terça-feira, 3 de maio de 2011

Orlando Silva cobra ação da CBF contra violência nos estádios

Para ministro, confusão dentro de campo incita violência entre as torcidas dentro e fora dos estádios


BRUNO LOUSADA - Agência Estado
RIO - O ministro do Esporte, Orlando Silva, cobrou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) punição rigorosa a atletas e integrantes da comissão técnica dos clubes que se envolvam em episódios de violência em campo. Ele se referia às recentes confusões em estádios do País. No último domingo, por exemplo, o jogo entre Goiás e Vila Nova, pelo Campeonato Goiano, terminou em briga generalizada. Recentemente, houve pancadaria também entre jogadores de Botafogo e Avaí, na Ressacada, em partida válida pela Copa do Brasil.

Para o ministro, a confusão provocada por esses profissionais incita a violência entre as torcidas dentro e fora dos estádios. "Fase final de torneio sempre aflora esse fenômeno que é nefasto para o futebol brasileiro. Creio que a CBF deva tomar medidas duras para punir os atletas que tenham praticado ato de violência", disse Orlando Silva, antes de participar de um evento para discutir vários temas ligados ao esporte, nesta segunda-feira, num hotel da zona oeste do Rio.


Antes do clássico do último domingo, entre Flamengo e Vasco, na final do segundo turno do Campeonato Carioca, uma pessoa morreu e pelo menos cinco ficaram feridas após briga entre as duas torcidas em alguns pontos do Rio. No mesmo dia, corintianos e palmeirenses entraram em confronto antes do jogo decisivo do Paulistão e pelo menos um torcedor ficou ferido com gravidade. Em Goiânia, um rapaz morreu durante o choque das organizadas de Goiás e Vila Nova.


Segundo o ministro, é preciso também "revistar" a estrutura e os esquemas de segurança dentro e no entorno dos estádios para garantir a tranquilidade do torcedor. Ele exigiu também combate às gangues que se reúnem para brigar sob o pretexto de torcerem para times de futebol contrários. "Elas têm que ser punidas exemplarmente. Usar o Código Penal. Isso não tem nada a ver com esporte", afirmou Orlando Silva.

Nota do Apito do Bicudo:  A violência nos estádios no Brasil está institucionalizada em que pese os ingentes  esforços  do Ministério Público, caso do Promotor Paulo Castilho em São Paulo e do Poder Judiciário. Porém, apenas isto não basta. É imperativo que o Congresso Nacional tome medidas de segurança mais efetivas de natureza punitiva a fim de segregar os malfeitores que percorrem nossos estádios e adjacências justamente para a prática da violência tão sórdida como foi vista neste final de semana e outros acontecimentos com mortes e inúmeras pessoas feridas todos armados de instrumentos grosseiros com se estivesem guerreando no passado.

 As leis criminais atuais já parecem que não escudam este tipo de violência, muito menos adverte os deliquentes travestidos de "torcedores organizados",  pelo que poderia o Congresso Nacional gerar uma legislação específica para os delitos perpetrados por este tipo de ação no futebol, já que as existentes na área administrativa se demonstraram incapazes de conter a turba. E o pior vai acontecer, porque o futebol está se  tornando uma paixão irreversível aos seus adeptos e a prova de tudo isso foi domingo último, quando em diversos pontos do país, houve a explosão de  sangretas batalhas que mais se pareciam  filmes de guerra concluídas,  sendo que o maior perdedor foi o Brasil,  porque as mesmas foram assistidas em Assunção  (Paraguai), pela nata da cartolagem mundial.

Explica-se: lá foi realizado o Congresso da Confederação Sul- Americana de Futebol e foi  reeleito Nicolás Leoz presidente da entidade, e  na mesma galera importantísssima encontravam-se as seguintes personagens: Joseph Blatter, presidente da Fifa, Michel Platini, presidente da Uefa,  Mohammede Bin Hamman, presidente da Confederação Asiática de Futebol, Angel Maria Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol, Jenji Ogura, presidente da Confederação de Futebol do Japão e Jerôme Valcke, secretário geral da Fifa.
Apenas para argumentar: Somente dois estados no Brasil implementaram até o presente momento o Juizado Especial Criminal nos estádios na sua plenitude como determina o Estatuto do Torcedor. Pernambuco e São Paulo. O Campeonato Brasileiro começa daqui a quinze dias e pelo andar da carruagem a violência e a morte continuarão rondando os estádios de futebol e fazendo suas vítimas.

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