Em Paranaguá
Rubens Maranho (in memorian), o mestre da arbitragem paranaense, ensinava nas suas preleções, que o bom árbitro deve ter ambição, inteligência, vaidade, astúcia e discernimento mental de alta propulsão para interpretar e aplicar corretamente as Regras do Jogo de Futebol.
O árbitro Antonio Valdir dos Santos, na partida Rio Branco 1 x 4 Coritiba, no domingo que passou, em Paranaguá, na primeira fase demonstrou essas qualidades. Porém, na etapa final, de forma inexplicável, mudou seu estilo de interpretação e aplicação, e aos 14 minutos, assinalou um pênalti inexistente no jogador Ratinho do Rio Branco, que foi derrubado fora da área penal e com o contato físico caiu dentro da área.
Um erro gravíssimo de interpretação e aplicação da (Regra XIV – Tiro penal), que teve a participação equivocada do assistente Guilherme Roggenbaun. Logo a seguir, o atleta Marcos Paulo do Coritiba, numa jogada com o emprego de força excessiva - (deveria receber cartão vermelho), atingiu um zagueiro do Rio Branco que na sequência atingiu o seu goleiro, Fabrício. Atuação regular em jogo com dificuldade média. Arbitragem nota 5.0.
Na Arena
Num clássico de cinco gols e com o gramado prejudicado pela forte chuva que caiu antes e durante a partida, a arbitragem de Adriano Milczvski, no Atlético/PR 5 x 1 Paraná Clube, passou incólume de qualquer questionamento no aspecto técnico. Mas, no aspecto disciplinar, cometeu alguns equívocos e o mais acentuado, foi a não expulsão do zagueiro Rafael Santos do Atlético/PR e a não marcação de tiro livre direto contra o rubro-negro, porque o aludido zagueiro, aos 18 minutos da primeira etapa, deu uma entrada (jogo brusco grave), no atacante paranista Renato, que foi impedido com essa falta de se movimentar em direção à meta atleticana. Rafael Santos, era o penúltimo defensor e se o atacante paranista não sofre a falta ficaria na cara do gol de João Carlos. Além disso, expôs deficiências de posicionamento com a bola em jogo, de contato visual com os assistentes e no posicionamento do sistema de diagonal amplo. Foi uma arbitragem com conteúdo regular e com laivos de melhora. 6.9.
PS: Durante a transmissão de Rio Branco x Coritiba, veio a informação de que a maioria dos árbitros e assistentes da Federação Paranaense de Futebol, possuem ou estão cursando o terceiro grau. É uma boa notícia. Porém, isso não basta para termos um quadro de árbitros de excelência. Para sermos reconhecidos e competirmos em âmbito nacional é imperativo a realização de Workshops, painéis, seminários, congressos, com instrutores de arbitragem nacional e internacional, objetivando capacitar os nossos apitos o que não acontece no futebol paranaense há muitos anos.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
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