quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cabide de emprego

Quando a bola rolar, às 17h, na partida inicial da Copa do Brasil 2011, no jogo Bangu x Portuguesa/SP, em Moça Bonita, no Rio de Janeiro, na tarde de hoje, o Observador de Arbitragem escalado pela CBF para esta partida, Messias José Pereira e os demais observadores escalados para as demais pelejas que adentrarão à noite, colocarão em prática o novo Manual do Observador de Arbitragem anunciado pela Fifa no último mês de dezembro, na cidade de Assunção (Paraguai).

Recebi de forma pormenorizada de um dos instrutores da Fifa, o novo manual e confesso que ao lê-lo na íntegra, cheguei a conclusão de que a CBF ao criar esse quadro, fugiu de um critério que não poderia de forma alguma ser desprezado. Explico: a tarefa do Observador de Arbitragem de acordo com determinação da Fifa deve ser exercida por ex-árbitros como notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol. Ressalte-se que o futebol paranaense tem contribuído para esse descalabro, indicando como observador, gente que nunca sequer apitou uma partida de futebol de pelada. É o fim da picada! Pobre futebol paranaense!
É verdade que indicar árbitros para essa função resultaria em corporativismo, e criaria um clima de animosidade entre os próprios árbitros. Da mesma forma se era projeto, como o foi, indicar pessoas que nunca apitaram uma partida de futebol para exercerem esse mister, até o presente momento só trouxe consequências negativas para a arbitragem nacional, e, a continuidade dessa indecência acentuará ainda mais a falta de qualidade e colocará em risco a credibilidade das avaliações realizadas por essas pessoas. Ressalte-se que o futebol paranaense tem contribuído para esse descalabro, indicando como observador, gente que nunca sequer apitou uma partida de futebol de pelada. É o fim da picada! Pobre futebol paranaense!

O correto era a CBF determinar a todas as federações estaduais, a implementação de uma escola especializada para ex-árbitros nesse sentido, pois na teoria e na prática o Observador de Arbitragem deve ter conhecimento igual ou superior ao árbitro nas leis que regem o futebol dentro do campo de jogo.

Diante do que, não tenho nenhum constrangimento em afirmar de que há vários casos esgarçados pelo Brasil afora, onde a função de Observador de Arbitragem da CBF, é um verdadeiro “cabide de emprego”, que privilegia alguns “apadrinhados” da cartolagem que comandam o futebol pentacampeão do mundo, cujo benefício principal é reforçar o orçamento mensal dos seus indicados.
PS: Por isso, esse tipo de “Observador de Arbitragem” é dispensável, porque só proporciona prejuízos aos avaliados e, por extensão, aos clubes, embora sejam parcos os seus honorários. Pois quem não sabe e não domina a matéria nada observa.
Valdir Bicudo - bicudoapito@hotmail.com

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