Rodolpho
Toski Marques ao centro com a bola - Crédito: CBF
Rejeitar a arbitragem
das federações de futebol do Nordeste e Norte do Brasil, para dirigirem clássicos
locais é algo recorrente nas duas
regiões - é uma cultura que vem se
acentuado de ano para ano. Em outras temporadas, isto acontecia nas partidas semifinais
e finais dos aludidos campeonatos.
A diferença é
que neste 2018, a rejeição
aos homens de preto do futebol das regiões acima nominadas, está sendo antecipada.
A primeira rejeição à arbitragem aconteceu no clássico Remo x Paysandu - região Norte - Federação Paraense de Futebol, no final de janeiro deste ano. Mesmo tendo
um árbitro FIFA, Dewson de Freitas e uma equipe de bons apitos e bandeiras, as
equipes nominadas exigiram arbitragem neutra para o prélio em tela.
A segunda rejeição contrária a arbitragem sucedeu na Federação de
Futebol do Rio Grande Norte - no principal confronto do futebol potiguar, ABC x
América, disputado no sábado (3/3). Árbitro neutro.
A terceira rejeição contra apitos e bandeiras, foi
formalizada pelo Fortaleza Esporte Clube, junto a federação de futebol do Ceará,
que, exigiu árbitro, assistentes e quarto árbitro neutros, por ocasião do clássico
– Rei, entre Ceará x Fortaleza, disputado no domingo (4/3).
No próximo domingo
(11/3), a rejeição se repetirá novamente na região Norte
- quando da realização do Clássico - Rei da Amazônia, Remo x Paysandu, pela
segunda fase do campeonato paraense de futebol. O árbitro designado foi
Rodolpho Toski Marques do Paraná - e os assistentes também serão neutros.
De quem é a culpa pela situação vigente? Dos próprios árbitros,
que estão pagando o preço da desorganização e da autofagia.
Ao invés de se organizarem em sindicatos, a maioria esmagadora
dos homens de preto em todo o Brasil não evoluiu e, optaram ficar circunscritos
as associações de árbitros.
Associações que possuem missão precípua de fomentar o lazer aos
seus associados. Associações que não tem capilaridade para pleitear o
Certificado de Registro Sindical (Carta Sindical), e nem representatividade de
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ao contrário do sindicato
que tem.
O que significa que, as associações não são detentoras de
representatividade sindical junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e
Ministério do Trabalho e Emprego.
E, por derradeiro, adiciono a
rejeição que é
imposta pelos clubes perante às federações à arbitragem do futebol brasileiro, ao
fato de que, enquanto a confraria do apito ficou brigando por escalas tal qual hiena por [carne podre], os cartolas se organizaram e hoje
dão carta, jogam de mão e ficam com o curinga voando na manga. Numa linguagem simples: O grupo de arbitragem do nosso futebol pensa e age com ideias do século 19. A maioria ainda não se tocou, que, estamos no século 21. POBRE ARBITRAGEM
BRASILEIRA!
ad argumentandum tantum - Tomei conhecimento na manhã de hoje que, já há movimento similar nos bastidores em Minas Gerais e Pernambuco.
ad argumentandum tantum - Tomei conhecimento na manhã de hoje que, já há movimento similar nos bastidores em Minas Gerais e Pernambuco.
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