As perspectivas para o campeonato paranaense 2011 já se tornam preocupantes, pois a lembrança dos últimos dois, o chamado mando compacto, chamou a atenção do país e até mesmo no exterior pela falta de isonomia na sua fase decisiva, quando o melhor classificado no campeonato disputou todas as partidas em casa.
Neste ano, embora tenha caído o supermando pela decorrência do tempo, não se podem fazer melhores reflexões sobre o conteúdo técnico da competição do ano em curso. Além da escabrosidade que foi o regulamento (Art. 9º), adicione-se a falta de uma ação arrojada de marketing através da Federação Paranaense de Futebol nas últimas temporadas em relação a competição. Além disso, ressalta-se a ausência de um calendário para as equipes do interior, visando proporcionar estofo técnico e financeiro a essas equipes o que impede qualquer atrativo que alcance o principal consumidor desse produto denominado futebol - o torcedor.
Acredito que com uma ou outra exceção, as equipes do interior do estado na sua maioria esmagadora, a exemplo dos anos anteriores terão sérias dificuldades, isso porque como citado acima não receberam a devida atenção da entidade mater do nosso futebol e disputarão o campeonato com enormes limitações financeiras e técnicas.
Por isso mesmo, é liquído, é certo que o campeonato paranaense de 2011 vai ter o desenho da dupla Atlético e Coritiba, que chegaram no crepúsculo do ano que passou com ótima estrutura técnica, física, financeira e, por extensão, irão comandar de cabo a rabo o Estadual deste ano. Os demais serão meros coadjuvantes. O futebol do Estado do Paraná precisa de um choque de gestão que tenha como epicentro os clubes de futebol e não a taxação absurda que é imposta na atualidade as equipes que disputam o Estadual. Mas para isso acontecer é imperativo que os dirigentes federacionistas tenham visão clara, muita vontade para que o nosso campeonato atinja níveis elevados de excelência. Enquanto não mudar a mentalidade dos homens que estão no comando da Federação Paranaense de Futebol e, por conseguinte, dos clubes, continuaremos a vivenciar a mediocridade. Tomara que estejamos enganados.
PS: Me perguntam como será a arbitragem do campeonato paranaense 2011. Respondo: Em que pese termos a mesma Comissão de Arbitragem pelo sexto ano consecutivo, lamentavelmente não houve a implementação de um projeto de formação de novos árbitros e assistentes. Diante do exposto, ficaremos circunscritos a dois excelentes árbitros que são Evandro Rogério Roman e Heber Roberto Lopes ambos da Fifa e um excelente assistente que é Roberto Braatz. Os demais são árbitros e assistentes comuns. E como se trata de uma competição de curta duração e dificilmente atingirá um nível técnico de maior envergadura e sem maiores atrativos, o que está aí dá para o gasto. Aguarda-se que a arbitragem diante da falta de um projeto que não existe para o setor no futebol do Paraná, não se torne um obstáculo a mais a ser suplantado pelos clubes.
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