atletiba, iniciar uma série de lucubrações até a próxima quinta-feira, quando será anunciado a arbitragem do nominado jogo. Minha predileção, seria pelos árbitros paranaenses. Mas, como acredito que isso encontrará diferentes óbices, fico na torcida para que o sorteado seja pela ordem, Paulo Cesar de Oliveira (foto), o melhor árbitro do Brasileirão/2011, Wilson Luiz Seneme ou Leandro Pedro Vuaden.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Premier League pode aprovar tecnologia da linha de baliza


A Federação Inglesa de Futebol (FA) admite utilizar a tecnologia da linha de baliza nos jogos da Premier League já a partir da próxima temporada.

Cenário admitido pelo secretário-geral da FA, Alex Horne, em declarações à BBC, onde nota que "a tecnologia de linha de baliza será uma enorme vantagem para o futebol". "Há anos que pensamos que seria uma mais-valia para o trabalho dos árbitros", sustenta o dirigente, realçando que "é possível que a vejamos na Premier League já em 2012/2013".

A Fifa contratou uma empresa para testar algumas medidas tecnológicas com vista à sua potencial aplicação no futebol. Os critérios para aprovação obrigam a que a tecnologia se restrinja ao golo, a que seja segura e de total confiança, sem espaço para equívocos, e a que a confirmação seja imediata e apenas visível para a equipa de arbitragem.

Depois dos testes que serão levados a cabo, a decisão final quanto à aplicação, ou não, dessas tecnologias no futebol caberá ao International Board, entidade reguladora das regras do futebol.


Fonte: Relvado/Refereetip

Wenger e Ferguson saúdam hipótese de tecnologia nas linhas de baliza em Inglaterra

O guarda-redes alemão, Manuel Neuer, a olhar para a bola rematada por Frank Lampard durante os quartos de final do último Mundial, um dos casos polémicos que poderia ter sido evitado com a tecnologia na linha de baliza.
O anúncio ontem revelado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) já está a acolher seguidores. A possibilidade de introduzir tecnologia na linha de baliza já na próxima época entusiasmou várias personalidades da Premier League, incluindo o treinador do Arsenal, Arsène Wenger, que demonstrou o seu apoio à medida.


Na quinta-feira, o secretário-geral da FA, Alex Horne, revelou que estavam a decorrer estudos para colocar uma tecnologia na linha das balizas em Inglaterra, algo que poderia acontecer já na próxima época, tal como avançou a BBC.

De qualquer modo, os organismos da FIFA apenas decidirão sobre a hipótese de introduzir a tecnologia após o Euro 2012, competição que termina a 1 de Julho.

Mas o anúncio ontem veiculado já motivou a reacção de algumas personalidades do futebol inglês. Entre eles está Arsène Wenger, técnico do Arsenal que sempre se assumiu como um devoto apoiante da possibilidade de aliar os árbitros de futebol a meios tecnológicos. «Sempre fui um grande fã e dei todo o meu apoio, (…) quanto mais rápido melhor, temos que implementá-la assim que for possível», vincou.
O treinador francês apressou-se também a delinear as vantagens: «Pode haver a preocupação em torno dos erros que a tecnologia pode cometer mas, estatisticamente, vamos melhorar muito».
Mas o seu homólogo e rival do Manchester United, Alex Ferguson, revelou estar menos confiante na possibilidade de ver a tecnologia ser adoptada, e explicou, ao referir a postura dos órgãos que tutelam o futebol internacional e europeu. «As pessoas atiram ideias cá para fora mas elas têm que passar pela FIFA, que sempre se opôs [à possibilidade], tal como a UEFA», lembrou.

A ser conseguido, o aval da UEFA e da FIFA iria introduzir a tecnologia apenas para confirmar se a bola passaria na totalidade a linha de baliza. O método evitaria situações duvidosas que quase todas as épocas sucedem um pouco por todos os campeonatos europeus de futebol.

Na Premier League, é possível recordar um caso de envolveu Pedro Mendes, em 2005, quando o português representava o Tottenham. Numa partida entre os londrinos e o Manchester United, o médio, hoje no Vitória de Guimarães, o médio rematou quase do meio campo na tentativa de fazer um chapéu a Roy Carroll, então guarda-redes dos ‘red devils’.

Ao tentar apanhar a bola, o guarda-redes acabou por a deixar escapar para trás, e as imagens mostram que a bola terá ultrapassado a linha de baliza. Os adeptos gritaram golo, mas o árbitro da partida não validou.
Fonte: Refereetip

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Atenção com as lesões

 Foto: Apito do Bicudo
A arbitragem é um trabalho que exige muito, tanto física como mentalmente e a prevenção de lesões são importantíssimas para os árbitros e jogadores. Um árbitro deve estar em boas condições, mesmo em melhor forma do que os atletas,  porque podem ser 20 anos mais velhos do que eles. O árbitro raramente é um profissional em tempo integral e não pode ser substituído durante uma partida.  Além do estresse físico,  tem também o stress mental para manter o controle do jogo durante 90 minutos sob o olhar atento do banco e do público. Diante do exposto, o Centro de Avaliação e Pesquisa Médica da FIFA (F-MARC) estudou cuidadosamente as lesões e doenças dos árbitros.

Aplicações recentes
No seu mais recente estudo - lesões de árbitros no futebol amador - um levantamento representativo dos árbitros suíços nas diferentes categorias de jogo, centra-se no número e tipo de lesões sofridas pelos árbitros em todos os níveis no país. Mario Bizzini, fisioterapeuta do Centro Médico de Excelência da Fifa, e,   da clinica Schulthess de Zurique e colaborador  do F-MARC, está totalmente dedicado aos cuidados da arbitragem. "Durante a última década, vários estudos examinaram os diversos aspectos de desempenho e treinamento dos árbitros, " diz, "mas pouco era conhecido das  lesões e doenças do sistema musculo esquelético dos apitadores chamados comumentemente  de homens de preto ."

Estudos anteriores
Um estudo anterior realizado pelo F-MARC, focado no volume e no tipo das lesões dos árbitros de alto nível da Suiça, detectou, que os 71 árbitros que dirigem jogos nas duas principais divisões representaram apenas uma pequena percentagem dos arbitros associados, o que demonstrou a necessidade do F-MARC, também  examinar os 489 árbitros ativos que dirigem jogos nas categorias amadoras. "Precisamos lembrar que o número total de árbitros da Copa do Mundo da Fifa,  representa principalmente profissionais e, na verdade, apenas 0,02% de todos os árbitros registrados membros nas associações do mundo inteiro.

Cuide da sua integridade
A Fifa tem compilado nos últimos anos mais de 840. 000 árbitros e árbitros assistentes registrados no mundo inteiro. Também devemos cuidar de todos esses árbitros amadores”, diz Bizzini. Os resultados do estudo revelaram que os árbitros de elite sofrem quase dois terços das lesões durante o treino e 39% durante os jogos. Em comparação, 80% das lesões nos árbitros amadores acontecem nos jogos. Esses percentuais dizem muito do pouco cuidado que tomam uns e outros nas diferentes partidas ou práticas.

As mais comuns
No geral, quase a metade de todos os árbitros de elite no estudo (44%) haviam experimentado pelo menos uma lesão durante suas carreiras, em comparação com 23% dos árbitros amadores. Outra diferença foi a freqüência das doenças do sistema músculo esquelético. Tensões de ligamentos no tendão e tornozelo foram as mais comuns nos árbitros, tanto de  elite como amadores, enquanto a maioria das lesões diferiam das lesões dos jogadores pelo fato de que não houvesse nenhum contato físico.
Fonte: Revista Árbitros/José Borda

Proteção jurídica zero

 
De forma sistemática, a CBF como também algumas federações, vêm realizando eventos com o objetivo de transmitir ao árbitro o teor inteligente da sua responsabilidade na direção das partidas de futebol. Isto é, traduzindo-se as linhas anteriores para uma linguagem mais simplificada, e a pretensão visa interpretar em conjunto com as regras respectivas, como também dosar a consciência da aplicação dos preceitos disciplinares.

Agora, no final de semana que passou, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), repetiu uma dessas jornadas, escolhendo a belíssima cidade de Florianópolis (SC), quando reuniu associações e sindicatos do setor do apito, justamente para aplicar aquilo que informamos na introdução deste articulado.

Sabia-se com antecedência, que, e com muita veemência, a legislação em curso pelo Congresso Nacional, e que vai estipular os reais e necessários e não mais prorrogáveis direitos dos árbitros em relação e proporção da tarefa que desdobram no mais popular esporte do mundo.

É notório que em matéria de regulamentação partindo da esfera parlamentar, a matéria existente é precária e torna este auxiliar do futebol, “o árbitro”, figura simplesmente decorativa quanto ao alavancamento dos seus direitos em qualquer setor da administração pública.

Nada disso aconteceu na acolhedora floripa. Sim, o tempo foi consumido em interesses pessoais consistentes nas homenagens de alguns poucos, e o tema principal ( a discussão e formação de uma comissão sobre o Projeto de Lei 6405/2002) -  foi praticamente excluído da discussão,  que seria o de colocar em vigência a lei protetiva dos árbitros.

Significa que a situação perdeu-se sem qualquer solução legal, e esses profissionais permanecem descobertos de qualquer proteção jurídica e no momento que ocorrer uma causa que lhes aconteça danos, ficarão ao “Deus dará”.

Aliás, ao não discutir exaustivamente o projeto que visa a regulamentação dos homens de preto na assembleia, a nós não surpreendeu, porque neste País essa regra é contumaz, ou seja: ninguém se preocupa com ninguém, salvo as exceções já conhecidas.

No campo das arbitragens de futebol, no próximo século o quadro será idêntico ao desenhado no dia de hoje.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Raio-X da arbitragem

Reclamam os dirigentes, atletas, torcedores e a imprensa  de Curitiba com razão, do lance de Paulo Baier, ontem, no prélio Cruzeiro/MG 1 x 1 Atlético/PR, em que o árbitro assistente,  Marcelo Bertanha Barison (CBF/1), da Federação Gaúcha de Futebol, assinala impedimento que não existiu e prejudicou sobremaneira a equipe rubro-negra do Paraná.  O equívoco aconteceu, assim como ao longo de todo este Brasileirão, vários equívocos de árbitros e assistentes aconteceram. Mas, conhecendo o ser humano Marcelo Barison, e conhecedor da sua postura como homem e profissional da arbitragem, só posso atribuir seu equívoco a uma fatalidade. O Atlético/PR,  foi prejudicado por equívocos de arbitragem em outras ocasiões e nada se falou. Acontece que em função da situação da equipe na tábua de classificação na atualidade, o peso deste erro se acentua, e dá margem para interpretações de diferentes ângulos. 

Sem novidades a Assembléia da Anaf
Falei em (off) com três presidentes de associação e sindicatos, que participaram da 30ª Assembléia da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), no final de semana que passou, em Florianópolis (SC). Ao serem questionados sobre o Projeto 6405/2002, que versa sobre a regulamentação da atividade do árbitro de futebol no Brasil, me responderam que nada de execpecional aconteceu em relação ao tema. Diante da assertiva dos dirigentes classistas sobre o nominado projeto, repito o que escrevi na semana passada sobre a profissionalização do árbitro de futebol no Brasil: "Mas, meu caro internauta, que está tomando conhecimento deste escrito, pode ficar certo que após a nominada assembleia, tudo ficará como está, eis que não há espírito de união na confraria do apito e cada qual quer sobreviver individualmente sem a mínima preocupação com os desígnios dos respectivos colegas. Acrescente-se ao exposto, que ao contrário dos árbitros, a TV, os cartolas, os clubes, as federações e a CBF, quando os seus interesses correm algum risco se "fecham em copa" e não abrem espaço para ninguém". Caso a mentalidade do homem do apito não faça verter sentimentos do que na realidade representa no futebol, talvez no próximo século, ao lado do Senhor na eternidade, estarei escrevendo nas nuvens o que estou agora focalizando. Acredito que escrevi uma verdade que não pode ser desmentida. Quem viver verá, como dizia o Boluca, o mestre do jornalismo esportivo paranaense, na sua coluna no jornal Tribuna do Paraná.

Ótima atuação
Elmo Resende da Cunha (foto-CBF/1/GO), teve atuação perfeita na partida Coritiba/PR 1 x 0 Santos/SP. Sua arbitragem teve estrutura técnica, tática, física e psicológica do primeiro ao último segundo de jogo. É muito difícil o árbitro manter todos os quesitos aqui nominados intactos durante o jogo, sobretudo se o  jogo for  disputado em alta velocidade.  

Assessores de arbitragem

Me perguntam o que aconteceu com os Assessores de Arbitragem indicados pela Federação Paranaense de Futebol à CA/CBF. Não tenho contato com ninguém na entidade que controla o futebol brasileiro, mas imagino que diante da escabrosidade revelada junto aos meios de comunicação, de que  alguns dos indicados,  nunca apitaram um única  "pelada de menino de final de rua"," os assessores" foram congelados no "freezer". Digo isso, porque se  CA/CBF mantesse-os escalados,   seria uma desrespeito inominável para o quadro de árbitros da CBF e, por conseguinte, para o futebol pentacampeão do mundo.
A não escalar mais os ditos "assessores", a  CA/CBF dá um recado ao presidente da FPF e da Comissão de Arbitragem. Indiquem ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol como determina a Fifa.

PS: informo que nunca pedi a ninguém e  não almejo ser assessor ou observador de árbitros nem da Federação Paranaense de Futebol e nem na CBF. Mas, entendo que no futebol do Paraná, temos pessoas que exerceram a função de árbitro e poderiam na condição de ex-árbitros, prestarem relevantes serviços à arbitragem brasileira se fossem indiciados para exercer tão nobre função.    



Blatter: "O futebol tem uma imagem muito positiva"

Blatter: "O futebol tem uma imagem muito positiva"
© AFP
O presidente da FIFA, Joseph S. Blatter, concedeu ao jornal alemão Frankfurter Allgemeinen Sonntagszeitung uma abrangente entrevista que o Fifa.com reproduz aqui na íntegra.
 

Com que imagem o senhor deseja entrar para a história na condição de presidente da Fifa?
Estou na Fifa desde 1975. Fui o primeiro colaborador para o desenvolvimento e, em última análise, continuo exercendo esta função. O meu objetivo mais importante é inserir os elementos socioculturais do futebol na nossa sociedade.

No entanto, o senhor está enfrentando outros problemas atualmente...
Precisamos recolocar a imagem da Fifa no mesmo nível do futebol. O futebol tem uma imagem muito positiva.

No momento, o senhor mesmo desempenha o papel de reformador. Precisou passar por alguma mudança pessoal para isso?
Não.

O senhor é católico e, como tal, sabe que antes da absolvição é preciso reconhecer os pecados e arrepender-se deles...
Reconhecer , sim; arrepender-se, nunca. Percebo o que está acontecendo no mundo e reconheço que algo precisa ser mudado na Fifa.

Mas certa vez o senhor escreveu em uma coluna na Internet que erros horríveis já foram cometidos. Esses erros foram cometidos pelo senhor?
Veja dessa forma: quem trabalha muito comete erros de vez em quando. Um que nunca mais repetirei é permitir que o Comitê Executivo decida a sede de dois Mundiais ao mesmo tempo. Isso provocou conflitos de interesses, porque todos podiam votar, mesmo que o seu próprio país fosse candidato. Foi um erro.

Um erro pessoal?
Sim, também.

Depois de 36 anos na Fifa, o senhor deve reconhecer que foi o arquiteto de todo o sistema — inclusive da evidente corrupção existente. Como tolerou isso?
Quando o senhor afirma que eu tolerei isso, é preciso lembrar que a unidade de liderança é do Comitê Executivo, que não é nomeado pelo presidente. Os seus membros são eleitos pelas seis confederações. Dessa forma, compartilho a liderança com pessoas de diferentes culturas e ambientes sociais. Elas têm concepções diversas sobre ética e moral. Eu não as escolhi. Não posso ser responsabilizado pelos atos delas. Sou o rosto da entidade, mas não sou um ditador. No entanto, agora consegui colocar o Comitê Executivo no lugar onde eu queria. Na última reunião no dia 21 de outubro, todos os membros presentes — quatro deles faltaram — votaram pela nova estrutura. Agora finalmente tenho o apoio para colocar em prática as reformas necessárias.

Agora haverá quatro forças-tarefa que trabalharão para um novo Comitê de Boa-Governança. Os membros do Comitê Executivo apoiarão os planos de reforma do senhor, mesmo que isso os deixe vulneráveis à linha de tiro?
No último Congresso levei três assuntos para votação.
 

Quais foram exatamente?
Ficou decidido que no futuro o Congresso, ou seja, os representantes das 208 nações filiadas à Fifa, elegerão a sede de qualquer Copa do Mundo da Fifa, e não mais o Comitê Executivo. Também se estabeleceu que o Comitê de Ética deve ser ampliado e que haverá um departamento de investigação e um tribunal, cujos membros serão eleitos pelo Congresso, não pelo Comitê Executivo. E também foi decidida a nomeação do Comitê de Boa-Governança. Tudo foi realizado com 99% dos votos. Questionaram recentemente se eu tinha competência para colocar isso em votação, então precisei dizer: "Desculpem, mas o Congresso é soberano".



"Precisamos recolocar a imagem da Fifa no mesmo nível do futebol. O futebol tem uma imagem muito positiva
Joseph S. Blatter."

O Comitê Executivo, que conta com 24 membros, está passando por um processo de transição que ainda levará um bom tempo para ser concluído. Há acusações de corrupção contra vários membros. Contra outros há processos judiciais em andamento nos seus respectivos países. Além disso, o senhor quer abrir os atos do processo de insolvência da agência de marketing ISL/ISMM, que contém os nomes das pessoas que foram subornadas. Sobrará alguém do atual Comitê Executivo, depois que a poeira baixar?
Não são tantos os envolvidos, mas parece que alguns não poderão permanecer no Comitê Executivo. Não quero falar de forma específica sobre o caso da ISL no momento, mas o faremos de forma aberta e pública e solicitaremos a uma instituição independente que avalie aqueles documentos. Posso apenas dizer que não há nenhum suíço na lista de pessoas que aceitaram pagamentos em dinheiro. Enganam-se aqueles que me caçam e dizem que Sepp Blatter está na lista.
 

Alguns nomes dos membros do Comitê Executivo que estão sendo relacionados publicamente aos casos de corrupção são Worawi Makudi, da Tailândia, Issa Hayatou, de Camarões, Nicolás Leoz, do Paraguai, Julio Grondona, da Argentina, e Ricardo Teixeira, do Brasil.
Se o senhor se refere aos documentos relacionados ao caso da ISL, posso afirmar que essa lista não está correta. Posso dizer que solicitamos ao Sr. Makudi esclarecimentos sobre um projeto humanitário da nossa entidade.Trata-se do nosso dinheiro. Vieram informações da Tailândia de que o projeto havia sido construído em um terreno pelo qual nós pagamos e que aparentemente já pertencia a ele. O caso já está sendo julgado em um tribunal da Tailândia. Se alguma irregularidade tiver ocorrido, ela será encaminhada ao Comitê de Ética.

O presidente da Confederação Aficana de Futebol, Issa Hayatou, que recentemente foi nomeado diretor do programa Goal, está sendo investigado até pelo Comitê Olímpico Internacional. Dizem que o caso envolve dinheiro da ISL. Que tipo de punição podemos esperar, caso fique comprovado que ele é culpado?
Não somos nós que estamos averiguando isso, e, sim, o COI. A investigação se refere a uma pequena soma inferior a 25 mil francos suíços. E esse valor foi devidamente registrado nos livros de contabilidade da CAF, que também são controlados por nós.

Caso sejam comprovadas as acusações contra um membro do Comitê Executivo, quais seriam as consequências?
A pessoa precisaria ou renunciar ao cargo ou aguardar para ver o que a investigação independente decidirá. Eu gostaria de enfatizar que os pagamentos que a ISL fez naquela época não eram ilegais.

Mas eles passam a impressão de não serem inteiramente corretos...
É verdade.

Caso alguns membros do Executivo precisem renunciar, eles terão de ser substituídos. Será que o problema não continuaria com os novos membros?
Não, não continuaria.

E por que não?
Porque são novos tempos. Uma das quatro Forças-Tarefa que criamos, para Transparência e Conformidade, começará a trabalhar em breve. Ela é composta por seis representantes do Congresso, e não do Comitê Executivo, e eles foram nomeados por mim. A presidência é exercida pelo presidente da Federação Paraguaia de Futebol, Juan Ángel Napout, e pelo presidente da Federação Neozelandesa de Futebol, Frank van Hattum. O presidente da federação da Dinamarca, Allan Hansen, que falou em nome dos países nórdicos no Congresso e pediu mais transparência, também integra a Força-Tarefa. Entre outras atividades, essas pessoas garantirão a probidade ética e moral dos novos membros do Comitê Executivo. A Fifa exigirá referências sólidas quanto ao caráter deles.

E quanto aos antigos membros?
Esta é uma questão jurídica. Mas estou convencido de que todos os membros passarão por averiguações desse tipo.

E quanto ao senhor?
Sim, certamente.

Quando isso deverá acontecer?
No primeiro trimestre do ano que vem.

O senhor já pensou em mudar completamente a forma de eleição dos membros do Comitê Executivo?
É uma possibilidade. O Congresso poderia elegê-los.

E qual é a probabilidade de isso ocorrer?
Se dependesse apenas de mim, colocaria todos os órgãos institucionais sob a autoridade do Congresso. Mas refletir sobre isso é atribuição da Força-Tarefa de Revisão dos Estatutos, presidida pelo Dr. Theo Zwanziger. No momento, os membros do Comitê Executivo são eleitos pelas confederações. Mas eles deveriam ser apenas indicados pelas confederações e eleitos pelo Congresso.
 

Isso significa que o Comitê Executivo não votaria em si próprio?
Certamente que não. Mas toda e qualquer alteração precisa ser decidida pelo Congresso.

A concessão dos Mundiais de 2018 e 2014 para Rússia e Catar também será investigada outra vez?
Atualmente estamos trabalhando com especialistas renomados como Sylvia Schenk, da Transparência Internacional, e o professor Marc Pieth, especialista anticorrupção de Basel. Eles estão passando a avaliação deles para o Comitê de Boa Governança, que apresentará propostas ao Comitê Executivo e ao Congresso, onde a matéria será tratada.

O presidente da Federação Alemã de Futebol, Theo Zwanziger, disse que os votos para o Catar podem ter sido feitos por pressão política. Nesse caso, a forma primitiva da corrupção não teria sequer sido necessária. Ele está certo?
Não quero me expressar sobre isso. Deixo esse tema para o Comitê de Boa Governança.

Quem fará parte deste comitê? Até agora, sabe-se apenas que metade dela será formada por integrantes da Fifa e a outra metade por pessoas de fora...
Essa informação será divulgada após a reunião do Comitê Executivo que acontecerá no dia 17 de dezembro.
 

E será que os Comitês de Transparência e Boa Governança terão acesso aos casos analisados pelo Comitê de Ética, como os processos aberto contra o seu concorrente Mohamed Bin Hammam e contra o senhor pouco antes da sua reeleição em junho?
As comissões trabalham em parceria. O meu processo diante do Comitê de Ética pode ser integralmente aberto ao público. Não peço nenhum tratamento especial. Não tenho nada a confessar e nem do que me arrepender ou desculpar em relação a esse caso.
 

Theo Zwanziger é o presidente da comissão que foi encarregada da revisão dos estatutos. Ele não deveria estar se preocupando apenas com a federação do país dele? Com as revelações feitas recentemente em relação aos árbitros na Alemanha, ele certamente anda muito ocupado...
A  Alemanha é um país importantíssimo para o futebol. O Theo Zwanziger preside uma das principais federações do planeta. Todas as decisões que ele toma são cuidadosamente examinadas. Ele é um homem que se comunica muito e é criticado por isso, mas as pessoas que se comunicam muito, como eu, estão acostumadas às críticas. Ele é um dos membros mais valiosos do meu Comitê Executivo. Ele conhece as leis e sabe como as federações funcionam. Trabalhamos bem juntos e ele já realizou muitas coisas boas.
Fonte: Fifa.com

sábado, 19 de novembro de 2011

União dos sindicatos marca XXX Congresso da ANAF

Foram dois dias de intensas atividades: debates, homenagens, palestras, votações, enfim, tudo o que uma assembleia geral de sindicatos poderia propiciar. Mas o que mais chamou  a atenção no XXX Congresso brasileiro de entidades e árbitros promovido pela ANAF, dias 18 e 19 em Florianópolis (SC), foi a união demonstrada pelas entidades representativas da arbitragem nacional, que em nenhum momento externaram divergências. Todas as deliberações foram por consenso, a começar pela aprovação das contas da diretoria até agosto. Por unanimidade, os 26 representantes dos sindicatos estaduais decidiram aprovar as contas que já vieram com parecer favorável do Conselho Fiscal.

As homenagens na solene noite de abertura do evento foram mais do que merecidas. Cleidy Mari e Marco Antônio Martins receberam homenagens e um vídeo com depoimentos sobre a carreira dos profissionais de Santa Catarina emocionou a todos que lotavam o salão de eventos do hotel da Praia, palco das atividades desenvolvidas nos dois dias do Congresso. Sérgio Correa e Marcio Rezende também foram lembrados pela contribuição à arbitragem nacional e internacional. Finalista de Copa do Mundo, Arnaldo Cezar Coelho brindou a seleta platéia com uma palestra de alto nível.

O XXX Congresso da ANAF contou pela primeira vez com observadores internacionais. Delegação de Angola acompanhou todas as etapas do evento e ao final ainda pode interagir com os colegas brasileiros, num debate que enriquecerá o futebol dos dois paises. Repercussão na mídia estadual e nacional, cobertura de importante site da arbitragem nacional, atenções do Brasil se voltaram para Santa Catarina para saber qual a posição das entidades sobre a possivel paralização do campeonato brasileiro. O recado foi dado com veemência: em caso de repetição de agressões contra qualquer membro da arbitragem, os árbitros vão parar. Profissionalização já! Este o principal tema do Congresso. Unidade e pensamento voltado para a mobilização no Congresso Nacional onde espera-se seja votado o projeto de Lei que cria a profissão do árbitro no Brasil.

Por fim, a foto oficial do evento, embora desfalcada de alguns participantes que já haviam deixado o local, confirmou a tônica do Congresso. União, amizade, respeito, companheirismo, determinação e uma certeza: O Congresso de 2011, com certeza, ficará guardado na nossa memória como o melhor de todos os tempos, mas outros ainda melhores ainda virão.  

Cobertura
Textos e fotos Júlio Cancellier


 Fonte: Anaf

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Congresso dos árbitros reúne 26 estados em Florianópolis

Foto: Anaf
Foi aberto oficialmente na tarde desta sexta-feira (18), em Florianópolis, o XXX Congresso Brasileiro de Entidades e dos Árbitros de Futebol, promovido pela ANAF, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol.

O encontro termina no sábado, com a aprovação de um documento em que a categoria vai pedir que seja reconhecida a profissão do árbitro.

Estão representados 26 Sindicatos estaduais. De acordo com o presidente da entidade, Marco Antônio Martins, “este é o maior Congresso da ANAF de todos os tempos, com presença de todos os estados com sindicatos”.

O XXX Congresso começou com a reunião do Conselho Fiscal, que analisou o parecer pela aprovação das contas da diretoria.

Também participa do encontro uma delegação africana. A presença internacional demonstra a importância do evento e o interesse de outras nações de conhecer a estrutura das entidades no país que sedará a próxima Copa do Mundo, segundo o presidente da ANAF.

A delegação de Angola, chefiada pelo primeiro vice-presidente da entidade nacional de árbitros, Manuel da Rosa (foto), é composta ainda por Canda da Costa (2º vice-presidente), Belmiro Carmelino (secretario geral) e Manuel da Cunha, representante da Federação Angolana de Futebol (FAF). Esta é a primeira presença da Angola no evento.

O futebol angolano ocupa atualmente a 86a posição no ranking FIFA/Coca-Cola. A melhor posição foi 45 – Julho 2000. A Seleção Angolana de Futebol, conhecida como os “Palancas Negras”, é a equipe nacional, controlada pela Federação Angolana de Futebol. Em 8 de Outubro de 2005, Angola classificou-se pela primeira vez para a Copa do Mundo de Futebol.

Fonte: Anaf

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Raio-X da arbitragem

Allan Costa Pinto

O manual do Assessor de Arbitragem da CA/CBF, diz que: a carreira do árbitro avaliado depende muito da motivação para uma melhor atuação, da orientação para o desempenho esperado e da oportunidade da correção e, sobretudo, da qualidade da avaliação.
Pablo dos Santos Alves, o árbitro de Atlético 1 x 0 São Paulo, realizou uma arbitragem dentro dos princípios fundamentais das Regras do Jogo de Futebol. Foi simples, objetivo, deixou o jogo fluir com estilo, teve capacidade mental para discernir quando houve contato físico sem falta e quando aconteceu contato físico com a intenção de se cometer uma infração.
Nos quesitos disciplinares agiu com asserção, agilizou o reinício de jogo a cada paralisação e acrescentou o tempo em que a bola esteve fora de jogo. Nas consultas disciplinares, manteve perfeito contato visual junto aos assistentes, agindo com muita discrição, o que lhe proporcionou tomar decisões com exatidão.
E, por último, teve como fator principal a motivá-lo na arquibancada da confortável Arena da Baixada, a presença do Instrutor da Fifa, Aristeu Leonardo Tavares, designado pela CA/CBF, com a missão precípua de realizar a avaliação do desempenho do indigitado árbitro. Ótima atuação em partida de dificuldade média.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sob o microscópio

Foto: Apito do Bicudo
Na Colômbia, México, Costa Rica, Argentina e Brasil para citar alguns países, abundam os analistas de arbitragem, nomes como Felipe Ramos Rizo, Arturo Brizio, Sanchez Angel,Carlos Simon (foto), Leonardo Gaciba, Rafael Mendez e Ramon Sanabria, só para citar alguns famosos no continente americano, fazem um trabalho sério e consciente a cada semana e ano após ano, mais especialistas como esses proliferam na mídia desportiva e eu me incluo nesta lista.

Duras críticas
Sobre os analistas dizerem, que ninguém pode refutar, porque "eles são os donos da verdade revelada", outros são mais crude nos qualificativos no que eles observaram  "são uma das maioresmentiras dos últimos tempos do futebol mundial.Os mais ousados ​​comentam que os árbitros mais comunsde um momento para o outro se tornaram os paradigmas da fé e da verdade, e como se isso não bastasse, aspiram  posições nas Comissões de Arbitragem em todos os níveis, para ensinar o que nunca aprenderam, entre outras coisas.

Obra velha
Hoje, no exercício desta função, realizamos nosso trabalho apoiados pela tecnologia, nos sentamos diante de um microfone, de uma câmera ou escrevemos num jornal detectando quando os árbitros estão certos ou errados, como sempre fizeram. Repetimos as jogadas diversas vezes, antes de fornecer o veredito final com a pena merecida, ou seja, se deve ser expulsocomo árbitro do jogo"é a nossa vez", e na maioria fornecemos os argumentos para apoiar o que dizemosmas o mais importante é que oferecemos ao telespectador, ouvinte ou leitor os argumentos para que ele tenha sua própria concepção.

Para corrigir
Esse trabalho não é invenção nossa, foi criado pelos diretores dos espaços esportivos que viram a necessidade de que uma pessoa com o conhecimento das Regras do Jogo de  Futebol, preste orientação aos torcedores. Alem disso, a Fifa  utiliza este sistema para corrigir os árbitros internamente, chamado de 
feedback  ou de retroalimentação instantâneo ,  que é uma técnica muito útil, porque ensina ao árbitro olhar o que tem que olhar e corrigir os erros.  Acontece que o que mostramos aos fãs, algumas vezes pode parecer "demasiado sensacionalista".

Beneficia as associações
Não é que todos aqueles que desenvolvem essa atividade   se julgam donos da verdade - ao menos não é o  meu caso - apenas  com base na experiência, e com o que aprendemos, fornecemosos argumentos legais, para orientar a opinião pública em diferentes estilos, livres do ódio e opiniões firmes, mas às vezes pode ser visto como prejudicial para os árbitros ou associações. Penso que independentemente de quem faz a análise de arbitragem e o país aonde são feitas, é melhor que seja realizado por "um ex-árbitro," porque recai sobre alguém que conhece as leis e é menos arriscado de que seja feito por qualquer comentarista, na maioria dos casos sem fundamento e sem o devido conhecimento.  Pessoalmente, acredito  que este trabalho, que está em processo de expansão - e não porque eu o faço - beneficia a arbitragem de cada associação.
E você leitor, o que pensa?
Fonte: Revista Árbitros/José Borda

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Saiba quem foram os melhores do apito: 2011

 Paulo Cesar de Oliveira
Ao árbitro de futebol cabe conhecer profundamente as Regras do Jogo e suas atribuições, como interpretá-las e aplicá-las adequadamente. Isso se revela em sua conduta dentro do campo de jogo nas tomadas de decisões. O árbitro inteligente, afirmava Kenneth George Aston, professor, soldado,  árbitro na Inglaterra, criador dos cartões amarelo e vermelho, e ex- presidente da Comissão de Árbitros da Fifa:  fala apenas o necessário, é discreto, é bem preparado física e tecnicamente, e é possuidor de reflexos aguçados para decidir com asserção. Porque um trilar de apito equivocado muda o resultado de uma partida.
Em recente palestra num seminário para árbitros da Uefa, Pierluigi Collina, eleito seis vezes consecutivas o melhor árbitro de futebol do planeta, disse que na arbitragem no mundo globalizado, não há espaço para apitos que explicitam nervosismo, obséquios, compensações, arrogância, prepotência, indecisão, dramaticidade e negligência. Diante do exposto, os árbitros que agregaram todos os requisitos mencionados acima no Brasileirão/2011, foram: árbitro, Paulo Cesar de Oliveira (Fifa/SP). Árbitro revelação, Wilton Pereira Sampaio  (Asp/Fifa-DF), e árbitro assistente Roberto Braatz (Fifa/PR).
 Wilton Pereira Sampaio

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sem a presença dos Fifa, rodada foi normal

Futebolparanaense.net
Jaílson Macedo de Freitas estava com a visão obstruída no lance do suposto pênalti em Ronaldinho Gaúcho.
A 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no final de semana que passou, foi uma das poucas que não teve a presença de nenhum árbitro do quadro da Fifa, apitando na Série A este ano. Se trouxe preocupação às equipes antes da bola rolar a não inclusão dos nomes considerados da elite da arbitragem brasileira, no  crepúsculo de tarde e no limiar da noite de domingo, os apitos escalados tiveram a aprovação da CA/CBF nas usas decisões.

Com o epílogo do Brasileirão se aproximando, e a acirradíssima disputa que ora se trava na parte de cima e na parte de baixo da tabela, é exigido do árbitro e seus assistentes, 100% de acerto nas tomadas de decisões. Alguns árbitros escalados na rodada do final de semana,  são jovens promissores em processo de maturação, e num esporte que na nossa opinião é composto no seu bojo de  50% de esporte e 50% de sociologia, dirigir um espetáculo com essas características não é fácil.

O futebol é o único esporte que tem essa  equilibrada interface – só um cego não vê – é capaz de provocar infarto e morte, briga entre vizinhos e às vezes entre familiares. É o verdadeiro impacto sócio-econômico dos pés na bola que procuro mostrar nas palestras que tenho feito ao longo do tempo para os mais diversificados públicos, objetivando  mostrar  suas peculiaridades lúdicas, sociais e
econômicas.

Feito o intróito acima, cumprimento os árbitros Andre Luiz de Freitas Castro, Wiltom Pereira Sampaio (o mais jovem ASP/Fifa),  Celber W. Abade, Jailson Macedo de Freitas, que não marcou um penal  em desfavor do Coritiba x Flamengo, mas é bom lembrar que o seu campo visual estava obstruído  pela presença de vários jogadores a sua  frente. Anderson Daronco, Nielson Nogueira Dias, que foi asperamente criticado numa partida de alta dificuldade e saiu-se muito bem.
Blog do Bicudo
Luiz Flávio de Oliveira cometeu apenas pequenos erros em seu último jogo
Edivaldo Elias da Silva, Antonio Schneider, Luiz Flavio de Oliveira e Periclez Bassols Cortez. Todos cometeram pequenos equívocos, mas se tivéssemos os Fifa apitando, os erros, os senões, as reclamações,  as insurreições, e a transferência de responsabilidade daquilo que os técnicos e os atletas deixaram de fazer ou se equivocaram, seria  transferido automaticamente aos denominados árbitros top de linha do nosso futebol.
Futebolparanaense.net
Andre Luiz de Freitas Castro fez uma boa arbitragem
PS: como um toque final deste articulado, sabendo-se que o  Campeonato Brasileiro, um dos maiores do mundo, está em tempo de afunilamento, sem tirar o crédito ou o mérito de todos aqueles que apitaram na última rodada, parece-nos, que os responsáveis pela escalação, foram por demais otimistas ao não escalar nenhum dos 10 árbitros da Fifa,  com os quais pode manejar, de
forma a afastar quaisquer surpresa.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Gente que ignora seu potencial!

O futebol brasileiro, através dos seus cartolas, até a data presente não assimilou a responsabilidade que tem em relação aos árbitros, muito menos adotou qualquer medida de sustentabilidade a esta categoria, embora seja notório que é a mais importante de todas, tanto para o cumprimento das Regras do Jogo de Futebol, como também para cooperar para a sua evolução.

Sabe-se que nos tempos atuais, nenhuma regra protetiva foi legislada a favor desta categoria, a não ser o que é noticiado na legislação, que não há relação empregatícia com clubes, associações, federações e confederações, o que é uma regra rigorosamente inconstitucional.

Isso significa a própria desconsideração social a essa classe de trabalhador, embora seja possível afirmar, que o desinteresse é recíproco. Inúmeras vezes já escrevemos que os árbitros na sua maioria absoluta, são atraídos na sua maioria pela pecúnia que recebem em face dos 90 minutos de atividade, sem passar-lhes pela consciência da verdade absoluta, o que representam no mundo do futebol. O que além de lastimável, declina uma mentalidade carente da inteligência quanto aos seus direitos.

Tudo é difícil, mas nada é impossível. Nesta afirmação, cursa a verdade de que já se torna mais que necessário abrir frentes de consolidação de direitos para uma garantia do presente e do futuro.
Por exemplo: médicos, advogados, engenheiros, professores de educação física e até os músicos possuem um conselho de fiscalização, que atua diretamente nos interesses da categoria e os quais são criados por lei federal.

Já os árbitros, vivem de associações, sindicatos e federações, entidades de caráter assistencial que, de outro lado, os seus membros tem poderes limitados e se subordinam facilmente aos cartolas, por lhes faltar qualquer atividade legal.

No próximo final de semana (18 e 19) do mês em curso, na cidade de Florianópolis (SC), está designada uma Assembléia Geral da (Anaf), que a princípio tem como objetivo dizer publicamente à cartolagem que comanda o futebol brasileiro, o efeito relevante que a comunidade do apito possui no futebol. Lá também será discutido o Projeto de Lei 6405/2002, que versa sobre a regulamentação da categoria dos homens de preto, que está “dormindo”, há nove anos, numa das gavetas de alguma comissão, por absoluta inércia dos maiores interessados, os árbitros de futebol.

Mas, meu caro internauta, que está tomando conhecimento deste escrito, pode ficar certo que após a nominada assembléia, tudo ficará como está, eis que não há espírito de união na confraria do apito e cada qual quer sobreviver individualmente sem a mínima preocupação com os desígnios dos respectivos colegas. 

Acrescente-se ao exposto, que ao contrário dos árbitros, a TV, os cartolas, os clubes, as federações e a CBF, quando os seus interesses correm algum risco se "fecham em copa" e não abrem espaço para ninguém.
Caso a mentalidade do homem do apito não faça verter sentimentos do que na realidade representa no futebol, talvez no próximo século, ao lado do Senhor na eternidade, estarei escrevendo nas nuvens o que estou agora focalizando.

Acredito que escrevi uma verdade que não pode ser desmentida. Quem viver verá, como dizia o Boluca, o mestre do jornalismo esportivo paranaense, na sua coluna no jornal Tribuna do Paraná.