sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Árbitros: Condições físicas é o essencial



Antes de optar pelo fim do teste de Cooper que consistia em 12 minutos de corrida e alguns tiros de 50 metros em sete segundos e 200 metros em trinta segundos, que foram extintos por serem considerados obsoletos em função das profundas transformações que sofreu o futebol na parte física, a Fifa orientava as associações, confederações e federações filiadas a entidade, a exercitarem seus árbitros, intelectualmente e fisicamente, sempre que possível.

Posteriormente, a partir de 2012, com a implementação de uma nova metodologia no teste físico (ver acima), a recomendação da Fifa foi de que o teste com padrão universal, deveria ser realizado quatro vezes ao ano para árbitros e árbitros assistentes que são membros da relação internacional.

Faço o preâmbulo acima, porque na coluna anterior dado o seu conteúdo que abordou o histórico vergonhoso de reprovações dos árbitros brasileiros que compõe o quadro da Fifa, nos testes físicos, houve algumas contestações contra a coluna. Reprovações que remontam a 2010, e desde então, nenhuma atitude eficaz foi colocada em prática pela direção da CBF para estancar essa deficiência.

Fui pesquisar e na pesquisa identifiquei que a CA/CBF e as Comissões de Arbitragem das Federações de Futebol do Brasil, não movimentam seus árbitros e assistentes como o preconizado pela Fifa.

A pesquisa detectou que a maioria das federações realiza a pré-temporada no início do ano objetivando o campeonato local e, posteriormente, nenhum procedimento é realizado no sentido de requalificar o quadro de árbitros para o restante da temporada,  sobretudo na parte física. Já a CA/CBF, não vem realizando os quatro testes anuais recomendados pela Fifa, aos membros da lista internacional de arbitragem.

Ao deixarem de observar as orientações da Fifa num quesito importantíssimo que é o físico aos homens de preto, a CA/CBF e suas congêneres nas federações estaduais, contribuem para o fracasso das tomadas de decisões destas personagens, que no trilar ou não do apito, ou no levantar ou não de uma bandeira decidem os destinos de um embate de futebol.   

Outro dia, o ex-árbitro Pierluigi Colina, atual diretor de arbitragem da Uefa, questionado sobre a taxa de reprovação no teste físico da Fifa dos apitos europeus, respondeu que é zero. Só na América do Sul é que o pessoal reclama que é duro. O teste é duro? “É, mas se você quer entrar na história, tem de trabalhar bastante, disse Collina".

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