segunda-feira, 16 de julho de 2012

Gente, vamos estudar!

No crepúsculo da tarde e no limiar de domingo à noite assim que terminam os jogos, quem gosta de futebol, incontinenti continua plugado na TV para acompanhar os lances das partidas que não puderam ser assistidas. Com o advento do controle remoto as opções são diversificadas. Mas o que me chama a atenção não só durante as transmissões, mas sobretudo nos  programas esportivos noturnos de domingo, é o total desconhecimento das Regras do Jogo de Futebol dos profissionais que participam dessas programações. 
É impressionante a falta de discernimento para informar o telespectador, é vergonhosa a quantidade de achismos, do eu quero ver de novo, foi falta, não foi, foi pênalti, não foi. Em alguns lances mesmo com a repetição que suscitou dúvidas num determinado jogo, a falta de conhecimento para informar corretamente o que fez ou o que deveria ter feito o árbitro é total.
Esse tipo de comportamento deveria gerar através das Associações  dos Cronistas Esportivos de todo o país, um movimento para que uma classe de relevância como é a dos cronistas que cobrem o futebol, fossem submetidos a um processo mínimo de conhecimento das leis que regem o futebol dentro do campo de jogo. E, o pior: além de desinformarem o telespectador na sua plenitude sobre os equívocos ou não da arbitragem, muitos desses profissionais se perdem não sei por passionalismo ou desconhecimento, e abrem seu tacape verbal contra a arbitragem e omitem a realidade do maior interessado, no caso o telespectador.

Obrigado Plínio
Em função de algumas inverdades que circulam nos dias atuais sobre a Associação Profissional de Árbitros de Futebol do Paraná (Apaf), informo que sua origem teve início numa iniciativa do ex-árbitro da Federação Paranaense de Futebol, Plínio Duenas. Foi através de uma iniciativa sua, que a primeira entidade representativa dos homens de preto do Paraná foi criada e a época recebeu a denominação de grupo. Ainda segundo Plínio, foram fundadores do grupo, os ex-árbitros Alcione Cordeiro, Braulio Zanotto, Rubens Maranho, Tito Rodrigues, Wilson Edi dos Santos e Wilson Santos. Já o Sindicato Profissional dos Árbitros de Futebol do Estado do Paraná, foi fundado em 2003 e tem como presidente o seu idealizador, que é o ex-árbitro Airton Nardeli.

O fim das associações?
O Congresso Nacional vota no segundo semestre deste ano a regulamentação da atividade do árbitro de futebol no Brasil. Assim que isso acontecer, imediatamente será fundada a Confederação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Resta saber como ficará a situação das associações de árbitros de futebol, que foram transformadas em verdadeiros “currais” das federações estaduais e, por extensão, das Comissões de Arbitragens.

Não à simulação
A simulação de faltas pelos jogadores com o intuito de, por exemplo, cavar um penal, um cartão para o adversário, e até mesmo jogar a torcida contra a arbitragem diz a Fifa, é antijogo é deve ser punida com cartão amarelo. Observando o Campeonato Brasileiro do ano em curso, penso que é chegado o momento de a CA/CBF iniciar uma campanha no sentido de coibir a continuidade exagerada de simulações de faltas. Mas não basta fazer campanha pelo fim da simulação de faltas se os árbitros continuarem marcando infrações por “comodismo”, “covardia”, diferentemente de um contato físico que faz parte do jogo, quando nada deve ser marcado. É imperativo que se faça um treinamento específico com os árbitros, principalmente na preparação física e no estudo sobre a forma de agir de alguns atletas nas imediações da  área de pênalti quando na posse de bola. O árbitro é o guardião das Regras do Jogo e não pode ser permissivo com essa “malandragem”.   

Bagunçou geral
 
                                         Wagner Reway
O que era para ser exceção está se transformando em regra. A cada final de jogo do Brasileirão 2012, quer na Série A ou na B, um grupo de jogadores, coadjuvados muitas vezes pelo seu técnico e até mesmo pelos cartolas, invade o campo de jogo no intervalo ou no final das partidas e desfere uma seqüência de impropérios impublicáveis contra o trio arbitragem. O árbitro ao invés de fazer uso da prerrogativa que lhe dá a Fifa em relação aos atletas (cartão vermelho) – simplesmente faz ouvidos moucos e ainda tenta contemporizar a situação. Resultado: o intervalo e o final das partidas do maior campeonato de futebol do mundo se transformou numa bagunça, dada a omissão e  pusilânimidade do personagem principal do espetáculo, que é o árbitro.   

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