domingo, 24 de outubro de 2010

"Não estão preparando os árbitros para a velocidade do futebol"

[Presidente do Botafogo diz que erros de arbitragem é devido a falta de preparação e não profissionalização]




Raphael Petersen e Daniela Lameira/Justiça Desportiva




Site Justiça Desportiva
Assumpção questiona arbitragem brasileira
Os campeonatos começam, terminam e a questão que permanece em discussão são os erros de arbitragem. Faltas não marcadas, expulsões, gols anulados, erros que podem prejudicar uma equipe e modificar posições em uma competição. De acordo com o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção o que falta é profissionalização da arbitragem brasileira e uma melhor preparação dos árbitros para acompanharem as mudanças no mundo da bola.


“Acho que a preparação do árbitro é que tem que ser profissionalizada. Eu não vejo hoje com a dinâmica do futebol, com o avanço tecnológico do futebol e da preparação dos jogadores, por exemplo, isso no quadro de arbitragem. Não vejo, acho que é essa a grande deficiência”, revelou o presidente em entrevista ao site Justicadesportica.com.br.
O mandatário botafoguense afirma que o futebol está em constante mudança. A percepção do jogo ficou muito mais aguçada e os árbitros não estão acompanhando essas modificações. “O jogo está mais dinâmico, está mais rápido, a impressão que a gente tem é de que o árbitro ainda está na época do polichinelo. Polichinelo eu fazia na minha época de colégio, que o professor de educação física mandava todo mundo fazer. Essa é a impressão que tenho é que não estão preparando os árbitros para a velocidade do futebol, para a exigência física e de percepção”, disse.
Além disso, Assumpção destaca que os árbitros quase não são punidos devido questões trabalhistas. Eles atuam como autônomos, ou seja, recebem por cada partida. “Acho que tem uma questão de lei trabalhista. Vamos supor que você é um árbitro profissional, você comete um erro e a Confederação te pune ficando cinco jogos sem apitar, e aí como você fatura? Como é que se vive? Como é que se põe salário dentro do bolso se você recebe uma punição dessa? Então tem algumas questões trabalhistas que tem que ser vislumbradas nessa questão do profissionalismo”, finalizou o presidente.

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