Apesar do descaso da cartolagem com a arbitragem, Heber Roberto Lopes ao centro, teve temporada auspiciosa
Marco
Polo Del Nero foi guindado ao comando da CBF em abril/2015. Portanto, não foi
por falta de tempo e de oportunidade que a pauta de reivindicações da confraria
do apito apresentada pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), há
poucos meses e reiterada no último dia (3) do mês em curso deixou de ser
atendida. CBF e (Anaf), tiveram oito meses para negociar os pleitos dos homens
de preto.
A
verdade é que a CBF, as federações de futebol e os cartolas que gerem os
clubes, em função de uma cultura anacrônica enraizada há décadas no futebol
brasileiro, sempre trataram a arbitragem,
fundamental para o sucesso de uma competição de alto nível, como se fosse filigrana.
Não
obstante o tratamento serviçal dispendido pela cartolagem do nosso futebol ao
árbitro, nos últimos anos, dois setores da arbitragem vem agindo como
litisconsorte com os cartolas contra juízes e bandeiras: as associações e os
sindicatos da categoria.
As associações não têm representatividade sindical e não desejam a criação de sindicatos, porque perderão a “boquinha”, as
prebendas e sinecuras”. Já os sindicatos, com prerrogativas garantidas na
Constituição brasileira, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e com
acento no ministério do Trabalho, deixaram-se cooptar pelos cargos que ocupam
na CBF e nas federações de futebol.
Com
o cenário em tela, fica evidenciado que a pauta protocolada pela Anaf - junto a
Confederação Brasileira de Futebol, dificilmente será atendida pela entidade - e
a exemplo das demais demandas requeridas este ano que está terminando, terá o
caminho do “beleléu”.
PS:
Anaf, associações e os oito sindicatos de árbitros que detém a Certidão de
Registro Sindical (Carta Sindical), reuniram-se três vezes neste 2015, mas não
atingiram nenhuma conquista aos homens de preto do futebol brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário