Heber Roberto Lopes (FIFA/SC) ao centro, e seus auxiliares na final da Copa América Centenário dos EUA/2016 - foto: CONMEBOL
Na
semana que a Associação Nacional de Árbitros (Anaf), vai realizar mais uma
reunião de trabalho em Fortaleza (CE), me questionei o porquê das recentes
denúncias envolvendo alguns dirigentes de sindicatos. Houve problemas nos
sindicatos dos homens de preto do Rio de Janeiro, São Paulo e na semana que passou
no Rio Grande do Sul. Não entro no
mérito das denúncias, mas, o que chama a atenção é que este tipo de noticiário
negativo, surja de gente do próprio seio da arbitragem contra seus congêneres.
Se
feita uma análise pelo país afora do perfil dos dirigentes de associações e
sindicatos, iremos constatar com raras exceções que, a maioria dos diretores
dessas entidades não foi formada nas lides sindicais. Além do exposto, ficará
comprovado, que falta à essas pessoas iniciativa, capacidade de comunicação, vocação,
motivação, persistência, empatia,
comprometimento e, sobretudo, independência, condição sine qua non num sindicalista
de ponta para representar e reivindicar
as necessidades que os homens que manejam o apito e as bandeiras precisam.
O
que se observa no sindicalismo no ramo do apito são pessoas bem-intencionadas.
Ponto. O que é muito pouco ou nada diante de um planeta globalizado, competitivo que
vivenciamos no século 21. E a arbitragem está inserida neste contexto, daí a
exigência de líderes com as qualidades acima mencionadas.
Observem
os diferentes segmentos que compõe o futebol brasileiro, os cartolas, os
clubes, as TVs, os atletas, que ao contrário da arbitragem que é desunida, são
organizados, extremamente corporativistas. E gostem ou não da nossa opinião de
se expressar aqui neste espaço, veem e dão um tratamento cultural à personagem
do árbitro, como um ser descartável, vilão, fdp..., ladrão e ponto final.
Diante
do que, você que é árbitro da Relação Nacional de Árbitros Nacional (Renaf) - e
mesmo quem não pertence a Renaf, faça uma reflexão das ações dos diretores da
sua associação, do seu sindicato e da Anaf – neste análise reflexiva, pergunte
a você mesmo, quais foram os fatos e conquistas que marcaram a gestão da sua
associação, do seu sindicato ou da Anaf nos últimos cinco anos e que benefícios
foram alcançados no interesse da arbitragem.
Trabalhe
esta reflexão no seu lobo pré-frontal, área do cérebro do ser humano que modula
a flexibilidade, a seleção e iniciação das ações, e tomadas de decisões e
avaliação dos acertos e erros – a seguir, emita um juízo de valor a respeito dos
fatos e conquistas se houve ou não e, por extensão, da real capacidade do líder
sindical que está a frente da associação, sindicato ou da Anaf que o
representa.
PS:
A respeito de não ter este colunista noticiado e nem tecido comentários a
respeito da punição imposta pelo (STJD), ao melhor árbitro do futebol
Sul-Americano na atualidade, Heber Roberto Lopes (FIFA/SC), respondo: “A folha
de serviços extraordinários prestados ao futebol brasileiro, Sul-Americano e
Mundial pelo indigitado árbitro ao longo da sua brilhante carreira, acoplado ao
seu caráter idôneo e sua ética profissional, são infinitamente superiores ao
equívoco cometido no prelio Flamengo/RJ x Corinthians/SP”. Está respondido aos
que me questionaram pelo meu silêncio em relação ao fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário