Antes de optar pelo fim do teste de Cooper que
consistia em 12 minutos de corrida e alguns tiros de 50 metros em sete segundos
e 200 metros em trinta segundos, que foram extintos por serem considerados
obsoletos em função das profundas transformações que sofreu o futebol na parte
física, a Fifa orientava as associações, confederações e federações filiadas a
entidade, a exercitarem seus árbitros, intelectualmente e fisicamente, sempre que possível.
Posteriormente, a partir de 2012, com a
implementação de uma nova metodologia no teste físico (ver acima), a
recomendação da Fifa foi de que o teste com padrão universal, deveria ser realizado
quatro vezes ao ano para árbitros e árbitros assistentes que são membros da
relação internacional.
Faço o preâmbulo acima, porque na coluna
anterior dado o seu conteúdo que abordou o histórico vergonhoso de reprovações
dos árbitros brasileiros que compõe o quadro da Fifa, nos testes físicos, houve
algumas contestações contra a coluna. Reprovações que remontam a 2010, e desde então, nenhuma
atitude eficaz foi colocada em prática pela direção da CBF para estancar essa
deficiência.
Fui pesquisar e na pesquisa identifiquei que
a CA/CBF e as Comissões de Arbitragem das Federações de Futebol do Brasil, não
movimentam seus árbitros e assistentes como o preconizado pela Fifa.
A pesquisa detectou que a maioria das
federações realiza a pré-temporada no início do ano objetivando o campeonato
local e, posteriormente, nenhum procedimento é realizado no sentido de
requalificar o quadro de árbitros para o restante da temporada, sobretudo na parte física. Já a CA/CBF, não
vem realizando os quatro testes anuais recomendados pela Fifa, aos membros da
lista internacional de arbitragem.
Ao deixarem de observar as orientações da
Fifa num quesito importantíssimo que é o físico aos homens de preto, a CA/CBF e
suas congêneres nas federações estaduais, contribuem para o fracasso das tomadas de decisões destas
personagens, que no trilar ou não do apito, ou no levantar ou não de uma
bandeira decidem os destinos de um embate de futebol.
Outro dia, o ex-árbitro Pierluigi Colina,
atual diretor de arbitragem da Uefa, questionado sobre a taxa de reprovação no
teste físico da Fifa dos apitos europeus, respondeu que é zero. Só na
América do Sul é que o pessoal reclama que é duro. O teste é duro? “É, mas se
você quer entrar na história, tem de trabalhar bastante, disse Collina".
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