quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Raio-X da arbitragem


Quando o árbitro planeja a metodologia de arbitragem com os assistentes e o quarto árbitro, ou seja, elabora um plano de trabalho, define os procedimentos, a dinâmica e alguns sinais próprios que pretende adotar durante a partida, isto é observado logo no início do jogo e durante todo o seu transcorrer. Em assim agindo, o árbitro evita marcações e sinalizações confusas e divergentes entre os membros da arbitragem e o seu trabalho ao final é coroado de êxito.
Foi desta forma, que Marcelo de Lima Henrique (foto-Fifa/RJ), dirigiu Atlético/PR 1 x 0 Vitória/BA. Nos aspectos técnicos, teve excelente posicionamento com a bola em jogo. Aplicou corretamente e com coerência as regras. Suas decisões tiveram critérios equitativos. Suas sinalizações foram adequadas, de forma que todos puderam entender o que estava sinalizando. Utilizou pouquíssimas vezes o apito, mas quando usou o fez de maneira adequada. Agilizou o reinício de jogo a cada interrupção como determina a regra. Interpretou quatro lances de lei da vantagem com raro brilhantismo. Interpretou e marcou as indicações de impedimentos assinaladas pelos assistentes em todas as vezes em que ambos se manifestaram, o que significa estar integrado com os componentes da arbitragem.
Nos aspectos disciplinares, não permitiu em nenhum momento que sua autoridade fosse questionada. Praticou a arbitragem preventiva através ( de olhares, sinais, do diálogo e quando necessário aplicou o cartão amarelo). Todas as advertências (cartão amarelo) foram corretas. Demonstrou ótimo controle emocional. Ótima postura no momento de advertir verbalmente/aplicar cartões aos atletas. Teve presença física em todas as jogadas. Exibiu bom condicionamento físico durante todo o jogo, deslocando-se de acordo com a velocidade exigida nas jogadas. Excelente atuação em partida com grau acentuado de dificuldade. Os assistentes Altemir Hausamann e Lilian da Silva Fernandes foram perfeitos no posicionamento e trabalho em equipe.
Em tempo: O gravíssimo equívoco do árbitro assistente Eric Bandeira (Fifa/PE), no Corinthians 1 x 1 Botafogo, ontem à noite, no Pacaembu, quando anulou o lance legítimo do atacante Herrera do Botafogo, não pode ser atribuído ao árbitro central Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS). Porque quem estava na linha e de frente para a jogada como determina o manual da Fifa e tinha o lance na sua totalidade dentro do seu campo visual era o nominado assistente. Vuaden, estava na diagonal do assistente e naquele tipo de lance a regra determina ao árbitro que ele deve aceitar a sua informação, visto que, o assistente possui uma melhor posição e visualização da jogada.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário