quinta-feira, 21 de abril de 2016

Comitê de Reformas do futebol brasileiro?

Observando as reuniões do Comitê de Reformas do futebol brasileiro no que tange a arbitragem, não encontrei no seu conteúdo nenhuma menção no que diz respeito a mudança de critérios na  indicação dos assessores e delegados de arbitragem nas competições da CBF. Há muito tempo as funções nominadas de suma importância para a melhora da credibilidade das tomadas de decisões do árbitro do nosso futebol, foram “banalizadas” e entregues em alguns casos a dirigentes da Anaf, associações e sindicatos de arbitragem. UMA VERGONHA!

A CBF para escamotear a verdade e manter sobre o cabresto da submissão a arbitragem brasileira, aceita tal situação e alega que as indicações para este mister é das federações de futebol. Mas a mesma CBF se “esquece propositalmente” de dizer, que, o Campeonato Brasileiro em todas as suas divisões é de inteira responsabilidade da entidade.

Ou será que a CBF escala arbitragem, assessores e/ou delegados, jogos etc... por escalar? Na verdade temos uma farsa montada há vários anos -  e ninguém fez nada até o momento e dificilmente será feito pelo tal Comitê de Reformas. Em qualquer lugar do planeta com um mínimo de ética, esta prática incompatível e “vergonhosa” seria considerada antiética, mas, no futebol pentacampeão tornou-se corriqueira. POBRE ARBITRAGEM BRASILEIRA!

Resta aguardarmos o desfecho final das ações do comitê e, sobretudo, quais serão as ideias, sugestões e/ou contribuições da secretária da Escola Nacional de Arbitragem, Ana Paula Oliveira, que compõe este comitê na possível alteração na indicação ou no continuísmo dos assessores e delegados de arbitragem vinculados à Anaf, associações e sindicatos de árbitros no próximo Brasileirão. Pela conhecimento e histórico do tema arbitragem, Ana Paula deveria se posicionar contra esta medida descabida. 

PS (1): “A designação de sindicalistas vinculados a Anaf, associações e sindicatos da arbitragem brasileira, na função de assessores e delegados de arbitragem no Campeonato Brasileiro é uma nódoa. Nódoa que torna o relatório sobre o desempenho do quarteto de árbitros confeccionado por este tipo de gente, uma análise fajuta”. Salvo se a CBF mudar os critérios na indicação do quadro de assessores e delegados de arbitragem.

PS (2): Sindicalistas existem e são eleitos sob a condição sine qua non, para defender e pleitear os interesses da categoria. No que diz respeito a arbitragem, idem. Portanto, está clarividente que enquanto os dirigentes da Anaf, associações e sindicatos continuarem exercendo cargos e recebendo prebendas e sinecuras das federações de futebol e da CBF, as reivindicações e pleitos dos homens de preto não serão alcançadas. A CBF e os sindicalistas teem conhecimento disso, porém, apostam no subdesenvolvimento da confraria do apito brasileiro. 

PS (3): A designação do árbitro Leonardo Sigari Zanon, para comandar o segundo confronto da semifinal entre Paraná Clube x Atlético/PR, no domingo (24), na Vila Capanema, é um ato da Federação Paranaense de Futebol, que quer demonstrar que há material humano suficiente no seu quadro de arbitragem para comandar as competições da entidade. Vamos aguardar o desfecho do indigitado confronto. 

PS (4): O penal assinalado corretamente aos 44’ da etapa final no prelio Paraná Clube/PR 2 x 0 Estanciano/SE, pela Copa do Brasil nesta quinta-feira (21), pelo árbitro José Claudio Rocha Filho (CBF-1/SP), retratou com precisão milimétrica a decadência da arbitragem da Federação Paulista de Futebol. Após a marcação do pênalti, o comportamento INDISCIPLINADO do atleta Da Silva do Estanciano, desaprovando com palavras, gestos e apontando o dedo em riste na direção da face da arbitragem foi deprimente. Ao invés de agir, o árbitro e o assistente nº (2) preferiram administrar a indisciplina do jogador. Resta saber quem os indicou para o quadro da Relação Nacional de Árbitros (RENAF).  

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