quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pauta “extemporânea”

    Apesar do descaso da cartolagem com a arbitragem, Heber Roberto Lopes ao centro, teve temporada auspiciosa

Marco Polo Del Nero foi guindado ao comando da CBF em abril/2015. Portanto, não foi por falta de tempo e de oportunidade que a pauta de reivindicações da confraria do apito apresentada pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), há poucos meses e reiterada no último dia (3) do mês em curso deixou de ser atendida. CBF e (Anaf), tiveram oito meses para negociar os pleitos dos homens de preto.
   
A verdade é que a CBF, as federações de futebol e os cartolas que gerem os clubes, em função de uma cultura anacrônica enraizada há décadas no futebol brasileiro, sempre trataram a  arbitragem, fundamental para o sucesso de uma competição de alto nível, como se fosse filigrana.
  
Não obstante o tratamento serviçal dispendido pela cartolagem do nosso futebol ao árbitro, nos últimos anos, dois setores da arbitragem vem agindo como litisconsorte com os cartolas contra juízes e bandeiras: as associações e os sindicatos da categoria.

As associações não têm representatividade sindical e não desejam a criação de sindicatos, porque perderão a “boquinha”, as prebendas e sinecuras”. Já os sindicatos, com prerrogativas garantidas na Constituição brasileira, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e com acento no ministério do Trabalho, deixaram-se cooptar pelos cargos que ocupam na CBF e nas federações de futebol.

Com o cenário em tela, fica evidenciado que a pauta protocolada pela Anaf - junto a Confederação Brasileira de Futebol, dificilmente será atendida pela entidade - e a exemplo das demais demandas requeridas este ano que está terminando, terá o caminho do “beleléu”.

PS: Anaf, associações e os oito sindicatos de árbitros que detém a Certidão de Registro Sindical (Carta Sindical), reuniram-se três vezes neste 2015, mas não atingiram nenhuma conquista aos homens de preto do futebol brasileiro.    

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