segunda-feira, 20 de junho de 2011

Raio-X da arbitragem


No Couto Pereira
Para realizar uma arbitragem de excelência, o árbitro deve aprender a
aceitar e compreender que tanto os espectadores quanto os atletas, os
técnicos, os dirigentes sempre vão reagir às suas tomadas de decisões de
acordo com a carga emocional que a situação envolve. Luiz Flávio de Oliveira
(foto), (Asp/Fifa/SP), o árbitro de Coritiba/PR 1 x 1 Internacional/RS,
cotejo realizado no limiar da noite do último domingo,no Couto Pereira,
personificou com extrema propriedade o elencado acima com equilíbrio, com
olhar sereno, objetivo e seguro. Aliás, me chamou a atenção no indigitado
árbitro, o seu posicionamento, sua discrição, seu ótimo preparo físico,
técnico, seus reflexos aguçados, o que lhe proporcionou decidir em cento e
oitenta e seis ações de acordo com a verdade dos fatos. Excelente atuação em
partida dificílima.

No Presidente Vargas
Criticado por este colunista em diferentes ocasiões por não se encaixar
dentro de um dos mandamentos primordiais da Fifa, que diz, que apitar bem é
sentir o jogo para possibilitar o seu desenvolvimento natural, somente
interferindo para cumprimento das regras e, especialmente, do seu espírito,
que é punir o infrator, o árbitro Edivaldo Elias da Silva, da Federação
Paranaense de Futebol, na partida Ceará/CE 0 x 2 São Paulo, mostrou que
cresceu, evoluiu, estudou, se aprimorou, se concentrou, qualificou seu
controle emocional e demonstrou pleno domínio das Regras do Jogo de Futebol.
Além disso, explicitou ótimo condicionamento físico, posicionou-se de forma
adequada em todo o transcorrer da nominada partida, mostrou firmeza nas
decisões, desta vez não titubeou, e pela primeira vez nos últimos anos o vi
apitar com profundo entusiasmo. Com o belo desempenho na partida realiza em
Fortaleza (CE), acredito que o mencionado árbitro abriu as portas para ter
novamente seu nome inserido em futuros sorteios.
PS: Em entrevista ao periódico matutino, A CRÔNICA, da Argentina, o
presidente da (AFA) Associação de Futebol Argentina, Julio Grondona,
declarou que a implementação da tecnologia para auxiliar a arbitragem a
equacionar lances polêmicos não é tão fácil assim como muitos imaginam.
Primeiro, teríamos uma série de interrupções a qualquer lance que suscitasse
dúvidas. Segundo, e mais importante de acordo com Grondona: todas as
decisões da Fifa são em âmbito universal, e portanto a tecnologia teria que
ser utilizada em todas as competições dos 202 filiados da entidade. E
terceiro, o alto custo econômico da eletrônica inviabiliza a sua aquisição,
já que há muitos campeonatos que são deficitários e há alguns que sequer
conseguem pagar as taxas de arbitragem.

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