sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ninguém pode fazer nada por eles


Num primeiro plano, a CBF ao afastar três árbitros e quatro assistrentes, naturalmente por equívocos técnicos, fê-lo apenas no sentido paliativo, visto que o mal maior reside no núcleo da questão, que se reflete no fato do nosso corpo de árbitros brasileiros viver um dissenso incontrolável já há muitos anos.
Não temos base instrutória a começar pelas Federações Estaduais desses profissionais, que inclusive desde que inventaram o futebol continuam vivendo como inimigos que dormem na mesma cama, pois são "homens de bico", que fazem do apito um colaborador do seu orçamento.
Nunca se viu na história das categorias de profissionais como a dos árbitros pela falta de unificação e que vivem no propósito de um puxar o tapete do outro, para ser beneficiado com as míseras taxas que recebem.
Consequentemente, quem não tem a inteligência ética, fatalmente lhe faltará o saber científico para demonstrar na difícil arte de apitar uma partida de futebo,l competência absoluta e nunca relativa como vem acontecendo.
Caso a CBF tivesse feito uma varredura geral nos árbitros brasileiros estaria certo, pois eles representam pela que são uma "legião" de estrangeiros, todos mais interessados no "faz me rir" do que no aprendizado mais concreto de uma das mais complexas atividades que qualquer profissional desenvolve, por ser imperativo o raciocínio em alta velocidade. Diante do que, como a sociologia já demonstrou, aquelas categorias que não se atraem por interesses recíprocos tem que sofrer na carne, como acabou de acontecer com os nominados árbitros, que foram desagregados das escalas nos próximos 20 dias.
Se ao menos existisse um sindicato para defendê-los, mas não existe, como de outro, sim, existe a alegria dos remanescentes que viram desta forma a possibilidade de serem mais vezes selecionados para a cumbuca.
Que este triste episódio envolvendo os sete homens de preto que foram cancelados nos arquivos da CBF momentaneamente, não atinja outros membros do quadro nacional, porque daí será o fim da picada. Uma categoria de tanta relevância como é a do árbitro de futebol, já deveria ter muito mais do que uma associação ou um sindicato, que pela unidade com os demais já deveriam ter criado a Confederação Brasileira dos Árbitros de Futebol, pelo que estariam dispensados inclusive de dar bola à propria CBF e ter uma existência jurídica digna pela cooperação e suporte dos direitos trabalhistas. Aliás, a Anaf deveria aproveitar este acontecimento e exigir da CBF uma requalificação de todos os árbitros e assistentes do quadro nacional, via Escola Brasileira de Futebol, objetivando melhorar a qualidade da arbitragem brasileira e com isso minimizar os equívocos dos árbitros nas tomadas de decisões.
PS: Perguntar não ofende: Para que serve a (Anaf) Associação Nacional dos Árbitros de Futebol?
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

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