terça-feira, 2 de janeiro de 2018

ANO NOVO, UMA NOVA ARBITRAGEM?



A resposta objetiva à epígrafe acima é NÃO! Sobretudo, se levarmos em conta o desempenho da turma que manejou os apitos e as bandeiras no Campeonato Brasileiro da CBF na temporada do ano que passou – aliás, foi o pior desempenho da última década. Não vou mencionar as arbitragens dos campeonatos regionais em 2017, porque ali grassou o semiamadorismo.

Para não ficar apenas nas críticas, elenco abaixo os motivos que conduziram a arbitragem brasileira ao estado de pauperidade e de total dependência que ora vivencia, perante as federações de futebol e a CBF.

1) Na verdade a arbitragem brasileira perdeu não sei de propósito ou não, há muito tempo, o timing e o feeling. 2) Perda que impediu a categoria de reivindicar os seus direitos e a sua independência perante as federações de futebol e a CBF, e, por extensão, manteve no subdesenvolvimento a qualidade do trabalho por ela desenvolvida. 3) Principalmente, quando deixou de criar novos sindicatos - o que substanciaria jurídica e politicamente a confraria do apito, para a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol.

4) Sem a Federação, a classe dos apitos e bandeiras, ficou incapacitada de pleitear perante o Congresso Nacional, a REGULAMENTAÇÃO da sua atividade como profissional - senão na sua totalidade, pelo menos em parte. 5) Com a ausência da Federação, os homens de preto do nosso futebol, ficaram sem força jurídica e sem representatividade política e, por conseguinte, alijados de reivindicar direitos líquidos e certos à categoria, como o direito de arena, de imagem, o fim do sorteio e um percentual dos patrocínios estampados no uniforme da arbitragem nos campeonatos regionais, e no camapeonato Brasileiro, que vem sendo sistematicamente carreados integralmente às federações de futebol e a CBF.

Diante do exposto, fica clarividente que a CBF, as federações de futebol, os clubes, os cartolas, a televisão e demais segmentos que atuam no futebol, continuarão ganhando cada vez mais dinheiro na trilhardária locomotiva de primeira classe que gere o futebol brasileiro. E, por consequência, manejando a arbitragem tal qual “gado no curral”.

Já aos árbitros brasileiros, em que pese a sua importância na direção de um prelio, enquanto não adquirirem a consciência de se mobilizar na defesa dos seus direitos e mantiverem a cultura “tacanha” de só “brigarem por escalas”, está reservado “ad aeternum”, pegar as “merrecas” que caem nos trilhos por onde transitar a indigitada locomotiva acima nominada. 

ad argumentandum tantum - Levantamento realizado por este colunista aponta que, a maioria das federações de futebol não irá realizar a pré-temporada à arbitragem. Segundo informações, a responsável pela não requalificação dos homens de preto é a crise "econômica". O que significa que atletas, cartolas, imprensa e o público verão nos regionais a "mesmice" no que concerne a arbitragem. Ou seja, arbitragens de qualidade duvidosa.

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