quinta-feira, 14 de julho de 2011

Crônica de uma decadência

 No dia 18 de março do ano em curso, foi realizado o teste físico da Fifa para os árbitros da Federação Paranaense de Futebol, que pertencem ao quadro nacional da CBF, na pista da (UEL) - Universidade Estadual de Londrina, e o árbitro da Fifa/PR, Evandro Rogério Roman não compareceu.
Diante do acontecido, novo teste físico foi marcado pela CA/CBF, que foi efetivado em 28/04/2011, no Rio de Janeiro, e lamentavelmente o indigitado árbitro reprovou. Como as competições da CBF são tratadas com seriedade, Romam, foi afastado das escalas do Brasileirão/2011.
Passados setenta e seis dias, (nesta quinta feira, 14), outro teste físico foi realizado pela CA/CBF, para o árbitro do Paraná e àqueles que haviam sido reprovados em outros testes pelo país afora, na pista do Centro-Interescolar de Educação Física, em Brasília (DF). O teste teve início às 7h30 da manhã e terminou às 11h30, e mais uma vez, lamentavelmente, Evandro Romam foi reprovado, sob os olhares imutáveis do competentíssimo doutor em Educação Física e instrutor da CBF, Dionísio Roberto Domingos.
Romam, terá agora novo prazo, que se expira no próximo mês de setembro, e se não for aprovado no último teste Fifa, perderá o escudo de árbitro internacional, e o que é pior: o futebol do Paraná, lamentavelmente não tem ninguém para substituí-lo.
Há muito tempo venho afirmando que estamos vivendo uma decadência no futebol do Paraná, sobretudo na arbitragem, que é dirigida por pessoas que aplicam métodos do século passado. A decadência é visível. A reprovação do árbitro em tela, substancia nossas críticas sobre o modelo de gestão anacrônico, que vem sendo desenvolvido pela Comissão de Árbitros da Federação Paranaense de Futebol, e acende a luz amarela para um setor importantíssimo como é a arbitragem.
A Federação Paranaense de Futebol, que exige que os árbitros paguem pelo terceiro ano consecutivo para apitar as suas competições (em 2011, foi R$ 135.00, per capita), num caso sui gêneris no Brasil, deveria em caráter emergencial, em conjunto com a Associação dos Árbitros, contratar um preparador físico, um nutricionista, um fisiologista e um psicólogo para os árbitros da entidade, sobretudo aos árbitros que pertencem ao quadro nacional.
Caso isso não seja feito, em curto espaço de tempo, o futebol do Paraná terá que importar árbitros de outros estados para as suas competições e ficará sem representante no apito na CBF.
A decadência no setor de arbitragem precisa ser estancada e é imperativo que a FPF, implemente em caráter permanente uma escola de formação de árbitros de excelência, e um corpo de observadores no setor do apito, formado por ex-árbitros com notório conhecimento sobre as regras do jogo, como preconiza a Fifa, e não alguns “arremedos” como temos visto ultimamente, sendo escalados pela entidade paranaense como assessores de arbitragem. Pobre arbitragem paranaense!
bicudoapito@hotmail.com

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