sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tecnologia: aqui, a Fifa não manda

 
Neste ano, o The International Football Association Board, que é composto pela Inglaterra, Escócia, Irlanda, País de Gales e a Fifa, completa 125 anos de existência. Sua fundação ocorreu no dia 2 de junho de 1886, num escritório no viaduto Holborn, em Londres. O Board é o único organismo no mundo do futebol que tem poderes para autorizar qualquer experimento, discutir ou mudar as Regras do Jogo de Futebol.

A próxima reunião geral anual do Board, que tem se mostrado extremamente conservador, acontece de 4 à 6 de março próximo, no hotel Celtic Manor Resort, perto de Newport, País de Gales, e promete ser histórica, segundo Jonathan Ford, presidente-executivo da Associação do País de Gales, porque estará em discussão a implementação da tecnologia para auxiliar a arbitragem a minimizar a sequência de equívocos grotescos, principalmente os protagonizados pelos árbitros e assistentes na última Copa do Mundo na África do Sul.

Além do chip na bola, cujos testes ainda não são conclusivos, há outras nove tecnologias que foram testadas e de acordo com informações de Zurique, onde está situada a sede da Fifa, aquela que comprovar 100% de eficácia deverá obter autorização para em caráter experimental,  ser utilizada nas futuras competições da entidade, quem sabe na Copa das Confederações de 2013 no Brasil e, se o experimento, atingir o objetivo  nos lances polêmicos,  deverá ocorrer a sua implantação na Copa do Mundo de 2014 em nosso país.

Não obstante o chip na bola, o ponto eletrônico, lembrei-me de outras tecnologias que poderiam ser discutidas nesta reunião para ajudar os árbitros como o ocorrido recentemente no Mundial de Atletismo, quando a jamaicana Verônica Campbell, cruzou a linha de chegada a 3 milésimos de segundos antes da americana Lauryn Willians e a decisão definitiva ocorreu após análise de uma foto de instante final.

Ou a tecnologia usada no automobilismo, onde são utilizados sensores do diâmetro de um maço de cigarros, que emitem sinais que são captados por antenas instaladas no piso ao longo da pista, e determinam quem será o pole-position de um Grande Prêmio, como na Turquia, quando Felipe Massa fez uma volta mais rápida que o inglês Lewis Hamilton em 44 segundos de milésimos. E, por último, o sistema desenvolvido pelo matemático Paul Hawkins, um dos inventores do "Hawk-Eye" (Olho de Falcão), sistema eletrônico usado no tênis, críquete e sinuca para tirar dúvidas sobre a legalidade de uma jogada. A utilização mais conhecida é no circuito da Associação dos Tenistas Profissionais, onde o dispositivo comprova se a bola foi rebatida para dentro ou fora da quadra.

A tecnologia, se usada de forma ordenada, poderá ser de grande valia para a arbitragem, mas acredito que pela complexidade e paixão que o futebol provoca em bilhões de pessoas em todo o mundo,  não irá equacionar todos os equívocos que a arbitragem vier a cometer.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com



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