A saída de Simon, principalmente do cenário do apito, abre uma fenda "estratosférica" no âmbito da arbitragem
As ausências de Carlos Eugênio Simon, que foi jubilado em função de ter atingido a idade limite de 45 anos de acordo com o regulamento da Fifa, e Leonardo Gaciba da Silva, que não conseguiu atingir os índices nos testes físicos da entidade que controla o futebol no planeta, abrem duas lacunas na arbitragem nacional. A curto e médio prazo, não há nenhum árbitro no nosso futebol com as características de ambos.
A não presença dos dois árbitros acima mencionados nas futuras competições da CBF não é assunto simples. Digo isso porque Simon simboliza na nossa opinião o apito de ouro do futebol brasileiro na atualidade, sem que haja qualquer nome que venha preencher a sua vaga neste momento, e Gaciba, em que pese os problemas físicos, sempre pautuou sua performance técnica, tática e disciplinar em alto nível.
Temos feito amplo debate a respeito do assunto, visando, sempre e sempre, advertir quem de direito sobre este complexo problema. A saída de Simon, principalmente do cenário do apito, abre uma fenda "estratosférica" no âmbito da arbitragem, pois ele nasceu para ser aquilo que foi, assim qualquer coisa de extraordinário.
Temos sugestões multiplicadas para o assunto. A primeira é a abertura de uma cátedra nas universidades brasileiras de ensino das Regras do Jogo, sua interpretação e aplicação - principalmente. A segunda, mais imperiosa, seria a regulamentação jurídica da profissão do árbitro o que não existiu e continua inexistindo. E a terceira seria a instituição do Instituto do Árbitro, que viria a ser a sua casa e tiraria o árbitro da subordinação indesejável que se submetem à cartolagem do futebol brasileiro - leia-se, federações estaduais e cartolas dos clubes.
Dito isso, caso permaneça a omissão dos dirigentes da CBF e das federações estaduais, está perto o dia de afirmar: aqui jaz a arbitragem brasileira. Para que o internauta entenda: o árbitro de futebol para atingir o estrelato deve atingir na sua plenitude os quatro pilares da arbitragem que estão firmados nos quesitos físico, técnico, psicológico e tático.
PS: O ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, que está veraneando com a sua distinta família, afirmou à este colunista que no momento está refletindo sobre as propostas que tem recebido de diferentes segmentos do futebol brasileiro e nas próximas horas deve anunciar o norte que sua vida vai seguir.
Fonte: Justiça Desportiva
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