terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Psicologia do árbitro (1)

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que o organismo faz) e seus processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento). Ou seja: a maneira como a mente do homem funciona, planeja, tira conclusões, tem fantasias e sonha.

Dito isso, ao final de cada partida de futebol, é comum os torcedores, atletas, técnicos, imprensa, enfim aqueles que compõe o contexto do futebol, realizarem comentários e críticas pertinente à atuação do árbitro e seus assistentes.

Ser árbitro é uma missão sibilina. Ao analisar as causas desta assertiva, elas nos revelam, entre outros os seguintes aspectos: diferença de interesses gera uma diferente percepção das causas; diferença de exigências e pressões gera uma distinta percepção e, por conseguinte, uma perceptível avaliação de uma mesma situação do jogo.

Quais os motivos, qual é o atrativo e quais são as causas que podem levar uma pessoa a optar por tão difícil ramo de atividade? Vamos mencionar alguns: auto-representação (ser parte do espetáculo); ânsia de poder (determinar, controlar) e interesse pelo esporte (amadorismo).

Um árbitro é – nada mais, nada menos - um ser humano que, no exercício da sua função, pode realizar atos corretos, mas está propenso a equívocos, como qualquer ser humano. Os equívocos dos árbitros podem ter diferentes causas, e a investigação nos diversificados campos da psicologia e da fisiologia nos permitem saber, na atualidade, que são complicados os mecanismos pelos quais se reproduz a percepção.

O que acabamos de lembrar em relação ao árbitro é o primeiro de uma série de quatro artigos que pretendemos na continuidade expor com minucias outras a difícil atividade que estamos nos referindo, pois apesar de famosos analistas da área existe uma consequência principal e fundamental pela opção que o homem tem de dirigir jogos de futebol. Psicologia em futuro do que iremos avaliar talvez seja mesmo desprezada, pois somos capazes de jurar que só existe um motivo para vocacionar quem quer que seja a intervir nesta carreira.

Valdir Bicudo -bicudoapito@hotmail.com

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