segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Raio-X da arbitragem


Foto: Edu Andrade / Gazeta Press
Quando um árbitro deixa de agir com isonomia nas tomadas de decisões no campo de jogo, os erros na marcação de faltas, pênaltis, impedimentos e a aplicação de cartões tornam-se clarividentes. O desempenho da arbitragem de Sálvio Spínola Fagundes Filho (Fifa/SP), no prélio, Grêmio 3 x 1 Atlético/PR, no Olímpico, em Porto Alegre, no sábado, teve estas caraterísticas.


A partida foi disputada sob um clima de fortíssimas pegadas e em alguns momentos teve indícios de uma guerra, como a maioria dos jogos deste Brasileirão que é um campeonato dificílimo. Além disso, os atletas no Brasil conseguiram desenvolver com rara perfeição, a prática da simulação, prática essa imposta com muita “perfeição”, pelo gremista Edilson, aos 11 minutos da etapa final, que desequilibrou-se numa jogada dentro da área de pênalti e acabou levando no “bico” o bom árbitro Sálvio Spínola, que assinalou pênalti inexistente contra o rubro-negro da Arena da Baixada. Não foi pênalti, e o atleta do Grêmio, deveria ser punido com cartão amarelo por ter simulado ter sofrido uma falta. (Conduta antiesportiva).


O árbitro brasileiro não conseguiu ainda diferenciar simulações, puníveis com cartão amarelo e tiro livre indireto, de quedas casuais em função de um contato físico ou mesmo de um tropeço, quando não deve ser marcado. A culpa, é dos próprios árbitros, que ao invés de buscarem a requalificação, buscam a próxima escala.


PS: O Cruzeiro quer levar ao Clube dos 13 na próxima reunião a discussão sobre a atuação dos árbitros no Brasileirão. Os dirigentes do clube das alterosas acreditam que levantar essa pauta na reunião da entidade mobilizará os demais cartolas a pressionar a Comissão de Árbitros da CBF. O entendimento do Cruzeiro após a partida contra o Corinthians, que entendeu inexistente o penal que decidiu o cotejo, nem uma relevância tem, isso porque os árbitros são autônomos em relação aos clubes. O correto, seria a entidade Clube dos 13, que fatura uma grana altíssima a cada temporada, apresentar um projeto de excelência em conjunto com a CBF para a melhora da qualidade da arbitragem brasileira. Por exemplo: Viabilizar mecanismos para que a (Conaf) Comissão Nacional de Árbitros da CBF, implemente o ponto eletrônico para o quarteto de árbitros utilizar em todos os jogos da Séria A e da Série B. Estabelecer critérios de requalificação aos árbitros na própria federação de onde o árbitro ou assistente é originário a cada rodada como faz a Premier League na Inglaterra e a Uefa nas suas competições.

E, quando ficar comprovado que houve equívocos, submeter o árbitro ou assistente a um bateria de testes e somente escalá-lo novamente após apresentar totais condições. O clube dos 13 poderia formar uma comissão (três pessoas) - para auditar a atuação dos árbitros nos quesitos psicológico, teórico, físico e prático, para daí gestionar junto a Conaf. Criar um grupo de instrutores formado por ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo, objetivando a requalificação da arbitragem nacional e extinguir o atual quadro de Observadores de Árbitros da CBF, composto em vários estados por um grupo de “alienígenas”. De onde virá a grana para a implementação dessas medidas revolucionárias para a melhora qualitativa do árbitro de futebol no Brasil? Perguntem a CBF e ao Clube dos 13.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

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