segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Assessores e delegados devem ser neutros

    Assessores e/ou delegados de arbitragem da CBF deverão deixar funções nas associações e sindicatos.
Cadê o Romam? 
Alçado como interlocutor político da confraria do apito brasileiro em Brasília, o ex-árbitro e atual deputado federal Evandro Rogério Romam (PSD), eleito sob a bandeira do esporte está sumido do noticiário esportivo. Observando diariamente a mídia nacional e, por conseguinte, do Paraná de onde o parlamentar é originário, não se vislumbra nenhuma linha da sua atuação na Câmara dos Deputados na área do esporte.

Deputado de primeiro mandato, sem o devido conhecimento de como transitar nos labirintos do “ninho de cobras” que é o Distrito Federal, onde os interesses da população deveriam ter prioridade mas não teem – e mal assessorado por um parecer jurídico “precário” no que tange ao direito de arena à arbitragem pelo jurídico da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) -Romam entrou de corpo e alma nessa “barca furada”, cujo resultado foi  um rotundo “fiasco”.

Sabemos que o deputado em tela é um sujeito bem-intencionado e é detentor de bons propósitos para o esporte, sobretudo às crianças e adolescentes - e deve voltar a pleitear vários direitos que vêm sendo subtraídos ao longo dos anos dos árbitros e assistentes. Mas, quando for reivindicá-los, que o faça cercado de um bom assessor jurídico, com subsídios que lhe permitam argumentos plausíveis, o que impedirá que seu nome fique estigmatizado pelo fracasso e seus pleitos continuem dando “chabu”.

Cadê o direito de imagem?
Após a “derrota” do direito de arena, sindicalistas vinculados aos homens de apito, convocaram assembleias com o alvo de deflagrar uma greve. O desfecho das assembleias e da tal “greve” em todo o Brasil, é de notório conhecimento que tiveram “efeito traque”.

Posteriormente, foram colhidas duzentas e cinquenta assinaturas de apitos e bandeiras, com o objetivo de obter o direito de imagem aos trabalhadores da arbitragem. Segundo alardeado à época, a ação foi ajuizada na cidade de Recife (PE) - mas até o momento ninguém sabe o que aconteceu com a “dita ação”. Será que o direito de imagem a exemplo do direito de arena também foi para o “beleléu”?

Não aos sindicalistas
Informações que chegaram até este colunista afirmam que, os cartolas da Copa Rio/Sul/Minas, irão procurar a CA/CBF presidida pelo instrutor da Fifa/Conmebol/CBF, Sérgio Corrêa da Silva,  e lhe fazer um pedido. Que pessoas vinculadas as associações e sindicatos de árbitros de futebol, não sejam designadas para apitar, bandeirar e atuar nas funções de assessores e/ou delegados de arbitragem naquela competição.

A atitude dos dirigentes da liga mencionada é bem-vinda e deve proporcionar a tão sonhada regularização e, por consequência, dar um fim na promiscuidade que grassa neste setor da arbitragem brasileira. Uma lista com os nomes dos árbitros, assistentes e dos membros de entidades sindicais que ocupam diferentes cargos nesses órgãos, deve chegar as mãos do CEO da Liga Alexandre Kalil nas próximas horas.

Nada a declarar, que dirá comemorar
Perguntei a dois sindicalistas com assento no Congresso da Anaf,  que será realizado nos dias 27 a 29 do mês em curso na cidade de Campo Grande (MS), qual é o posicionamento de ambos em relação a tudo o que aconteceu após a promulgação da Lei Nº 12.867/2013, lei que regulou a atividade do árbitro como profissional e a resposta foi: “Os dirigentes sindicais, e a categoria que labora na arbitragem nas federações e nos torneios da CBF não tem nada a declarar, que dirá comemorar”. 

PS(1): Aliás, os representantes das associações e sindicatos, deveriam aproveitar o Congresso em Campo Grande, para realizar uma profunda reflexão a respeito do modus operandi quando das reivindicações futuras à categoria do apito a partir de 2016. Gostem ou não, todos sem exceção, demonstraram desconhecimento jurídico, total ausência de representatividade e foram inábeis politicamente nos pleitos efetivados. Associações e sindicatos são os grandes derrotados deste 2015.  

PS (2): Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), será o árbitro de Goiás/GO x Coritiba/PR, na quarta-feira (18). Marques Ribeiro iniciou a temporada de 2015 no Brasileirão com um estilo egocentrista, personalista e isto prejudicou seu desempenho. Submetido a uma requalificação pela CA/CBF e Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, corrigiu as deficiências e desde então sua performance na Série (A) do Campeonato Brasileiro, na Conmebol e no Mundial Sub-20 da Fifa na Nova Zelândia foi excelente. Ao mudar a postura, tornou-se candidatíssimo ao troféu de melhor árbitro do Brasileirão de 2015, ao lado de Anderson Daronco e Heber Roberto Lopes     

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