quinta-feira, 23 de novembro de 2017

“CHORORÔ É TROLOLÓ”


O desempenho de Júlio Bascuñan (FIFA/Chile), o árbitro do primeiro prelio decisivo da Libertadores da América, entre Grêmio/Brasil 1 x 0 Lanus/Argentina, sofreu restrições contundentes dos atletas de ambas as equipes, dos cartolas e, principalmente, da mídia esportiva.

Confesso que fiquei um tanto perplexo com a reação dos diferentes segmentos do nosso futebol, porque, as intervenções de Bascuñan na nominada partida, com raríssimas exceções, apresentou conteúdo qualitativo de “pobreza”, similar aos que vivenciamos há várias décadas no futebol brasileiro e, por extensão, na América do Sul. Tem muito “gaiato” que pegou carona e opinando sem entender patavina nenhuma.

Quando Wilson Luiz Seneme, foi anunciado em [4/2/2016) - como o presidente do Comitê de Árbitros da (CONMEBOL) - escrevi aqui neste espaço que, o principal desafio que iria enfrentar na nova função, seria superar o SUBDESENVOLVIMENTO da arbitragem Sul-americana.
    Julio Bascunãn ao centro com a bola - Crédito: CONMEBOL
 
Subdesenvolvimento que é não privilégio do árbitro brasileiro - mas, uma característica com raríssimas exceções, de todos os homens de preto da América do Sul. Subdesenvolvimento que ficou caracterizado quando do teste YO-YO, dias antes do Mundial no Brasil, quando um contingente de apitos e bandeiras  da CONMEBOL, foi reprovada no aludido teste.

Subdesenvolvimento que fica evidenciado a cada divulgação dos melhores apitos do planeta, pela (IFFHS) Federação Internacional de História e Estatística do Futebol - entidade reconhecida internacionalmente pela sua idoneidade.

Subdesenvolvimento que ficou explícito quando os árbitros Enrique Osses (Fifa/Chile) e Wagner Reway (Fifa/Brasil), entrevistados por este colunista, expuseram a estrutura que vivenciaram por ocasião do Workshop que participaram na UEFA, em Nyon, (Suíça).

Subdesenvolvimento que é explicitado na arbitragm da (CSF), todas as vezes que apitos e bandeiras do quadro da FIFA da Conmebol, inclusos os da CBF - submetidos ao “temível” teste físico da entidade internacional, sob os olhares “imutáveis” de instrutores europeus são reprovados.

Subdesenvolvimento que é exposto na ausência de intercâmbio entre árbitros e dirigentes da arbitragem Sul-americana com a europeia.

Não se vê por exemplo aqui no Brasil ou na Conmebol, seminários e/ou painéis, com a presença de personagens da arbitragem mundial, como Mike Riley da Premier League. Pierluigi Collina (foto), presidente do Comitê de Árbitros da FIFA, Massimo Busacca, diretor de arbitragem da FIFA.

David Ellaray, diretor do Centro de Excelência de Formação de Árbitros (CORE) da UEFA e diretor do Painel Técnico Consultivo do (The IFAB) ou do professor Werner Helsen, P.h.D. em educação física e instrutor dos árbitros da FIFA e da UEFA.

Ou seja, o que vimos na arbitragem da quarta-feira (22) - na Arena do Tricolor dos Pampas, é o que temos observado diariamente no nosso cotidiano. O que significa que é uma enorme hipocrisia de todos os setores do futebol brasileiro, reclamar da atuação do apitador chileno.

ad argumentandum tantum - Após ter cometido a "BIZARRICE" ou o maior erro de arbitragem deste Brasileirão, no prelio Corinthians/SP x Vasco da Gama/RJ, quando desempenhou a função de árbitro assistente adicional, o árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, retorna à função no Palmeiras/SP x Botafogo/RJ.

ad argumentandum tantum (2) - Até hoje, a CA/CBF não explicou o que aconteceu com Eduardo Tomaz de Aquino Valadão naquela partida. Pergunto: Aquino Valadão ficou "inebriado" com a Arena Corinthians, e isto lhe provocou um desligamento mental momentâneo? Ou será pensou que estava atuando como árbitro nos "rincões" de Goiás?  Ou então, Aquino Valadão é portador de alguma deficiência visual que, o impediu a três metros do poste de meta, observar o atacante Jô, confeccionar o gol com a mão que deu a vitória à equipe mosqueteira? 

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