segunda-feira, 22 de abril de 2013

Falsa promessa é a profissionalização dos árbitros

Foto: Fifa.com
A cada escândalo ou equívoco de arbitragem de proporções, surge a idéia de que a solução é profissionalizar o árbitro de futebol. No Brasil, após os episódios Ivens Mendes e Edilson Pereira de Carvalho, a CBF criou uma comissão para discutir o assunto, mas até hoje não se tem notícia do seu resultado. Aliás, aqui temos o Projeto de Lei 6405/2002 e vários apensos, que estão “dormindo” nas gavetas do Congresso Nacional, em Brasília.

Em 2006, encerrado o Mundial na Alemanha, com sérios erros de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, o presidente da Fifa Joseph Blatter, afirmou que na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, o homem de preto seria profissionalizado, não houve nenhuma mudança sobre o tema.

No Mundial em território Africano, aconteceram erros de maior monta, mas, o que rendeu discussões e sinalizou com a profissionalização, foi o lance do meia inglês Lampard, que desferiu portentoso chute em direção a meta alemã com a bola ultrapassando em (46 centímetros a linha de meta) - na partida Alemanha x Inglaterra.  Lance que fugiu do campo visual do assistente Mauricio Spinoza e do ex-árbitro Jorge Larrionda, ambos uruguaios, que alegaram à  época não terem visto a bola entrar.

Assim que  a poeira baixou na África do Sul, o mandatário da Fifa afirmou que, para a Copa do Mundo em 2014, duas medidas seriam analisadas e implementadas. A tecnologia na linha do gol e a viabilidade da profissionalização da arbitragem. Faltam cinquenta e três dias para abertura da Copa das Confederações e nenhuma medida concreta sobre o tema foi colocada em prática pela Fifa ou por um dos seus filiados, no que versa sobre a profissionalização do árbitro.

Só há um País no mundo que adota a profissionalização no apito. É a Inglaterra. Os ingleses criaram, há doze anos, uma entidade para cuidar do assunto e, a cada ano, implementam novas regras para garantir que pelo menos uma parte dos árbitros possa se dedicar exclusivamente ao futebol. Acoplada a profissionalização, a arbitragem inglesa é monitorada por uma comissão semanalmente, desde 2001, o que propiciou uma mudança radical na qualidade da arbitragem do futebol inglês.

Os ingleses que inventaram o futebol, as regras, que regem o esporte das multidões no campo de jogo, tem know how no assunto e deveriam ser consultados como funciona o sistema da confraria do apito. Alemanha, Espanha, Holanda e Itália, não profissionalizaram a arbitragem, mas desenvolveram projetos que se assemelham aos ingleses. Por quê a CBF e, sobretudo a Fifa, ainda não definiram o imbróglio da arbitragem profissional?

PS: O árbitro de futebol do século 21 é responsável por um negócio que movimenta bilhões de dólares, das suas interpretações adequadas, depende o sucesso de uma competição. Daí a necessidade imperativa de profissionalizar, a carreira do juiz de futebol, pelo menos daqueles que atuam nos grandes eventos.




     

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