segunda-feira, 9 de maio de 2011

Árbitro garante: mãe de juiz não tem problemas em partidas militares


Árbitro garante: mãe de juiz não tem problemas em partidas militares


Escrito por Leonardo Filipo   

Em 15 anos de carreira, o árbitro Marcelo de Lima Henrique, o Sgt de Lima, escalado para apitar em partidas de futebol dos Jogos Rio 2011, acumulou experiência para diferenciar as disputas nos gramados civis e militares. Neste, o ritmo do jogo é mais corrido e o respeito fora e dentro de campo é maior. Mesmo assim, o árbitro revela que para controlar as partidas das Forças Armadas costuma aplicar mais cartões do que nas disputas civis.
“No ambiente militar a torcida é bem respeitosa. A mãe do juiz pode ir assistir aos jogos sem problema”, brinca o Fuzileiro Naval, que se tornou árbitro por influência do pai, José Henrique Neto, que apitou por quase duas décadas.

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Há excessões, é claro. O sargento lembra de um episódio ocorrido na semifinal da Copa das Américas entre Trinidad e Tobago e Equador, em 2010.
Sgt De Lima, no meio: ambiente militar é mais tranquilo do que nas disputas civis. Crédito: arquivo pessoalSgt De Lima, no meio: ambiente militar é mais tranquilo do que nas disputas civis. Crédito: arquivo pessoal
“Na partida, o jogador deu uma cotovelada no adversário eu o expulsei. Ele saiu de campo exaltado, me xingando bastante. Acho que ainda não estava devidamente integrado ao ambiente militar”, atesta.

Goleiro da Seleção Brasileira Militar no Campeonato Mundial

Não foi apenas apitando que o Sgt de Lima se envolveu com o futebol militar – ele esteve presente nas duas últimas edições do Mundial Feminino, quando o Brasil foi bicampeão, e nas duas últimas Copas das Américas.

Goleiro nas divisões de base de equipes como América e Bangu, o Sgt já havia abandonado o esporte quando incorporou na Marinha aos 18 anos. A desenvoltura no gol o levou de volta aos gramados, desta vez pela Seleção Brasileira Militar que disputou o Campeonato Mundial de 2005, na Alemanha. Foram duas derrotas, para os donos da casa e para a seleção de Mali, e a eliminação na primeira fase.

“Naquele ano o Brasil tinha voltado a disputar uma competição internacional depois de décadas. A última vez tinha sido com o Pelé (no Sul-americano de 1959). Para nós era tudo novo. E as outras seleções utilizavam jogadores civis”, justifica.


Nota do Apito do Bicudo: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ), é o que se pode denominar de árbitro profissional em todos os sentidos. Suas atuações ilibadas  dentro do campo de jogo e sua conduta fora das quatro linhas o credenciam a  ser elogiado desta forma. Sua performance como árbitro têm correspondido o torcedor, a imprensa, os clubes  e os dirigentes. Como militar é um ícone da Marinha do Brasil. O indigitado árbitro, ao lado de Heber Roberto Lopes (Fifa-PR), Guilherme Ceretta de Lima (Asp/Fifa/SP),  Paulo César de Oliveira (Fifa/SP), Raphael Claus (SP), Márcio Chagas da Silva (Asp/Fifa-RS) e Jean Pierre de Lima (RS), são os principais destaques da arbitragem brasileira neste primeiro quadrimestre de 2011. O sexteto aqui mencionado em todas as partidas escaladas no ano em curso demonstrou evolução, crescimento, modernização, seriedade, idoneidade, hombridade e transparência nas tomadas de decisões no retângulo verde. São candidatíssimos ao troféu de melhor árbitro do Brasileirão que começa no próximo dia 21. Boa sorte a todos!
bicudoapito@hotmail.com

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