segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nossas críticas sempre são saudáveis

Recebi em minha caixa eletrônica nos últimos dias, várias reclamações, sugestões e insinuações, sobre o desempenho das arbitragens em diferentes partes do país, principalmente por ocasião das decisões dos campeonatos estaduais e o porquê de tamanha ineficiência técnica, física, tática e psicológica dos árbitros nestas competições.

Respondo de imediato que o árbitro é humano e por isso tem o direito de errar. O árbitro é homem e não Deus. Acrescente-se a isso, o principal que é o processo da sua formação que é precária, e ocorre nas federações estaduais, sem a presença de uma Escola de Arbitragem e de instrutores com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol. E o mais grave: após a formação, o árbitro na maioria destas entidades é jogado na arena “aos leões” e salve-se quem puder.

Não acompanho na íntegra a formação dos árbitros através das federações, mas basta observar via TV, as competições estaduais e o campeonato brasileiro nas Séries A, B, C, e D, onde vemos explicitamente a ausência não só de uma de formação com professores de alto nível, mas de orientação, de aprimoramento, de acompanhamento como determina a Fifa ao menos uma vez por mês. Aliás, não tenho conhecimento de que alguma federação reuniu seus apitos nos últimos anos ao menos uma vez a cada dois meses.

Como consequência desta formação inadequada, estamos diante de uma geração de árbitros malformados com raras exceções. Uma ausência básica que tenho observado entre o quarteto de arbitragem é a interrelação entre árbitro, assistentes e o quarto árbitro, o que é a base para uma boa arbitragem. Os assistentes devem saber que eles são peça de informação e o árbitro é o único instrumento de decisão. A arbitragem precisa ter a consciência que o mundo maravilhoso do futebol é composto na era da globalização de 50% de esporte e 50% de sociologia.

Mas respondendo quais as principais qualidades de um bom árbitro, digo que, deve ter excelente conhecimento sobre as leis que regem o futebol dentro das quatro linhas, interpretar e aplicar a regra com acerto quando exigido. Deve ser imparcial, firme, calmo, decidido, íntegro de caráter, e despojar-se de qualquer paixão e eximir-se de toda a influência que possa prejudicar o seu trabalho.
Fonte: apitodobicudo.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário