domingo, 28 de outubro de 2012

Notícias do apito


                                                              Foto: Apito do Bicudo

 Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (1)
A escalada de equívocos de árbitros, assistentes, quartos-árbitros e assistentes adicionais, que aconteceram até o presente momento, atestam de forma irretocável, que várias equipes foram beneficiadas e outras prejudicadas.

Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (2)
O equívoco perpetrado no final de semana que passou, na partida Internacional/RS x Palmeiras/SP, pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento (foto-Fifa/AL), que validou o gol do atacante Barcos da equipe esmeraldina - (o atleta usou a mão para tocar a bola para a rede), espelha com precisão a carência urgentíssima de uma mudança radical de comportamento e de ação da CBF no setor de arbitragem. Equívoco que foi reparado após cinco minutos de paralisação, com muita discussão e de acordo com informações da imprensa presente ao Beira-Rio, com a interferência de pessoas que não estavam dentro do campo de jogo. 

Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (3)
Aliás, é bom lembrar que não é a primeira vez que o indigitado árbitro se equivoca. Recentemente, no jogo Atlético/PR X Joinvile/SC, pela  Série B, na cidade Paranaguá (PR), Francisco Carlos, assinalou pênalti a equipe catarinense,  em lance que aconteceu há mais ou menos dois metros fora da área penal. Alertado do “fiasco” pelo quarto árbitro, após uma celeuma enorme, voltou atrás e marcou tiro livre direto contra o Atlético/PR. E, por derradeiro, há quinze dias no Couto Pereira, no prélio Paraná Clube/PR x Criciúma, Série B, inexplicavelmente, o árbitro em tela não assinalou um pênalti indiscutível em favor da equipe paranaense.  Neste lance  específico, a falta foi clarividente e aconteceu dentro do campo de observação visual do árbitro.

Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (4)
O que se espera para as próximas competições da CBF, é que haja uma melhor preparação da confraria do apito, objetivando que os mesmos ao tomarem decisões no campo de jogo (interpretar e aplicar as regras) - o façam de forma correta e valorizem o mais disputado campeonato de futebol do planeta. A impressão que se tem em alguns jogos, dada a  interminável série de equívocos, a “pusilanimidade” e o desinteresse dos guardiões das REGRAS DO JOGO DE FUTEBOL, é que a arbitragem está fazendo turismo pelo País afora. 

Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (5)
Mas para isso acontecer, é imperativo um novo modelo de gestão substanciado a partir da CA/CBF, que rompa com o sistema de formação vigente nas escolas de arbitragem, e no “apadrinhamento vergonhoso” na indicação dos árbitros ao quadro nacional, que vigora há muitos anos nas federações estaduais. 

Arbitragem é o ponto negativo do Brasileirão (6)
O árbitro é humano, não é uma máquina. Por isso tem o direito de errar. É importante lembrar, que estamos às portas da Copa das Confederações e logo a seguir da Copa do Mundo. E se medidas eficazes não forem colocadas em prática, visando extirpar os  vícios de origem que trazem no bojo os árbitros das suas federações, fatalmente a arbitragem brasileira no Mundial de 2014, terá funções secundárias. 

Incompatível (1)
A CBF, objetivando conseguir uma fiscalização mais eficiente dos árbitros nos seus campeonatos, implementou a função dos Observadores  de Árbitros, cujas missão precípua é avaliar o desempenho dos membros desta categoria, para que se possa  obter a verdadeira capacidade do quarteto de arbitragem. Sucede que essa função vem sendo designada há vários anos  a  pessoas sem o devido conhecimento das leis do jogo e sem a menor identidade com o árbitro de futebol. 

Incompatível (2)
Explico: a CBF concedeu autonomia as federações estaduais para que as mesmas indiquem os nomes para exercer tal mister, que é remunerado. Resultado: a coisa desandou e há informações de que há gente laborando nessa função, que não domina as Regras do Jogo de Futebol e é semianalfabeto na língua portuguesa. Já imaginaram a qualidade das avaliações que estão chegando as mãos da CA/CBF?

Incompatível (3)
Não obstante o exposto na nota acima, dirigentes de entidades de classe eleitos para defender os interesses da categoria dos apitadores, passaram a exercer a função de observadores/assessores de arbitragem na Copa do Brasil e no Brasileirão e na composição das Comissões de Arbitragem em diferentes federações.

Incompatível (4)
Pergunta-se: com que imparcialidade esses dirigentes de entidades classistas, que prometeram quando eleitos defender os interesses da categoria (árbitros) junto as federações/clubes e CBF, irão se posicionar na defesa dos seus associados, se estão  exercendo funções remuneradas e gozando das prebendas na CBF e nas federações? Esse tipo de comportamento é aético, inconciliável e está conspirando contra a independência, a qualidade  e o avanço no processo de profissionalização do árbitro de futebol no Brasil.

Incompatível (5)
Aos que defendem essa posição de dubiedade antiética dos dirigentes classistas, informo que o futebol do Paraná vivencia há oito anos situação similar e os resultados  estão expostos na fragilidade que tomou de assalto o quadro de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol. Fragilidade que não revelou nenhum árbitro ao longo do tempo mencionado, e não conseguiu indicar nenhum apito para participar do processo seletivo de Asp/Fifa, em 2010/2011/2012.   
XXXI da Anaf (1)
Acontece nos dias 9, 10 e 11 de novembro na sede da Federação Paulista de Futebol, o 31º Congresso Brasileiro de Entidades e Árbitros de Futebol. Espera-se nesse evento, que a direção da (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de Futebol, apresente uma posição factível em relação ao Projeto de Lei 6405/2002 e seus apensos, que versam sobre a profissionalização do árbitro de futebol, que está estacionada no Congresso Nacional.

XXXI da Anaf (2)
Recebo informações de Brasília de que a regulamentação da profissão do árbitro de futebol como planejam os homens da arbitragem é inviável. Por quê? Porque ninguém quer assumir (CBF, federações, clubes e a TV) -  a responsabilidade de ser o empregador do árbitro e, por extensão, pagar as taxas de arbitragem e os tributos como INSS, FGTS e o PIS sobre o total da folha de pagamento.

XXXI da Anaf (3)
A outra informação que recebi, diz que  para não confrontar a Fifa que exige árbitros profissionais no Mundial/14, no Brasil,  há um grupo de juristas estudando a legislação brasileira no sentido de viabilizar a profissionalização dos dez árbitros que compõe o quadro da Fifa e dos dez árbitros assistentes do quadro internacional do futebol brasileiro. 

XXXI da Anaf (4)
Diante de tudo que se leu,  se a  Anaf deseja obter o reconhecimento e a credibilidade  dos homens do apito em âmbito nacional, só há uma saída: sair do evento  nominado muito maior do que é. Ou seja: apresentar um estudo alternativo de alto nível ao Projeto de Lei 6405/02, com embasamento jurídico a Câmara dos Deputados. Caso contrário, “tudo continuará como Dantes no Quartel de Abrantes”.  
Em tempo: nada mudará



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