quarta-feira, 14 de julho de 2010

Blatter: "Erros do árbitro fazem parte"


Presidente da Fifa lembrou de encontro em outubro para debater o uso da tecnologia na linha do gol.


O presidente da Fifa, Joseph Blatter, concedeu entrevista coletiva na segunda-feira, em Johannesburgo, em que falou da organização da Copa do Mundo na África do Sul. Um dos assuntos mais abordados foi com relação à arbitragem. Ele mostrou sua preocupação pelo alto número de faltas e cartões da final entre Espanha e Holanda. "Não compete a mim fazer a análise esportiva. São os treinadores que decidem se jogam para ganhar ou para não perder. O Mundial se destacou no aspecto do fair play, mas o jogo deste domingo não foi o que esperávamos nesse aspecto", afirmou.


O presidente da Fifa evitou ainda fazer críticas ao árbitro inglês Howard Webb por sua atuação na final.

- Não foi uma tarefa nada fácil para o trio de arbitragem, não se ajudou muito o trabalho deles - disse.

- Os erros do árbitro fazem parte do futebol. É o aspecto humano do jogo. Se houvesse como controlar a partida de modo científico, não haveria o debate. É preciso aceitar os erros, tanto dos árbitros como de qualquer pessoa participa do jogo - acrescentou.

Sobre esse tema, Blatter lembrou que no próximo dia 21 haverá uma reunião da Fifa em Cardiff (País de Gales) em que será agendada uma discussão sobre o uso da tecnologia na linha do gol e suas conclusões serão examinadas pela International Board (órgão que define as regras do futebol) em outubro.

O dirigente também subiu a nota dada à organização da Copa.

- Há algum tempo dei 7,5 e causei grande decepção na África do Sul. Agora tenho que dar um 9, e só não dou a nota máxima porque não existe perfeição no mundo, e também na Copa - disse.


Tecnologia? Só na linha do gol...

Se falou pouco da Copa-2014, Joseph Blatter foi bombardeado por perguntas sobre a atuação do juiz inglês Howard Webb na final entre Espanha e Holanda. O presidente da Fifa destacou o fair-play (jogo limpo) da competição, mas deixou claro que não ficou satisfeito com a violência da decisão. Entretanto, negou qualquer possibilidade de incluir repetições para a arbitragem analisar jogadas violentas durante a partida, por exemplo.

- É o aspecto humano do futebol. Se o jogo fosse totalmente controlado, não haveria discussão, polêmica. Nós temos que conviver com os erros dos jogadores e dos árbitros - afirmou Blatter.

A única exceção aberta pela Fifa será, como o presidente gosta de dizer, "a tecnologia da linha do gol", para detectar se a bola entrou ou não. O tento anulado da Inglaterra contra a Alemanha, nas oitavas de final, ainda incomoda o dirigente. Em outubro, o tema começará a ser discutido na International Board - órgão que regulamenta as regras do jogo. Na Copa-2014, a novidade já deve estar sendo utilizada.


Fonte: Lancenet

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