Da esquerda para à direita, Pedro Proença e Vitor Pereira - foto: ojogo.pt
A
CBF anunciou na segunda-feira (1/8), a criação de uma comissão a parte da Comissão
de Arbitragem da instituição - o objetivo precípuo dessa comissão, após
observação da arbitragem nos vinte jogos das Séries (A) e (B) do Campeonato
Brasileiro, será a de elaborar relatórios independentes com proposições,
correções, soluções, requalificação e até mesmo afastamento do árbitro e/ou
assistente quando o fato exigir. A ação da CBF visa também, uniformizar o mais
próximo possível, as decisões dos homens de preto no que tange a interpretação
e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL.
A
CBF é a segunda entidade do futebol mundial a adotar esta prática. Medida que
até então era exclusividade da Premier League (Inglaterra) – os ingleses
instituíram há vários anos, um grupo de ex-árbitros de elite, com notório
conhecimento sobre as REGRAS DE FUTEBOL, que desenvolvem esta importantíssima função.
Os
ex-árbitros ingleses, realizam este tipo de avaliação em todas as partidas da mais
rentável liga financeira de futebol do planeta e há quatro anos consecutivos
mantém a maior média de público.
Os
observadores independentes da Liga Inglesa selecionados para esta atividade, comparecem
“in loco“ aos estádios e em local específico, observam e anotam todos as ações
do quarteto de árbitros.
No
primeiro dia útil da semana, o relatório elaborado é encaminhado a direção da
Premier League que, toma as medidas necessárias embasada no relatório que
recebeu. Até janeiro deste ano era assim que agia a premier League, não
acredito que tenha mudado o modus operandi.
Mas
o que despertou a nossa atenção foram os nomes escolhidos pela CBF para
realizarem tão sibilino trabalho. Vitor Pereira (Portugal), designado para
presidir a comissão independente dispensa comentários. É detentor de know how
incontestável com uma folha de serviços prestados à arbitragem na FIFA como
árbitro e membro do Comitê de Arbitragem da instituição inquestionável. Além de
ter sido o principal apito da Federação Portuguesa de Futebol de todos os
tempos.
Já
Claudio Cerdeira e José Roberto Wright, são ex-árbitros e há muito tempo não
ouço falar da indigitada dupla. Não há notícia de que ambos estejam
participando de programas esportivos ou algo similar.
Nossa
opinião é que há no futebol pentacampeão, ex-árbitros de elite que deixaram recentemente
a carreira e, portanto, estão atualizadíssimos e identificados com as causas e
possíveis soluções para a melhora da arbitragem brasileira.
PS: A respeito da participação do diretor da
comissão de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Afonso Vitor de
Oliveira, no penúltimo sorteio da arbitragem na sede da CBF, ao qual assisti, é
um direito seu. Aliás, no último dia (26/6), tive a satisfação de participar de
um dos sorteios na sede da entidade. Está respondido aos “críticos”, que me
questionaram sobre o fato da participação do indigitado diretor no sorteio.
PS (2): Quanto a presença de Afonso Vitor de Oliveira
a frente do comando da arbitragem da (FPF), não mudo de opinião de que ele
personifica com rara precisão, o símbolo do anacronismo - já que, desde que
Afonso assumiu a chefia da arbitragem da casa Gêneris Calvo [há uma década],
não conseguiu revelar um único árbitro (apito) - com possibilidade de atingir o
estrelato no quadro da CBF com vistas à FIFA.
PS (3): Nunca é demais lembrar, que o último árbitro
(apito), revelado pela (FPF) que apita Série (A) do Brasileirão, foi Rodolpho
Toski Marques em 2004 - e é por consequência, o nome que pode um dia chegar ao quadro de árbitros internacional da FIFA. Toski Marques, formou-se quando a escola de formação de arbitragem paranaense
era dirigida por Nelson Orlando Lehmhkul.
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