terça-feira, 11 de novembro de 2014

UM TALENTO DEFINE A "ANATOMIA" DO APITO

ENTREVISTA SÉRGIO CORRÊA DA SILVA
Considerado pela Fifa e a Conmebol como um dos melhores diretores de arbitragem do futebol mundial, o ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol e atual diretor da CA/CBF, Sérgio Corrêa da Silva (foto), há sete anos ininterruptos, tem a dificílima missão de escalar árbitros, assistentes, quarto árbitros, árbitros assistentes adicionais, assessores e delegados de arbitragem em todas as competições da CBF de fevereiro a dezembro de cada temporada.
Não obstante o exposto, Corrêa da Silva, supervisiona as ações da (Enaf), profere palestras e ministra cursos aos membros da (Renaf), participa de seminários e congressos da Fifa e da Conembol sobre o tema arbitragem em diferentes partes do planeta.
E, quando solicitado, atende aos profissionais da imprensa esportiva, para equacionar dúvidas sobre lances que envolvam polêmicas da arbitragem brasileira. Da sede da CBF no Rio de Janeiro, Sérgio Corrêa concedeu a entrevista a seguir ao Site PARANAONLINE.

PARANAONLINE - Quais foram os motivos que proporcionaram tamanha confusão no lance de bola na mão ou mão na bola – Regra 12 – faltas e incorreções? Houve algum problema de comunicação com o instrutor Conmebol/Fifa Jorge Larrionda em função do idioma?
Sérgio Corrêa da Silva - Não houve ruído de comunicação nem entre Jorge Larrionda, nós os instrutores e os árbitros. O que tivemos foram três interpretações equivocadas e oito acertadas. Conversei com o jornalista que fez a pergunta ao Massimo Busacca que respondeu: “Toda mão na bola é penal?, pois é isto que está acontecendo no Brasil. A resposta dele foi que não e se isto estivesse acontecendo seria um absurdo! (Tenho os e-mails do Busacca a respeito deste assunto).

PARANAONLINE – Mas a mídia propagou que houve instrução da CA/CBF contrariando o que foi dito por Larrionda.
Corrêa da Silva – Não existiu nenhuma instrução da CA/CBF em momento algum contrariando as orientações que recebemos do instrutor Jorge Larrionda. Como a mídia propagou que a CBF tinha outra orientação, virou a “torre de babel!” 

PARANAONLINE – Procede a informação de que CA/CBF convidou o chefe do departamento de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca para vir ao Brasil falar sobre o tema?
Corrêa da Silva – Convidamos o sr. Busacca para vir ao Brasil, mas ele tinha agendado a vinda ao Chile e não poderia atender naquele momento. Mandou Larrionda que repetiu aos quase 150 presentes na reunião sobre o assunto, o que disse aos 72 árbitros, que participaram do seminário em agosto do ano em curso, na Granja Comary. 
 
PARANAONLINE - Então a Regra não mudou?

Corrêa da Silva - A regra não mudou, pois quem tem a prerrogativa de muda-la é o (IFAB) International Association Board. O que houve foi a que a Fifa ampliou a interpretação em lances definidos.


PARANAONLINE Na Copa do Mundo no Brasil tivemos vários lances e a impressão que ficou foi de que os árbitros agiram em descompasso com as novas orientações. O que aconteceu?
Corrêa da Silva - Na Copa ocorreram vários lances e os árbitros se equivocaram (veja os vídeos e verá isto claramente), deixando de marcar penais. Todavia como esta interpretação estava dentro do que todo mundo estava acostumado, claro, não houve polêmica. Se eles tivessem marcado, dentro das novas interpretações da Fifa, a polêmica seria na Copa e não no Brasileiro

LINKS DISPONIBILIZADOS PELA CA/CBF PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO DE MÃO NA BOLA E BOLA NA MÃO
Link que Larrionda explica jogadas de bola na mão
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2014/10/larrionda-explica-jogadas-de-bola-na-mao-e-fala-em-azar-nos-lances.html
LINKS - Árbitros têm que interpretar corretamente http://globotv.globo.com/sportv/copa-2014
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2014/09/ainda-existe-bola-na-mao-que-nao-e-faltosa-diz-diretor-de-arbitragem.html
Vejam estes links com decisões polêmicas:
ITÁLIA http://espn.uol.com.br/noticia/
ESPANHA +  ou http://espn.uol.com.br/video/
Vejam link na Espanha –  lance em que a bola toca na mão e penal é marcado.

LANCES POLEMICOS E COMENTÁRIOS DE SALVIO SPINDOLA 09/10/2014
Reportagens com vídeos Árbitro acertou ao não marcar pênalti para Botafogo, mas errou ao não dar penalidade para Flamengo http://espn.uol.com.br/blogs/salviospinola#/
Bahia 0 x 0 Criciúma 20/08/2014 BRASILEIRÃO SERIE A
http://g1.globo.com/videos/bahia/jornal-da-manhã/
Vitoria 1 x 0 Figueirense 24/08/2014 BRASILEIRÃO SERIE A
http://g1.globo.com/videos/bahia/jornal-da-manhã
Vitoria 1 x 2 Flamengo 31/08/2014 BRASILEIRÃO SERIE A
http://g1.globo.com/videos/bahia/jornal-da-manhã

“Reitero que houve três situações de interpretação que, pelas novas diretrizes, podem ser consideradas equivocadas, mas foram em decorrência de equívoco visual e que, toda nova sistemática de interpretação passa por processo de ajustes”. 

PARANAONLINE Quantos jogos a Comissão de Árbitros da CBF escala de fevereiro, quando começa a Copa do Brasil até o final das competições  que terminam em dezembro?
Corrêa da Silva - Abaixo o quadro com a quantidade até o momento, mas considere-se as dimensões continentais do Brasil, a distribuição de árbitros nos estados (segue quadro do Paraná e a cidade em que residem) para que se tenha uma ideia da logística extraordinária que devemos cuidar. Todas as partidas têm assessores e delegados de arbitragem designados que emitem notas para os oficiais.
Competições Jogos
Série B 332
Série A 320
Série D 197
Série C 189
Copa do Brasil Feminina 165
Brasileiro Feminino 65
Copa do Nordeste 62
Copa do Brasil Feminina 61
Sub-17 57
Sub-20 50
Copa Verde 30
TOTAL 1528 

PARANAONLINE – Que critérios são utilizados pela CA/CBF na escalação dos homens de preto, já que são várias competições simultâneas?
Corrêa da Silva - Além dos critérios técnicos, base do trabalho, tentamos ao máximo esgotar as possibilidade e designar dois árbitros para sorteios, observando: a) neutralidade plena (aqui merece um registro de que nosso sonho seria um árbitro do estado (A) atuar em jogos desta equipe contra a do outro estado); b) tentar inserir no sorteio árbitros em partidas de times que estejam em posição de concorrência com algum clube da mesma federação do árbitro (em alguns momentos isto não sendo possível temos que quebrar e escolher árbitros experientes mesmo com equipes de seu estado disputando vagas ou evitando fugir do rebaixamento; c) evitar o máximo repetir árbitros em partidas do mesmo clube, sem um intervalo razoável (na Série B, por exemplo, temos equipes com 32 partidas e apenas um ou outro árbitro atuando duas vezes); d) do equilíbrio, na medida do possível, do número de atuações por árbitro; do rodízio em competições para evitar desgaste e cansaço físico e mental dos árbitros com clássicos seguidos; e) possibilidade de renovar e revelar  novos árbitros e assistentes, dentre outros.
  
PARANAONLINE A atual lista da (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol, comprovadamente está “inchada”. O sr. concorda que ela precisa ser reformulada e, sobretudo, com meritocracia?
Corrêa da Silva - Estamos fazendo os devidos ajustes, mas o número de árbitros, considerando além do número de partidas, necessariamente deve ser bem superior, pois há afastamentos, lesões, necessidade de descanso dos árbitros, além de outros fatores. Sabia que, das 1528 partidas teve mais de 220 partidas jogadas só em SP? No período de 15 a 30 de julho, foram realizadas 30 partidas. Isto significa 30 quartos árbitros e 30 assessores! Pois bem, para alguns estados faltam alguns e, em poucos, sobram.

PARANAONLINE Como estão os preparativos para a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf) 2015?
Corrêa da Silva - Estamos estabelecendo novo prazo para o envio das relações nacionais para 28 de novembro, pois pretendemos divulgar a (Renaf) até o final do ano. Ademais, estamos atualizando as correspondentes normas, para ajustá-las às constantes mudanças de circunstâncias. Tudo é um processo contínuo.

PARANAONLINE Na relação de 2015, qual será o procedimento da CA/CBF em relação aos árbitros e assistentes da Fifa, que atingiram a idade de 42 a 43 anos? Não é um equívoco mantê-los na Fifa sabendo da filosofia da instituição internacional?
Corrêa da Silva - Desde julho deste ano estamos tratando deste assunto. Realizamos três reuniões sobre o tema, com mais de  trinta instrutores de todas as regiões do Brasil comparecendo a CBF para um treinamento e aproveitamos para solicitar que eles emitissem conceitos sobre cada um dos internacionais, aspirantes e promissores. 

PARANAONLINE E quais foram os resultados dessas reuniões?
Corrêa da Silva - Depois de compilarmos todos os dados, fizemos uma quarta reunião com os representantes dos órgãos da arbitragem brasileira (Wilson Luiz Seneme (CA-Conmebol, Antonio Pereira da Silva (CA e ENAF), Ana Paula de Oliveira (ENAF), Alicio Pena (CA), Cel. Nilson Monção (CA), Manoel Serapião (ENAF-CBF), Edson Rezende de Oliveira (Corregedor), Paulo Camello (pilar físico) e, Marta Magalhaes (pilar mental). Obs: Os documentos com os conceitos emitidos não foram identificados e, claro, os que fizeram uma vez não repetiu. 

PARANAONLINE - Além do exposto acima que outras decisões foram tomadas?
Corrêa da Silva - Os que participaram do processo para o mundial, os mundialistas e os pré-selecionados como promissores são mantidos, sendo certo que serão exigidos ainda mais nos aspectos físicos. O importante é que tenhamos árbitros aptos para atender a CBF e o Brasil nas competições nacionais e internacionais.
Ressalte-se que criamos o quadro Especial para atender o projeto de renovação, pois o árbitro continua atuando em alto nível e recebendo os valores das taxas dos internacionais. Pode deixar  a lista da Fifa, mas prossegue atuando se manter a performance dentro das quatro linhas.

PARANAONLINE Em 2013, a CBF implementou a Escola Nacional de Arbitragem (Enaf). Por que esse órgão tem atuado de maneira tão tímida na formação e requalificação da arbitragem diante das exigências do futebol moderno?
Corrêa da Silva - A atuação da (Enaf) não é no campo da formação direta, apenas no aperfeiçoamento dos que integram a (Renaf). Temos colaborado com as entidades na organização das escolas de arbitragem. Em relação ao aperfeiçoamento, a (Enaf) tem atuado fortemente e ajudado nossa arbitragem a se desenvolver. Em 2014 realizamos oitenta e quatro (84) cursos. 

PARANAONLINE -  Onde foram realizados os cursos e a que segmentos da arbitragem eles foram direcionados?
Corrêa da Silva -Foram vinte e duas participações nas pré-temporadas das federações (dezembro a fevereiro de 2014); realizamos vinte e sete avaliações e treinamentos (março a abril); vinte e quarto treinamentos (intervalo do Brasileiro e Copa do Mundo); quatro reuniões para instrutores (julho e agosto); um  curso para instrutores Futuro III (Peru); um curso internacional para instrutores nacionais (abril); um curso internacional para preparadores físicos; um encontro de psicólogos de arbitragem; um curso para árbitros de elite (agosto); um curso para árbitros promissores; um curso internacional para assessores nacionais (abril).

PARANAONLINE Anderson Daronco, Braulio da Silva Machado,  Dewson de Freitas, Felipe Duarte Varejao, Felipe Gomes da Silva, Igor Junior Benevenuto, Marielson Alves da Silva, Raphael Claus, Rodrigo D Alonso Ferreira e Thiago Duarte Peixoto são o futuro da arbitragem brasileira. Que tipo de trabalho a CA/CBF vem desenvolvendo no acompanhamento, orientação, cursos, aprimoramento etc.. à esses jovens?
Corrêa da Silva - Além dos citados temos outros jovens na faixa dos 25/30 anos em preparação. Tudo isto é resultado do investimento e trabalho de anos dos instrutores formados pela Fifa. Um árbitro não se forma em um forno de micro-ondas, mas sim no fogão a lenha. Lentamente. Cada estado (que pode ser considerado um país) tem características próprias (formação, competições mais ou menos duras, etc). Dou um exemplo: no sul do país, o estilo é mais agressivo do que em outras regiões. Enfim, um policial de uma cidade grande, da fronteira é bem mais  preparado do que um de município de menor porte, com baixa criminalidade. Na arbitragem não é diferente.

PARANAONLINE - Então é muito difícil formar e descobrir um árbitro com talento e vocação?
Corrêa da Silva - É dificílimo. Não é fácil mudar conceitos e renovar a arbitragem. Entendo que a redução que a Fifa exige para o árbitro ingressar nos seus quadros (38) anos nos obrigou a ter árbitros jovens sendo preparados. A demanda é pelas competições nacionais, todavia não podemos deixar de ter um contingente de jovens e prepará-los para o futuro. Sempre digo que devemos trabalhar com o sistema 3 – 5 – 2, ou seja, 30% de árbitros entre 38 e 45 anos; 50%, entre 30 e 27 anos e 20%, abaixo de 30 anos. 

PARANAONLINE - O sr. afastou-se durante um certo período do comando da arbitragem. Que resultados foram obtidos após seu retorno?
Corrêa da Silva - Não custa lembrar que, depois de dois anos afastado da CA/CBF, retornamos em 13 de maio e de lá para cá foram 15 novos árbitros lançados na Série (A). Muitos estão aproveitando as oportunidades. Temos que dar oportunidades aos árbitros das 27 federações de futebol, dando ênfase para aos que estão em consonância com os modernos conceitos de formação, treinamento e acompanhamento.
O certo, todavia, é que todos esses e outros árbitros e assistentes estão sendo acompanhados e aconselhados continuamente. A atuação dos delegados especiais em quase todos os jogos da Série (A), não tem outra finalidade, senão a de fortalecer e aconselhar os jovens árbitros, como manter o foco dos mais experientes. 

PARANAONLINE - Temos observados vários equívocos de juízes e bandeiras. A CA/CBF designa em cada partida um assessor ou um delegado de arbitragem. Eles relatam de maneira fidedigna o que veem nos jogos? Quem faz a análise dos relatórios desses senhores?
Corrêa da Silva - Discordo, pois em 1528 partidas, tivemos apenas trinta e uma reclamações formais, sendo que dezesseis foram consideradas procedentes. De cada jogo é feito um relatório, em que são analisados todos os aspectos de uma arbitragem: o técnico, o disciplinar, o físico, o mental, que diz respeito ao controle emocional do árbitro e o social, em que a conduta do árbitro é observada. Ademais, para os lances que não podemos perceber em campo, ainda temos, um assessor de vídeo. 

PARANAONLINE - Diante da sua afirmação o relatório do assessor e do delegado de arbitragem é de fundamental importância.
Corrêa da Silva - Não tenho nenhuma dúvida, pois é com com base em todos esses elementos que fazemos  a retroalimentação após cada jogo e, quando necessário, adotamos outras medidas, a exemplo de treinamento específico. A (Enaf) analisa e tem um banco de dados de todos os relatórios, que servirão de base para os treinamentos futuros, sem prejuízo dos casos emergenciais.  

PARANAONLINE - A Fifa autorizou os seus (202) filiados a introduzirem a tecnologia como auxílio à arbitragem. Michel Platini presidente da Uefa, diz que o custo da tecnologia é altíssimo e contrapôs com os árbitros assistentes adicionais (AAA). A CBF refutou as duas opções. Por quê?
Corrêa da Silva - A CBF adotou os árbitros adicionais, que produziram bons frutos. Todavia, não o esperado. Entraremos, assim, em uma nova fase de experiência. Quanto ao uso da tecnologia na linha do gol, se estamos atuando com (AAA), não creio que seja necessária. Ademais, e por muito importante, a CBF não pode quebrar o princípio da igualdade da competição, colocando a tecnologia do gol em apenas alguns jogos, pois nem todos os estádios estão aparelhados com o equipamento exigido.

PARANAONLINE - A Premier League (Inglaterra), há mais de duas décadas implementou a profissionalização do árbitro via uma empresa terceirizada. É sucesso total. Recentemente, Portugal aderiu a profissionalização em caráter experimental com (10) apitos. Na Bundesliga (Alemanha), foi criado um Ranking e um escalonamento até 2016 com vantagens financeiras aos juízes e auxiliares. Espanha e Itália estão desenvolvendo estudos para equacionar o problema da profissionalização. Que medidas o sr. propõe para resolver a questão, já que no Brasil a atividade do árbitro foi reconhecida como profissional há mais de uma ano via Decreto Lei Nº 12.867?
Corrêa da Silva - Acompanho tais competições e as reclamações contra a arbitragem são imensas e, tal qual no Brasil, muitas injustas. Tenho dados interessantes sobre cada uma delas. Esse é um assunto muito complexo e ainda não tenho uma ideia definitiva sobre ele. Penso que a profissionalização não é a solução para evitar erros. Pois nos países que você citou os erros são de natureza similar  aos daqui, inclusive nos lances de bola na mão, continuam existindo. Apesar disso, não podemos negar que um profissional que se dedica integralmente a determinada função terá possibilidade de produzir melhor. Mas, mesmo assim, não podemos nos esquecer de que muitos e muitos erros de arbitragem decorrem da impossibilidade humana de perceber determinados fatos. 

PARANAONLINE – Profissionalizar a arbitragem não daria aos homens do apito independência e os protegeria das várias nuances que gravitam em torno da categoria?
Corrêa da Silva - Se a ideia da profissionalização for para proteger o árbitro, ela me é simpática. Todavia, me preocupo  com o aspecto financeiro, pois a conta é muito alta e sou contra a fazer isso apenas com alguns árbitros, principalmente por não achar razoável humanamente fazer cisão em uma categoria. Além disso, nossas leis trabalhistas criam algumas barreiras que poderiam inviabilizar o processo de renovação. Mas, ainda há um aspecto social, que é o que mais me preocupa: Como será a vida do árbitro depois dos 45 anos? Como ele entrará no mercado de trabalho? Ou será que se imagina aposentar um homem na flor de sua idade e de sua capacidade física e intelectual? Além disso, quem pagaria a conta? Não me atrevo a responder. Só indago. E indago ainda sobre se o que é bom e possível para a Europa é bom e possível para o Brasil.

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