Um e-mail de um ex-árbitro que participou de
Mundiais da Fifa, me corrige afirmando que o histórico de reprovações nos
testes físicos da entidade internacional, no que tange aos árbitros e árbitros
assistentes brasileiros, que compõe a lista internacional da instituição, não
remonta a 2010, mas, ao ano de 2006.
O autor da correspondência eletrônica me
alerta para outro detalhe que julga de fundamental importância. Na maioria das vezes que o teste físico da Fifa, que tem metodologia universal foi
efetivado sob os olhares “imutáveis” de instrutores internacionais, árbitros ou
assistentes da CBF foram reprovados. Posteriormente, os que não passaram no
aludido teste tiveram nova oportunidade com instrutores brasileiros e aí foram
aprovados.
Portanto, quando Wilson Luiz Seneme, Heber
Roberto Lopes e Leandro Pedro Vuaden, foram indicados para o processo
pré-seletivo de arbitragem da Fifa com vistas à Copa de 2014, a CBF e a
Comissão de Árbitros da época tinham conhecimento dos fatos.
Além de saber dos problemas crônicos de reprovação
envolvendo o quesito físico dos seus apitos e bandeiras, a CA/CBF também sabia
dos métodos empregados pela entidade que controla o futebol no planeta no
indigitado teste e da seriedade com que o mesmo é realizado.
Diante do fiasco da trempe de apitos acima no
“temível” teste físico da Fifa, é que se sobressaiu o personagem Sandro Meira
Ricci. Ricci cumpriu religiosamente o exigido pela Fifa e foi guindado como
representante da confraria do apito do futebol pentacampeão no recém-findado Mundial no Brasil.
Diante do que se leu neste artigo, as recentes
reprovações no teste físico/Fifa do árbitro Heber Roberto Lopes (Fifa/SC) e do
árbitro assistente Cleriston Clay Barreto (Fifa/SE), sob às vistas do instrutor
da Fifa e da Conmebol Jorge Larrionda (foto), não foi obra do acaso.
Os fatos narrados expõe de maneira
irretocável o descaso, a fragilidade da condição física dos nossos principais juízes
e bandeirinhas, e coloca sob suspeita a metodologia que vem sendo implementada
pelo setor de educação física da CBF, no que concerne a preparação dos homens
de preto do nosso futebol.
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