quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Última chance

Nesta quinta-feira acontece o derradeiro teste físico para os árbitros e assistentes da Fifa
VALDIR BICUDO

Nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, na pista de atletismo do Clube São José em São Caetano Sul/SP, acontece o derradeiro teste físico para os árbitros e assistentes da Fifa que foram reprovados há quinze dias no Rio de Janeiro. Nomes de expressão como Evandro Rogério Romam/PR e Wilson Luis Seneme/SP – este último nem fez o teste –, e outros reprovados no teste anterior, se não atingirem os índices exigidos pela Fifa perdem o escudo da entidade que controla o futebol no planeta.
O teste físico aplicado pela Comissão Nacional de Arbitragem da CBF obedece os padrões internacionais utilizados pela Fifa aos seus árbitros. A saber: seis tiros de 40 metros em 6,2 segundos, com 40 segundos de recuperação para o árbitro entre um tiro e o outro. Seis tiros de 40 metros para o árbitro assistente em 6,0 segundos, com 35 segundos de recuperação entre um tiro e o sequencial. Pensa que terminou? Nada disso. Vinte tiros de 150 metros em 30 segundos, com 35 segundos de recuperação entre um tiro e outro para o árbitro. Vinte tiros de 150 metros em 30 segundos, com 40 segundos de recuperação entre um tiro e outro para o árbitro assistente.
O que se deduz do exposto acima, é que o árbitro de futebol do século XXI, sem uma rotina diária de exercícios de excelência, não terá condições de executar o teste de maneira eficaz. Porque além de reprovar, enfrentará a chacota e uma sequencia de estiramentos musculares, principalmente de isquiotibiais (posteriores da coxa), adutores, gastrocnêmio (panturrilha) e quadríceps, além das contraturas e entorses ligamentares.
PS: De todo o escrito, no momento em que a imprensa esportiva, os clubes e o torcedor demonstram preocupação com a sequencia de tomadas de decisões equivocadas no campo de jogo pela arbitragem, eis que um grupo de árbitros da CBF de alto coturno acentua esta preocupação, já que irão “guerrear” para escapar da guilhotina e assim evitar perder o que mais aspira o árbitro, o escudo da Fifa.
Mas não é difícil entender o que está acontecendo. Falta investimento no homem que se veste de preto; faltam pessoas com capacitação para realizar testes vocacionais no indivíduo que aspira ser árbitro. Não existe mais árbitro por vocação, só por dinheiro. Falta a CBF investir um percentual das estratosféricas verbas de publicidade que a entidade arrecada, na Escola Brasileira de Futebol, que tem por objetivo melhorar o nível da arbitragem. Falta o ponto eletrônico no quarteto de arbitragem para melhorar a comunicação no campo de jogo. Neste quesito, a CBF, dos grandes centros do futebol mundial, é a única entidade que ainda não adquiriu este equipamento. Falta a bandeira eletrônica com (Bip) para um grupo expressivo de assistentes. Enfim, falta tudo.
Fonte Justiça Desportiva
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

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