Converso ao telefone com o Dr. Claudio Luiz Pacheco, futuro 1º vice-presidente da Associação Profissional dos Árbitros do Paraná, sobre a eleição da entidade que acontecerá no próximo sábado, na cidade de Palmas (PR). Pacheco é funcionário público municipal de Curitiba, advogado, pessoa equilibrada e questionado sobre quais são os projetos futuristas para a categoria dos árbitros paranaense, educadamente me disse ao telefone: manter e aperfeiçoar o que existe de bom e lutar por novas conquistas em benefício da confraria do apito da terra dos pinherais, já que esse é o principal objetivo da nova diretoria que ele compõe.
Ainda, no breve diálogo estabelecido com o Dr. Claudio Pacheco, perguntei-lhe sobre essa escabrosidade que é a cobrança por parte da Federação Paranaense de Futebol de (R$ 170.OO) de cada árbitro, para que o árbitro possa apitar as competições da FPF, escabrosidade essa implementada este ano pela administração da Casa Gêneris Calvo. Lembrei-o de que a FPF é a única entidade do Brasil a praticar tal ato, e quando questionado pela segunda vez sobre esse descalabro ele me respondeu: "minha opinião pessoal é contrária a essa cobrança". Porém, vamos discutir em reunião de diretoria o tema.
Sentiu-se nesse curto diálogo com Claudio Pacheco, que é uma personagem que tem filosofia própria, é autônomo em razão da administração que fará, sendo que se assim proceder é possível que venha a ter a nova diretoria uma gestão exitosa, desvinculando os árbitros de uma possível subordinação à Federação Paranaense de Futebol, eis que tal vínculo não tem nenhuma vinculação jurídica. Já se escreveu e vai se continuar escrevendo que a categoria de árbitros no Brasil, da forma como se sustenta e é sustentada, não encontra em nenhuma outra profissão semelhança desde que se fale em liame subordinativo.
Temos para nós que o árbitro de futebol é só um árbitro. Não tem garantias de nenhuma espécie nas partidas que atua, mas tudo isso é culpa dos próprios árbitros, eis que ja está no tempo de criar-se um órgão que reconheça o árbitro de futebol, não só profissionalmente, mas também com garantias suficientes nos riscos que corre no exercício de suas atividades. É melhor pensar no assunto já, do que continuar com esse imbróglio jurídico para o futuro que só terá solução num outro futuro bem distante.
PS: A posição independente de Claudio Luiz Pacheco, sobre a cobrança absurda de (R$ 170.00) de cada árbitro da FPF, é bom lembrar de que é um caso sui gêneris no Brasil, reflete uma posição que contrasta com a submissão do atual presidente da Associação dos Árbitros do Paraná e da Comissão de Arbitragem da federação Afonso Vitor de Oliveira. Resta saber, se Claudio Pacheco terá o apoio dos demais congêneres da associação para dar um fim nesse descalabro já para 2011. A taxa de inscrição nunca foi cobrada pela FPF. Ela foi implementada em 1988, para propiciar condições de gerenciamento a associação, e desde então pertenceu na sua integralidade à associação até 2008. Cogita-se que o apego ao poder e a consequente submissão de Afonso Vitor de Oliveira à Federação Paranaense de Futebol fizeram-no impingir esse descalabro à categoria dos árbitros paranaenses. A pergunta que todos fazem é: a nova diretoria terá coragem de enfrentar essa escabrosidade ou vai continuar na mesma linha de submissão de Afonso Vitor de Oliveira?
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
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