segunda-feira, 27 de julho de 2015

Raio-X da arbitragem

Estádios com ótima afluência de público, sobretudo, com a presença das famílias - partidas sem jogadas violentas, sem insurreições contra a arbitragem, belíssimos gols, não há tumulto nas arquibancadas, pequenos equívocos da arbitragem, alguns imperceptiveis, tempo de bola em jogo (59’22”), número de infrações (24 faltas por jogo até a conclusão da 15ª rodada) – é o retrato fidedigno do Campeonato Brasileiro de futebol até a presente data. Na última década, os fatos aqui narrados só foram suplantados pela Premier League (Inglaterra), na temporada 2014/2015. A Liga Inglesa teve de bola rolando 61'02" e 22 infrações por partida.

Mas o principal artífice para a mudança de conscientização e do comportamento dos atletas, dos dirigentes, dos técnicos, dos gandulas, dos massagistas, dos médicos, dos preparadores físicos e do torcedor, tem um nome: o árbitro. Ele e a bola são os dois únicos fatores sem os quais não pode haver um prelio de  futebol.

Vestido de amarelo, azul, preto, vermelho, na maioria das vezes, com fisionomia serena, olhar objetivo e seguro, ele se posiciona na diagonal, no vértice do triângulo (árbitro-bola-assistente). Fala apenas o necessário, discreto, bem preparado física e tecnicamente e com reflexos afinados para tomar decisões em consonância com as Regras de Futebol. É o que todos os adeptos do futebol almejam numa partida - porque o levantar incorreto da  bandeira pelo assistente ou o trilar equivocado do árbitro muda o resultado de um jogo. 

PS: Enalteço nesta coluna o profissionalismo de persuasão que vem sendo realizado via CA/CBF, pela escola Nacional de Arbitragem (Enaf) e da imprensa esportiva do futebol brasileiro - na conscientização de todos os envolvidos no futebol e da importância fundamental das mudanças que ora vivenciamos nos jogos do País pentacampeão de futebol. 

PS (2): Raphael Claus (foto/Fifa/SP) e os assistentes Danilo Ricardo Manis e Daniel Paulo Ziolli, agiram com equilíbrio, conhecimento e demonstraram como deve ser o trabalho em equipe em lances de difícil interpretação e aplicação das regras como aconteceu na partida Chapecoense/SC 2 x 1 Fluminense/RJ.

PS(3): Observando a designação dos árbitros e assistentes da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série (A), via CA/CBF, que tem sua abertura na quarta-feira (29) e termina no final de semana - vislumbrei que nenhum apito da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que compõe a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf) foi escalado. 

PS (4): O fato em tela expõe o atestado inexorável da falência do modelo de gestão que vem sendo aplicado há nove anos ininterruptos no setor do apito na casa Gêneris Calvo. Cadê a associação dos árbitros para reivindicar as mudanças que se fazem necessárias no comando da arbitragem da (FPF)? Lembro que a principal "conquista" dos homens de preto da (FPF) neste 2015, no que tange à arbitragem, foi o rebaixamento do presidente da associação dos árbitros/PR, Adriano Milczvski de CBF-1 para CBF-2.      

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