terça-feira, 30 de agosto de 2011

Arbitrar é prever rapidamente

Arbitragem de um jogo de futebol não é nada além do que uma série constante de previsões de pequeno porte, de catarata. Isso é o que o cérebro é dedicado principalmente ao dançarino. E os árbitros fazem isso muito bem. Essas são as conclusões do último estudo realizado pelo neurocientista cognitivo (EUA) Jeffrey Zacks, professor de psicologia na Universidade de Washington em St. Louis (EUA).

O cérebro não prevê
Zacks conseguiu identificar a região do cérebro que influencia com essa reduzida clarividência, que os árbitros e a maioria das pessoas têm em suas vidas diárias. Mas o mesmo Zacks esclareceu que ao contrário do que tem aparecido em algumas publicações cientificas, o cérebro não prevê o futuro, como dizem os astrólogos e os leitores de tarô. "Quando falamos em prever o futuro, muitas vezes pensamos sobre o que vai acontecer com os eventos em Trípoli ou o próximo furacão que atingirá nossa região, nisso estamos muito ruim", disse Zacks.

Previsões de curto prazo
"Mas somos bons em prever o que vai acontecer em curto espaço de tempo, ao longo dos próximos dois ou três segundos" é nisso que os árbitros acertam. Na verdade, Zacks tem detectado que nesse curto prazo, os árbitros e o resto dos mortais, podem prever o que acontecerá com uma precisão de 90%. Isso será possível se os acontecimentos num jogo de futebol ou na vida cotidiana manterem uma linha coerente de causalidade. A pesquisa estudou um grupo de jovens voluntários em um laboratório. Eles foram colocados para assistir jogos de futebol e filmes. Em seguida, foi feita uma pausa para pedir-lhes para prever o que aconteceria cinco segundos depois.

Previsões complicadas 
Em mais da metade das vezes, a interrupção acontecia logo após os acontecimentos limite. Participantes do experimento acertavam em 90% com as situações que se seguiu um curso normal, mas caiu para 80% quando houve mudanças de situação. Zacks explica que é mais difícil prever quando acontece uma mudança súbita no curso dos acontecimentos. "Além disso, os indivíduos conheciam e perceberam que estavam tendo problemas."

Resultados notáveis
O resultado foi um aumento acentuado na atividade do sistema de dopamina do mesencéfalo, isso quando a previsão era feita, bem como quando eram reveladas, bem sucedidas ou não. Nesse sentido, a experiência mostrou que a ativação do MDS na definição da previsão é consistente com a tese de que esses erros geram um processo de reorientação da atenção e atualização (upgrade) de memória. Além disso, como disse Zacks, espera que as suas teorias, alem de detectar que arbitrar é prever rapidamente as suas conclusões, possam servir para o diagnóstico de diversas doenças neurológicas mais cedo.

Fonte: Jornalista José Borda/Revista Árbitros
PS: Edgar Felipe, o narrador do passou, passou e Toni Cesar, ambos da rádio CBN, estão passando da bola. Os indigitados profissionais utilizam durante as transmissões das partidas que narram, de  uma linguagem objetiva, cativante e o mais importante: a dupla Edgar e Toni, narram o maior tempo de bola em jogo em relação aos demais congêneres que transmitem futebol na capital paranaense na atualidade. Para quem é íntimo do rádio esportivo, basta fazer uma comparação.





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