sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Árbitros europeus concluem seminário em Lisboa

Árbitros prontos para retomar acção na Primavera
Os árbitros durante um dos treinos no Curso de Inverno da UEFA, em Lisboa ©Sportsfile

 
Os árbitros e árbitras vão entrar mais fortes na segunda parte da temporada, depois das palavras de encorajamento e cheias de sabedoria com que foram brindados no curso de Inverno da Uefa, que aconteceu em Lisboa. Os juízes de campo estiveram em Portugal por ocasião do 22º Curso Avançado para Árbitros de Topo da UEFA e do 23º Curso Introdutório para Árbitros Internacionais da entidade.
Vamos entrar na fase decisiva da temporada, com as rondas a eliminar. Cada jogo é decisivo. O que farão é importante, pelo que estejam prontos, disse o líder da arbitragem da instituição europeia, Pierluigi Collina, aos árbitros de topo, na preparação para os principais jogos da competições de clubes da UEFA. Dez árbitros europeus e respectivos assistentes preparam ainda a participação no Campeonato do Mundo, que decorrerá no mês de junho vindouro no Brasil.
O curso de Inverno serviu também para uma análise à primeira parte da época e uma antevisão da segunda, que está prestes a começar. Os membros do Comitê de Árbitros da UEFA lideraram os trabalhos, que incluíram análise de vídeo e o sempre importante "feedback" dado pelos próprios árbitros. Testes à condição física e sessões práticas e técnicas também foram realizados, juntamente com verificações visuais – atenta a crescente importância dada ao fato de os árbitros terem que visualizar incidentes, focar objetos muito perto de si ou em movimento e a reação ao movimento à sua volta.
Os árbitros também foram exaustivamente instruídos sobre as "zonas negras do campo de jogo". Deverão proteger a imagem do jogo e o bem-estar dos jogadores no caso de faltas violentas que possam colocar em risco a sua integridade física. O Comitê de Árbitros disse, entre outras coisas, que os juízes terão de ser firmes e assertivos na punição de situações em que sejam rodeados por jogadores.
Os recém-entrados na lista da Fifa também tiveram o seu curso introdutório com uma primeira sessão de boas-vindas por parte dos membros do comitê, que são, todos eles, antigos árbitros. Uma fascinante sessão centrou-se em como os árbitros deverão ter a capacidade de gerir com sucesso os encontros e os jogadores que neles participam. A gestão é muito importante – devemos saber como gerir um jogo, como tratar os jogadores, mostrar respeito, disse aos jovens árbitros um dos dirigentes da arbitragem da UEFA, Hugh Dallas.
Temos de ser pró-ativos, não reativos – temos de ser psicólogos, temos de ler as mentes dos jogadores, temos que ver a sua disposição. Alguns atletas vão reagir de maneira diversa a situações diferentes. Queremos trabalhar com jogadores e treinadores – sem um árbitro não há jogo. Mas não temos que mostrar que estamos acima de alguém. Devemos ser discretos sempre que possível, deixar o jogo correr. Os árbitros deverão apenas estar envolvidos quando é necessário que assim seja.
Os árbitros de elite também tiveram a oportunidade de conhecer, aconselhar e dar apoio aos jovens internacionais - pois nunca ninguém para de aprender. Pedro Proença, árbitro das finais do UEFA Champions League de 2012 e do UEFA/EURO 2012, não podia estar mais de acordo. "A arbitragem é um processo contínuo de arbitragem", disse ao UEFA.com. Até ao final da nossa carreira, temos de estar conscientes de que não sabemos tudo e que estamos sempre a aprender."
É uma altura de reflexão e de análise, disse o juiz português sobre o curso de Inverno. E nós tentamos preparar-nos o melhor possível para a segunda parte da temporada. Nesse sentido, é um momento único e uma altura em que podemos realmente melhorar.
                                                       Divulgação

Temos sempre coisas a aprender uns com os outros, acrescentou o turco Cüneyt Çakır (foto), que estará com Proença no Campeonato do Mundo. Todos temos experiência em trabalhar em campeonatos difíceis e apitar em jogos complicados. Aqui, partilhamos essas experiências uns com os outros. Quero dizer ainda que é importante fazer parte de um grupo. Dirigimos jogos grandes, mas, por vezes, a nível internacional, fazemos parte de uma equipe e isso dá-me a ideia que faço parte da grande família da arbitragem.
Fonte: Uefa.com

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