Após a promulgação pela presidente da República, Dilma
Rousseff, da Lei nº 12.867, reconhecendo a atividade do árbitro de futebol como
profissional, é aguardado que o Congresso Brasileiro de Entidades e dos
Árbitros de Futebol, a ser realizado de 7 a 10 de novembro de 2013, em
Belém-PA, discuta o fim da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf).
Mesmo com a profissionalização sendo aprovada de forma
precária, não há mais a mínima condição de os apitadores e bandeirinhas de
futebol, continuarem com uma associação que não tem nenhuma representatividade
perante o ministério do Trabalho e Emprego. Se os atuais dirigentes da Anaf almejam um
salto de qualidade na arbitragem nacional,
a solução é simples: no evento em Belém, deve-se discutir como tema precípuo, a
criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol.
A fundação da federação dos árbitros está nas maõs dos
presidentes dos sete sindicatos de árbitros de futebol, que possuem o
Certificado de Registro Sindical, que não podem permitir que os sindicatos que
tem legitimidade constitucional para fundar a federação, fiquem a reboque do
continuísmo. Para se fundar uma federação são necessários cinco sindicatos. A
manutenção da Anaf com a profissionalização
do homem de preto, torna-se inócua e significa manter o status quo de um grupo que
deseja se perpetuar no poder e manter os árbitros de futebol de todo o País, no
“cabresto” das federações estaduais, da CBF e dos dirigentes dos clubes.
Fundada a Federação Brasileira de Árbitros, aí sim,
inicia-se um processo legítimo com representatividade para pleitear o
aprimoramento da profissionalização, a celebração dos contratos junto as
empresas que exibem suas logomarcas na indumentária da arbitragem, em específico
nas mangas das camisas, conforme foto. Explico: são duas as empresas que
utilizam o uniforme do homem do apito nas competições da CBF. Some-se ao exposto, que uma federação tem a prerrogativa
constitucional para buscar outro direito que é negado ao árbitro no País. O
direito de arena.
Com o advento da federação e a participação efetiva dessa
entidade nos contratos com as federações
de futebol, CBF e patrocinadores, abrem-se perspectivas alvissareiras para a
independência do árbitro e, por consequência, a realização de painéis,
seminários, congressos, com a presença de instrutores internacionais,
objetivando aprimorar a qualidade do desempenho nas tomadas de decisões no
campo de jogo.
Divulgação
PS: durante a
semana que passou, fui informado que há a predisposição de um grupo de “coveiros”
de apresentar no congresso acima
mencionado, uma moção de fortalecimento à continuidade da Anaf. A lorota se
aprovada deve enterrar de vez o avanço da profissionalização do árbitro e, por
extensão, colocar definitivamente a arbitragem brasileira na
liderança do Ranking do atraso.
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