quinta-feira, 16 de abril de 2015

Carta ao presidente da CBF

Sr. Presidente Marco Polo!

Embora a CBF receba enxurradas de críticas da Imprensa e dos representantes dos Poderes de Estado( Legislativo, Executivo e Judiciário), algumas delas com fundamento,  importante observar que se trata de entidade privada (com as garantias Constitucionais), superavitária, com quadro funcional profissionalizado e que não se utiliza objetivamente  de recursos públicos para atingir os seus fins, sob o crivo da FIFA.
2. Apesar disso, e em razão  da sua iminente posse na Presidência da entidade,  ouso lançar publicamente  algumas sugestões, quiçá já em fase de efetivação, a saber:
a) que seja incentivado e  incrementado   um plano de médio e longo prazo  para a melhoria e qualificação dos(as) árbitros(as) brasileiros(as), em parceria com as Federações Estaduais e as entidades representativas da categoria, que devem atuar com  autonomia e independência. Importante o desenvolvimento do “Projeto caça talentos”, para que os árbitros possam atingir o auge com idade mais precoce;
b) disponibilizar o Estatuto da CBF no seu site oficial. Trata-se de medida urgente e de transparência, assim como fazem  FIFA, AFA, AUF, CONMEBOL, FGF, etc, etc;
c) composição com a CBFS (futsal)  e com a CBBS( futebol de praia/areia), trazendo-as para o bojo da CBF e destinando-lhes respectivas diretorias, unindo, no Brasil, as três modalidades administradas pela FIFA, a exemplo do que ocorre na maioria dos demais países filiados à entidade mater;
d) criação de uma gerência para tratar do futebol sete, modalidade que, a exemplo do que aconteceu com o futsal e do bach soccer, está em plena expansão e, em breve,  certamente será oficialmente reconhecido e administrado pela FIFA, diante da prática significativa e intensa em diversos países.
e) criação de um programa de incentivo à profissionalização das administrações dos clubes brasileiros  (estes sim contumazes inadimplentes de obrigações sociais,  previdenciárias e contratuais), ombreando-se à lei e às medidas governamentais de equilíbrio financeiro dos clubes;
f) incentivo efetivo ao futebol feminino;
g) procurar não interferir na indicação de auditores nos Tribunais Desportivos, incluindo o STJD, a cargo das demais entidades representativas(OAB, Clubes, Atletas e Árbitros).

3. Esta é, Sr. Presidente, a contribuição que, por ora,  submeto à reflexão e à análise de V.Sa  e dos que o acompanharão na tarefa de bem administrar a CBF e o futebol brasileiro, ao tempo  em que lhe desejo sucesso na nobre missão. 

                   Porto Alegre(RS), 16 de abril de 2015.

                          ADEMAR PEDRO SCHEFFLER
                           ADVOGADO DO SAFERGS.

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