terça-feira, 7 de outubro de 2014

Arbitragem: Uma profilaxia ou "né variétur"


Não satisfeito com a lambança proporcionada pelos árbitros no atual Campeonato Brasileiro, sobretudo, no lance de bola na mão e mão na bola dentro da área penal e as explicações que vieram da CBF sobre o tema, procurei obter informações mais detalhadas da situação que provocou inúmeras interpretações e exposições que nada acrescentaram ao problema.

Diante do exposto, contatei um ex-árbitro e dois ex-assistentes Fifa, que participaram de várias competições internacionais da Conmebol e de Copa do Mundo. Questionei-os se a didática ministrada recentemente no curso aos apitos brasileiros na Granja Comary (RJ), pelos instrutores Conmebol/Fifa, Jorge Larrionda e Oscar Ruiz, difere das demais proferidas aos árbitros de outros países Sul-Americanos.

A resposta do triunvirato chegou nesta manhã (7/10) e foi lacônica: As instruções, normas, orientações, circulares ou memorandos da Conmebol, são em consonância com as determinações da Fifa. Se os demais árbitros Sul-Americanos e os do futebol brasileiro, receberam as mesmas recomendações dos instrutores nominados em relação ao tema, e lá tudo está transcorrendo normalmente, está configurado que no Brasil, alguém da CA/CBF se equivocou ou tentou inventar algo que não devia.

Como todos são ex- Mundialistas, perguntei individualmente se procede a informação de que a recomendação dada por Larrionda está em vigência nos campeonatos europeus desde 2011. A resposta foi positiva. Tanto é verídica que ela foi aplicada na Copa do Mundo no Brasil pela arbitragem, me disse a trempe de ex-árbitros.

Termino a discussão sobre a questão com a certeza de que se a direção da CBF almeja a credibilidade do árbitro que atua nas suas competições, deve aproveitar o final de ano e promover uma profilaxia em todos os setores da arbitragem brasileira, cujo comportamento, está em descompasso com o “modus operandi” dos apitos europeus, os mais qualificados do planeta.   

Profilaxia que deve lancetar o continuísmo que grassa na comissão de arbitragem, no quadro dos delegados especiais e observadores de árbitros da entidade que há muito tempo são os mesmos. E, finalmente, fazer um pente fino na lista da (Renaf)  Relação Nacional de Árbitros de Futebol, que está “inchada”, viciada de “apadrinhamento” com excesso de quantidade, porém de baixíssima qualidade.   

PS: Caso contrário é "né variétur". Ou seja, nada será mudado.  

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