domingo, 3 de fevereiro de 2013

Árbitros assumem destaque em Roma

Os  árbitros estreantes tiveram a atenção merecida nos cursos de Inverno da UEFA, onde mostraram entusiasmo por se reunirem com os homólogos mais velhos e aperfeiçoarem capacidades.
por Mark Chaplin
de Roma


Árbitros assumem destaque em Roma
O árbitro francês Antony Gautier observa o treino dos árbitros assistentes adicionais em Roma©Sportsfile

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Os jogadores que participam na UEFA Champions League e na UEFA Europa League podem ser o centro das atenções, mas nunca se esqueçam que existe uma terceira equipe que dá o seu melhor para realizar exibições de grande nível – a equipe de arbitragem, que engloba o árbitro principal, dois árbitros assistentes, um quarto árbitro e dois árbitros assistentes adicionais (AARs), posicionados ao longo de cada linha de baliza.
Na  semana que passou, os principais árbitros europeus tiveram a possibilidade de mostrar as suas qualidades e prepararem-se para os próximos compromissos, de clubes e de seleções, nos cursos de Inverno da UEFA, realizados em Roma,  na Itália. Foi um treino impressionante, não só para os árbitros de elite como também para os estreantes na lista internacional da FIFA. Outro marco importante aconteceu com o primeiro convite para a reunião endereçado às principais árbitras europeias, algumas das quais vão marcar presença no UEFA Women's EURO 2013, na Suécia, em Julho.
Os árbitros esforçam-se por alcançar a melhor qualidade possível no trabalho e nos treinos. Receberam conselhos valiosos do Comitê de Arbitragem da UEFA, que engloba árbitros internacionais – muitos dos quais dirigiram jogos importantes a nível mundial – e uma equipe de peritos físicos de topo, liderada pelo preparador físico, Werner Helsen.
As sessões práticas incluíram uma abordagem reveladora e fascinante para muitos árbitros, à medida que assistiram a treino específico para árbitros assistentes adicionais, o que permitiu a alguns árbitros saberem como é trabalhar com o sistema, incluído nas Leis do Jogo no pelo Boar no ano que passou, e que atualmente é utilizado nas principais competições europeias de clubes.
Para além do programa de treinos práticos, os árbitros analisaram vídeos de situações de jogo das competições europeias, trocaram opiniões em sessões de grupo, submeteram-se a testes médicos e físicos, bem como um teste visual, e também foram capazes de conviver socialmente e trocar experiências e opiniões – tudo isso pode revelar-se de valor incalculável para futuros trabalhos.
Para as árbitras, em particular, a oportunidade de se deslocarem até Roma constituiu um momento histórico. A iniciativa da UEFA foi recebida com agrado por parte de árbitros e árbitras, e sublinhou a importância que a UEFA atribui à arbitragem feminina – resultado do enorme avanço que o futebol feminino, como um todo, tem registado nos anos mais recentes.
"Penso que tem sido uma experiência fantástica e, definitivamente, positiva pelo fato de nos reunirmos e aprendermos uns com os outros", disse Paula Brady, da República da Irlanda, ao UEFA.com. O futebol feminino está a crescer muito rapidamente em termos de popularidade e prestígio, e penso ser importante que a qualidade da arbitragem cresça igualmente ao mesmo ritmo. Cursos como este fornecem essa plataforma e ajudam os árbitros a darem mais passos rumo ao mais alto nível.
O curso de Inverno tem sido uma enorme experiência, acrescentou o espanhol Carlos Del Cerro Grande. "Esta é a minha primeira vez como árbitro FIFA. Permitiu-me passar tempo com os meus colegas e aprender muitas coisas sobre arbitragem. Foi uma experiência incrível. Conhecer colegas de outros países é interessante, porque ouvimos outros pontos de vista que podem ser diferentes dos nossos."
Parte do treino em Roma demonstrou o trabalho e a preparação realizada pelos árbitros assistentes adicionais, que desempenham papel crucial na ajuda ao árbitro em relação a lances junto à linha de golo, mas também em casos que ocorrem na área, como faltas e agarrões em livres e cantos. Foi pedido aos árbitros principais para se colocarem na linha de baliza e tomarem decisões que cabem aos AARs em situações específicas – de modo a saberem o que é tomar decisões em fracções de segundo e sob pressão.
O sistema pode apoiar o árbitro principal na tomada de decisões certas, disse Del Cerro Grande. É uma boa maneira de melhorar a arbitragem. Brady acrescentou: "Antes, ao serviço da FIFA, já tinha alguma experiência como árbitra assistente, mas isto foi algo novo – e as novidades são boas."

Fonte: Uefa.com

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