domingo, 27 de outubro de 2013

Árbitros: Cabresto ou independência?



Após a promulgação pela presidente da República, Dilma Rousseff, da Lei nº 12.867, reconhecendo a atividade do árbitro de futebol como profissional, é aguardado que o Congresso Brasileiro de Entidades e dos Árbitros de Futebol, a ser realizado de 7 a 10 de novembro de 2013, em Belém-PA, discuta o fim da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf).
Mesmo com a profissionalização sendo aprovada de forma precária, não há mais a mínima condição de os apitadores e bandeirinhas de futebol, continuarem com uma associação que não tem nenhuma representatividade perante o ministério do Trabalho e Emprego.  Se os atuais dirigentes da Anaf almejam um salto de qualidade na arbitragem  nacional, a solução é simples: no evento em Belém, deve-se discutir como tema precípuo, a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol.
A fundação da federação dos árbitros está nas maõs dos presidentes dos sete sindicatos de árbitros de futebol, que possuem o Certificado de Registro Sindical, que não podem permitir que os sindicatos que tem legitimidade constitucional para fundar a federação, fiquem a reboque do continuísmo. Para se fundar uma federação são necessários cinco sindicatos. A manutenção da Anaf com a  profissionalização do homem de preto, torna-se inócua e significa manter o status quo de um grupo que deseja se perpetuar no poder e manter os árbitros de futebol de todo o País, no “cabresto” das federações estaduais, da CBF e dos dirigentes dos clubes.
Fundada a Federação Brasileira de Árbitros, aí sim, inicia-se um processo legítimo com representatividade para pleitear o aprimoramento da profissionalização, a celebração dos contratos junto as empresas que exibem suas logomarcas na indumentária da arbitragem, em específico nas mangas das camisas, conforme foto. Explico: são duas as empresas que utilizam o uniforme do homem do apito nas competições da CBF.  Some-se ao exposto, que uma federação tem a prerrogativa constitucional para buscar outro direito que é negado ao árbitro no País. O direito de arena.  
Com o advento da federação e a participação efetiva dessa entidade nos contratos  com as federações de futebol, CBF e patrocinadores, abrem-se perspectivas alvissareiras para a independência do árbitro e, por consequência, a realização de painéis, seminários, congressos, com a presença de instrutores internacionais, objetivando aprimorar a qualidade do desempenho nas tomadas de decisões no campo de jogo. 


                                                                                               Divulgação
PS: durante a semana que passou, fui informado que há a predisposição de um grupo de “coveiros” de  apresentar no congresso acima mencionado, uma moção de fortalecimento à continuidade da Anaf. A lorota se aprovada deve enterrar de vez o avanço da profissionalização do árbitro e, por extensão, colocar definitivamente a arbitragem brasileira na  liderança do Ranking do atraso.     


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