segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Verdade escondida desde 2006

Um e-mail de um ex-árbitro que participou de Mundiais da Fifa, me corrige afirmando que o histórico de reprovações nos testes físicos da entidade internacional, no que tange aos árbitros e árbitros assistentes brasileiros, que compõe a lista internacional da instituição, não remonta a 2010, mas, ao ano de 2006.

O autor da correspondência eletrônica me alerta para outro detalhe que julga de fundamental importância. Na maioria das vezes que o teste físico da Fifa, que tem metodologia universal foi efetivado sob os olhares “imutáveis” de instrutores internacionais, árbitros ou assistentes da CBF foram reprovados. Posteriormente, os que não passaram no aludido teste tiveram nova oportunidade com instrutores brasileiros e aí foram aprovados. 

Portanto, quando Wilson Luiz Seneme, Heber Roberto Lopes e Leandro Pedro Vuaden, foram indicados para o processo pré-seletivo de arbitragem da Fifa com vistas à Copa de 2014, a CBF e a Comissão de Árbitros da época tinham conhecimento dos fatos.

Além de saber dos problemas crônicos de reprovação envolvendo o quesito físico dos seus apitos e bandeiras, a CA/CBF também sabia dos métodos empregados pela entidade que controla o futebol no planeta no indigitado teste e da seriedade com que o mesmo é realizado.

Diante do fiasco da trempe de apitos acima no “temível” teste físico da Fifa, é que se sobressaiu o personagem Sandro Meira Ricci. Ricci cumpriu religiosamente o exigido pela Fifa e foi guindado como representante da confraria do apito do futebol pentacampeão no recém-findado Mundial no Brasil.

Diante do que se leu neste artigo, as recentes reprovações no teste físico/Fifa do árbitro Heber Roberto Lopes (Fifa/SC) e do árbitro assistente Cleriston Clay Barreto (Fifa/SE), sob às vistas do instrutor da Fifa e da Conmebol Jorge Larrionda (foto), não foi obra do acaso.

Os fatos narrados expõe de maneira irretocável o descaso, a fragilidade da condição física dos nossos principais juízes e bandeirinhas, e coloca sob suspeita a metodologia que vem sendo implementada pelo setor de educação física da CBF, no que concerne a preparação dos homens de preto do nosso futebol.

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